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07/11/2000
-
20h46
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
A CUT decidiu manter as greves de advertência de 24 horas em todo Estado de São Paulo. Pelas previsões da FEM (Federação Estadual dos Metalúrgicos) da CUT, as paralisações vão atingir cerca de 56 mil empresas por dia, até sexta-feira.
"Vamos parar as empresas que não foram fechadas na greve de advertência de hoje", disse o presidente da FEM/CUT, Paulo Sérgio Ribeiro Alves.
Entre as empresas que serão fechadas amanhã está a Volkswagen de Taubaté (SP), que tem cerca de 7,5 mil funcionários.
Segundo Alves, a série de greve de advertências -que contará com paralisações de 24 horas amanhã, quinta e sexta-feira- faz parte dos preparativos da greve geral da categoria, que deve ser deflagrada na segunda-feira.
A categoria, com 270 mil metalúrgicos e data-base em novembro, reivindica 10% de reajuste salarial e redução da jornada de trabalho.
De acordo com a FEM/CUT, cerca de 100 mil metalúrgicos de 312 empresas do Estado de São Paulo aderiram hoje à greve de advertência decretada pela CUT e Força Sindical.
Pelo calendário de greve da CUT, vão cruzar os braços até sexta-feira 170 mil metalúrgicos de cerca de 388 empresas que não aderiram à paralisação de advertência de hoje.
No base da CUT no Estado de São Paulo, a paralisação atingiu as indústrias de automóveis, autopeças, forjarias, porcas/arruelas, lâmpadas, lustres, máquinas, eletroeletrônicos, entre outros setores.
Dos trabalhadores filiados à sindicatos da base da Força Sindical, a greve de advertência paralisou apenas a Ford Ipiranga (zona sul da cidade) e General Motors, em São Caetano (Grande ABC).
Segundo o secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Eleno José Bezerra, a Força Sindical restringiu a greve às montadoras por que as negociações com outros setores da indústria metalúrgica estão avançando.
"Já recebemos contrapropostas de outros setores que mostram que as negociações estão avançando e não há motivo para paralisação", afirmou.
Entre as principais empresas paralisadas hoje pela manifestação estão a Volkswagen, Mercedes-Benz, Toyota e Scania e Ford São Bernardo, todas no ABC.
Além das montadoras, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, ligado à CUT, também fechou a Otis (elevadores), a Metal Leve (autopeças), Arteb (autopeças), Proema (autopeças), entre outras.
No Interior de São Paulo, também foram paralisadas as fábricas da General Motors, em São José dos Campos, a Ford em Taubaté, a Volkswagen, em São Carlos, a Toyota e a Honda, em Indaiatuba.
Os sindicalistas querem no mínimo 10% de reajuste e as montadoras ofereceram 6,5% de aumento salarial.
A Anfavea (associação das montadoras) não se pronunciou sobre o assunto. Mas a Ford, Volkswagen, Scania, Mercedes-Benz e General Motors confirmaram a paralisação.
Autopeças
O grupo 19-3 (autopeças, forjarias, porcas e arruelas), responsável pelo emprego de 165 mil metalúrgicos ofereceu 8% de reajuste salarial.
Segundo o negociador salarial do setor patronal, Dráusio Rangel, a Força Sindical está disposta a aceitar esse índice.
Mas a CUT se reuniu hoje cedo com o Sindipeças e recusou a proposta. "Não fecharemos acordo por menos de 10% de reajuste', disse Alves da FEM/CUT.
Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Luiz Marinho, a postura da Força gerou "estranheza" à CUT. "Estávamos juntos na campanha salarial. Eles (Força) estavam prometendo greve geral e de repente voltaram atrás e restringiram a paralisação apenas às montadoras."
A Força faz assembléia na sexta-feira para definir a posição dos sindicatos filiados em relação às propostas oferecidas pelo setor patronal.
Apesar de negar que já tenha aceito a proposta do Sindipeças, a Força afirma que por enquanto está apenas estudando a oferta de 8%.
Segundo Bezerra, a posição da CUT não interfere na decisão da Força Sindical. "Cada sindicato tem autonomia para negociar o acordo que achar mais conveniente para sua base. Não somos obrigados a seguir a posição da CUT."
Apesar desse discurso, as duas centrais sindicais começaram a campanha salarial com uma pauta unificada, que pedia 20% de reajuste e redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais.
E-mail: fabiana.futema@folha.com.br
CUT mantém greve 170 mil operários vão cruzar os braços até 6ª
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da Folha Online
A CUT decidiu manter as greves de advertência de 24 horas em todo Estado de São Paulo. Pelas previsões da FEM (Federação Estadual dos Metalúrgicos) da CUT, as paralisações vão atingir cerca de 56 mil empresas por dia, até sexta-feira.
"Vamos parar as empresas que não foram fechadas na greve de advertência de hoje", disse o presidente da FEM/CUT, Paulo Sérgio Ribeiro Alves.
Entre as empresas que serão fechadas amanhã está a Volkswagen de Taubaté (SP), que tem cerca de 7,5 mil funcionários.
Segundo Alves, a série de greve de advertências -que contará com paralisações de 24 horas amanhã, quinta e sexta-feira- faz parte dos preparativos da greve geral da categoria, que deve ser deflagrada na segunda-feira.
A categoria, com 270 mil metalúrgicos e data-base em novembro, reivindica 10% de reajuste salarial e redução da jornada de trabalho.
De acordo com a FEM/CUT, cerca de 100 mil metalúrgicos de 312 empresas do Estado de São Paulo aderiram hoje à greve de advertência decretada pela CUT e Força Sindical.
Pelo calendário de greve da CUT, vão cruzar os braços até sexta-feira 170 mil metalúrgicos de cerca de 388 empresas que não aderiram à paralisação de advertência de hoje.
No base da CUT no Estado de São Paulo, a paralisação atingiu as indústrias de automóveis, autopeças, forjarias, porcas/arruelas, lâmpadas, lustres, máquinas, eletroeletrônicos, entre outros setores.
Dos trabalhadores filiados à sindicatos da base da Força Sindical, a greve de advertência paralisou apenas a Ford Ipiranga (zona sul da cidade) e General Motors, em São Caetano (Grande ABC).
Segundo o secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Eleno José Bezerra, a Força Sindical restringiu a greve às montadoras por que as negociações com outros setores da indústria metalúrgica estão avançando.
"Já recebemos contrapropostas de outros setores que mostram que as negociações estão avançando e não há motivo para paralisação", afirmou.
Entre as principais empresas paralisadas hoje pela manifestação estão a Volkswagen, Mercedes-Benz, Toyota e Scania e Ford São Bernardo, todas no ABC.
Além das montadoras, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, ligado à CUT, também fechou a Otis (elevadores), a Metal Leve (autopeças), Arteb (autopeças), Proema (autopeças), entre outras.
No Interior de São Paulo, também foram paralisadas as fábricas da General Motors, em São José dos Campos, a Ford em Taubaté, a Volkswagen, em São Carlos, a Toyota e a Honda, em Indaiatuba.
Os sindicalistas querem no mínimo 10% de reajuste e as montadoras ofereceram 6,5% de aumento salarial.
A Anfavea (associação das montadoras) não se pronunciou sobre o assunto. Mas a Ford, Volkswagen, Scania, Mercedes-Benz e General Motors confirmaram a paralisação.
Autopeças
O grupo 19-3 (autopeças, forjarias, porcas e arruelas), responsável pelo emprego de 165 mil metalúrgicos ofereceu 8% de reajuste salarial.
Segundo o negociador salarial do setor patronal, Dráusio Rangel, a Força Sindical está disposta a aceitar esse índice.
Mas a CUT se reuniu hoje cedo com o Sindipeças e recusou a proposta. "Não fecharemos acordo por menos de 10% de reajuste', disse Alves da FEM/CUT.
Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Luiz Marinho, a postura da Força gerou "estranheza" à CUT. "Estávamos juntos na campanha salarial. Eles (Força) estavam prometendo greve geral e de repente voltaram atrás e restringiram a paralisação apenas às montadoras."
A Força faz assembléia na sexta-feira para definir a posição dos sindicatos filiados em relação às propostas oferecidas pelo setor patronal.
Apesar de negar que já tenha aceito a proposta do Sindipeças, a Força afirma que por enquanto está apenas estudando a oferta de 8%.
Segundo Bezerra, a posição da CUT não interfere na decisão da Força Sindical. "Cada sindicato tem autonomia para negociar o acordo que achar mais conveniente para sua base. Não somos obrigados a seguir a posição da CUT."
Apesar desse discurso, as duas centrais sindicais começaram a campanha salarial com uma pauta unificada, que pedia 20% de reajuste e redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais.
E-mail: fabiana.futema@folha.com.br
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