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17/08/2004
-
13h28
JANAINA LAGE
da Folha Online
A queda nos preços ao consumidor nos EUA pela primeira vez em oito meses trouxe novo fôlego para o mercado de câmbio. De acordo com dados do Departamento de Trabalho, o CPI (sigla em inglês para índice de preços ao consumidor) caiu 0,1% em julho. No mês anterior, o indicador apurou alta de 0,3%.
No fim da manhã, a moeda americana era negociada em baixa de 0,46%, a R$ 2,994. A última vez em que o dólar fechou abaixo de R$ 3, no dia 19 de julho, a moeda encerrou cotada a R$ 2,995. O resultado da inflação nos EUA confirmou as expectativas de um aumento gradual dos juros. No comunicado da última reunião, o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) enfatizou que não hesitaria em combater o aumento das pressões inflacionárias com novas elevações dos juros.
Para o chefe da mesa de câmbio do banco ING, Alexandre Vasarhely, o índice acalmou o mercado. Apesar do otimismo, Vasarhely destaca que a manutenção do preço abaixo dos R$ 3 depende do resultado do julgamento da contribuição dos inativos. "Se o resultado for favorável ao governo, a moeda pode passar a trabalhar com um patamar inferior", diz.
Amanhã, o Supremo Tribunal Federal (STF) deve retomar o julgamento da contribuição dos inativos, a principal mudança aprovada pela reforma da Previdência em 2003. Quando foi interrompido, o governo perdia por 2 votos a 1.
Para o gerente de renda fixa do banco Prosper, Carlos Cintra, o mercado trabalha com a expectativa de aprovação da emenda. "Todo mundo espera que a contribuição seja aprovada. Caso contrário, devemos ter um novo adiamento", afirma.
Meirelles
O mercado de câmbio repercute ainda a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de conceder ao presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, status de ministro de Estado.
A partir de agora, as ações judiciais contra o presidente do BC terão de ser impetradas no STF (Supremo Tribunal Federal). A medida provisória pode ser derrubada no Congresso.
Segundo Cintra, "a medida deve amenizar a pressão sobre o presidente do BC". Cintra destaca ainda o superávit da balança comercial e o desempenho do risco Brasil. No ano, o saldo positivo da balança chega a US$ 20,248 bilhões, o que representa um crescimento de 55,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Ontem, o mercado revisou as expectativas de inflação para baixo pela primeira vez em 13 semanas. A expectativa agora para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) é de 7,16%. Na semana anterior, a previsão era de 7,20%.
O risco Brasil se mantém no menor nível desde abril. No fim da manhã, o indicador da confiança do investidor estrangeiro na economia brasileira recuava 1,42%, para 552 pontos.
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Deflação nos EUA leva dólar a ficar abaixo de R$ 3,00
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da Folha Online
A queda nos preços ao consumidor nos EUA pela primeira vez em oito meses trouxe novo fôlego para o mercado de câmbio. De acordo com dados do Departamento de Trabalho, o CPI (sigla em inglês para índice de preços ao consumidor) caiu 0,1% em julho. No mês anterior, o indicador apurou alta de 0,3%.
No fim da manhã, a moeda americana era negociada em baixa de 0,46%, a R$ 2,994. A última vez em que o dólar fechou abaixo de R$ 3, no dia 19 de julho, a moeda encerrou cotada a R$ 2,995. O resultado da inflação nos EUA confirmou as expectativas de um aumento gradual dos juros. No comunicado da última reunião, o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) enfatizou que não hesitaria em combater o aumento das pressões inflacionárias com novas elevações dos juros.
Para o chefe da mesa de câmbio do banco ING, Alexandre Vasarhely, o índice acalmou o mercado. Apesar do otimismo, Vasarhely destaca que a manutenção do preço abaixo dos R$ 3 depende do resultado do julgamento da contribuição dos inativos. "Se o resultado for favorável ao governo, a moeda pode passar a trabalhar com um patamar inferior", diz.
Amanhã, o Supremo Tribunal Federal (STF) deve retomar o julgamento da contribuição dos inativos, a principal mudança aprovada pela reforma da Previdência em 2003. Quando foi interrompido, o governo perdia por 2 votos a 1.
Para o gerente de renda fixa do banco Prosper, Carlos Cintra, o mercado trabalha com a expectativa de aprovação da emenda. "Todo mundo espera que a contribuição seja aprovada. Caso contrário, devemos ter um novo adiamento", afirma.
Meirelles
O mercado de câmbio repercute ainda a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de conceder ao presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, status de ministro de Estado.
A partir de agora, as ações judiciais contra o presidente do BC terão de ser impetradas no STF (Supremo Tribunal Federal). A medida provisória pode ser derrubada no Congresso.
Segundo Cintra, "a medida deve amenizar a pressão sobre o presidente do BC". Cintra destaca ainda o superávit da balança comercial e o desempenho do risco Brasil. No ano, o saldo positivo da balança chega a US$ 20,248 bilhões, o que representa um crescimento de 55,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Ontem, o mercado revisou as expectativas de inflação para baixo pela primeira vez em 13 semanas. A expectativa agora para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) é de 7,16%. Na semana anterior, a previsão era de 7,20%.
O risco Brasil se mantém no menor nível desde abril. No fim da manhã, o indicador da confiança do investidor estrangeiro na economia brasileira recuava 1,42%, para 552 pontos.
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