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22/08/2004
-
00h55
SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online
A mexicana Telmex (Teléfonos de México) pretende comprar até o final deste ano todas as ações ordinárias (com direito a voto) da Embratel que estão nas mãos do mercado, com o objetivo de ampliar seu poder de controle sobre as decisões da gigante brasileira das telecomunicações.
O leilão para a aquisição dos papéis será realizado na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), que divulga na próxima segunda-feira o "fato relevante" com o preço proposto pelos mexicanos aos investidores.
A Telmex quer pagar um valor de R$ 15,11 por cada lote de mil ações ordinárias da Embratel. Na sexta-feira passada, Embratel ON fechou valendo R$ 14,69 por lote de mil.
Os mexicanos assumiram a Embratel no dia 23 do mês passado, quando pagaram US$ 400 milhões (R$ 1,2 bilhão) à americana MCI (ex-WorldCom), que controlava a empresa desde a privatização em 1998. As mudanças na operadora já começaram, e a reestruturação já provocou 1.300 demissões, segundo o sindicato de trabalhadores do setor.
Agora, a Telmex quer garantir aos acionistas minoritários da Embratel o chamado "tag along", isto é, o direito de vender suas ações por 80% do preço recebido pelos antigos controladores da empresa. Para o sucesso da oferta pública, é necessária a adesão dos minoritários.
No Brasil, a Telmex também controla a Claro, operadora de telefonia celular, e está prestes a adquirir uma participação minoritária na Net, maior TV por assinatura da América Latina.
Registro na CVM
O pedido de registro da OPA (oferta pública de aquisição de ações) já foi feito à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), responsável pela fiscalização do mercado brasileiro de capitais.
O protocolo do pedido na autarquia foi formalizado pela Telmex Solutions Telecomunicações Ltda., uma controlada da Telmex.
Em um relatório do Unibanco, enviado na noite do sábado aos clientes, o analista do setor de telecomunicações do Unibanco, Edigimar Maximiliano, escreve que a oferta pública deve ser concluída até o final de novembro --considerando os prazos de praxe fixados pela CVM. A OPA só pode ser realizada após receber o sinal verde da autarquia.
No "fato relevante", a Telmex informa que o preço proposto aos investidores será pago à vista e será atualizado pela TR (taxa referencial) mais juros de 6% ao ano, a contar do dia 23 de julho até a data da liquidação do leilão. Segundo o Unibanco, a expectativa é de uma TR de 2,8% ao ano. A Telmex não citou o montante do desembolso para a compra das ações.
A oferta pública se limita às ações ON, ou seja, a Telmex não pretende retirar de circulação os papéis PN. Caso isso também ocorresse, estaria configurada uma operação de fechamento de capital. Mas a Telmex já avisou que não pretende fechar o capital da Embratel. Na sexta-feira passada, a ação PN da empresa fechou cotado a R$ 7,63 por lote de mil.
Especial
Arquivo: veja o que já foi publicado sobre a Embratel e a Telmex
Telmex quer comprar ações da Embratel em poder do mercado
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da Folha Online
A mexicana Telmex (Teléfonos de México) pretende comprar até o final deste ano todas as ações ordinárias (com direito a voto) da Embratel que estão nas mãos do mercado, com o objetivo de ampliar seu poder de controle sobre as decisões da gigante brasileira das telecomunicações.
O leilão para a aquisição dos papéis será realizado na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), que divulga na próxima segunda-feira o "fato relevante" com o preço proposto pelos mexicanos aos investidores.
A Telmex quer pagar um valor de R$ 15,11 por cada lote de mil ações ordinárias da Embratel. Na sexta-feira passada, Embratel ON fechou valendo R$ 14,69 por lote de mil.
Os mexicanos assumiram a Embratel no dia 23 do mês passado, quando pagaram US$ 400 milhões (R$ 1,2 bilhão) à americana MCI (ex-WorldCom), que controlava a empresa desde a privatização em 1998. As mudanças na operadora já começaram, e a reestruturação já provocou 1.300 demissões, segundo o sindicato de trabalhadores do setor.
Agora, a Telmex quer garantir aos acionistas minoritários da Embratel o chamado "tag along", isto é, o direito de vender suas ações por 80% do preço recebido pelos antigos controladores da empresa. Para o sucesso da oferta pública, é necessária a adesão dos minoritários.
No Brasil, a Telmex também controla a Claro, operadora de telefonia celular, e está prestes a adquirir uma participação minoritária na Net, maior TV por assinatura da América Latina.
Registro na CVM
O pedido de registro da OPA (oferta pública de aquisição de ações) já foi feito à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), responsável pela fiscalização do mercado brasileiro de capitais.
O protocolo do pedido na autarquia foi formalizado pela Telmex Solutions Telecomunicações Ltda., uma controlada da Telmex.
Em um relatório do Unibanco, enviado na noite do sábado aos clientes, o analista do setor de telecomunicações do Unibanco, Edigimar Maximiliano, escreve que a oferta pública deve ser concluída até o final de novembro --considerando os prazos de praxe fixados pela CVM. A OPA só pode ser realizada após receber o sinal verde da autarquia.
No "fato relevante", a Telmex informa que o preço proposto aos investidores será pago à vista e será atualizado pela TR (taxa referencial) mais juros de 6% ao ano, a contar do dia 23 de julho até a data da liquidação do leilão. Segundo o Unibanco, a expectativa é de uma TR de 2,8% ao ano. A Telmex não citou o montante do desembolso para a compra das ações.
A oferta pública se limita às ações ON, ou seja, a Telmex não pretende retirar de circulação os papéis PN. Caso isso também ocorresse, estaria configurada uma operação de fechamento de capital. Mas a Telmex já avisou que não pretende fechar o capital da Embratel. Na sexta-feira passada, a ação PN da empresa fechou cotado a R$ 7,63 por lote de mil.
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