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17/08/2004 - 17h20

Dólar volta a fechar abaixo de R$ 3 após quarta queda seguida

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JANAINA LAGE
da Folha Online

O dólar voltou a fechar abaixo de R$ 3 pela primeira vez desde o dia 19 de julho. A queda nos preços ao consumidor nos EUA animou os investidores no mercado de câmbio.

A moeda americana encerrou os negócios em baixa de 0,43%, a R$ 2,995. Na mínima do dia, o dólar chegou a ser cotado a R$ 2,994. Esta foi a primeira vez nos últimos oito meses que o CPI (sigla em inglês para índice de preços ao consumidor) registrou deflação. Os preços cederam 0,1% em julho.

"Queda de preços num cenário de choque de oferta de petróleo é surpreendente", afirma o vice-presidente executivo de tesouraria do banco alemão West LB, Flávio Farah.

O resultado da inflação nos EUA confirmou as expectativas de um aumento gradual dos juros. No comunicado da última reunião, o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) enfatizou que não hesitaria em combater o aumento das pressões inflacionárias com novas elevações dos juros.

Sem aumentos agressivos dos juros pela frente, as taxas dos títulos do Tesouro americano recuaram nesta terça-feira. O prêmio dos papéis com vencimento em dez anos passou de 4,26% ao ano para 4,20%.

Segundo Farah, a queda das taxas dos títulos do Tesouro dos EUA abre espaço para novas captações dos emergentes. Hoje, a Standard & Poor's elevou o rating (nota de crédito) da Turquia. O motivo apontado pela agência foi a estabilidade macroeconômica e a expectativa de melhora nas contas fiscais.

No fim da tarde, o risco Brasil operava em baixa de 1,78%, aos 551 pontos. Este é o menor nível desde abril. O C-Bond, principal título da dívida externa brasileira, avançava 0,32%, para 96,375% do seu valor de face.

Inativos

Segundo analistas, a manutenção do patamar abaixo dos R$ 3 vai depender do julgamento da contribuição dos inativos no Supremo Tribunal Federal (STF). Quando ele foi interrompido, o governo perdia por 2 votos a 1.

Para o gerente de renda fixa do banco Prosper, Carlos Cintra, o mercado trabalha com a expectativa de aprovação da emenda. "Todo mundo espera que a contribuição seja aprovada. Caso contrário, devemos ter um novo adiamento", afirma.

Meirelles

O mercado de câmbio repercutiu também a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de conceder ao presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, status de ministro de Estado.

A partir de agora, as ações judiciais contra o presidente do BC terão de ser impetradas no STF (Supremo Tribunal Federal). A medida provisória pode ser derrubada no Congresso. Segundo Farah, "apesar do impacto político, a repercussão no mercado financeiro foi pequena".

Especial
  • Arquivo: veja o que já foi publicado sobre o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles
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