Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
27/08/2004 - 19h12

Claudio Vaz nega pressão para renunciar ao Ciesp

Publicidade

ELAINE COTTA
da Folha Online

O economista Claudio Vaz, eleito presidente do Ciesp (Centro das Empresas de São Paulo), negou que esteja sendo pressionado a renunciar ao cargo em favor do empresário Paulo Skaf, que venceu a disputa para a presidência da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

Por meio de nota, Vaz afirmou desconhecer a informação, veiculada hoje pela imprensa. "Ninguém me pediu isso e tenho certeza que ninguém me pedirá por conta do respeito que os milhares de eleitores merecem", disse Vaz.

Neste ano, pela primeira vez na história, foram escolhidos nomes diferentes para as presidências do Ciesp e da Fiesp. A eleição, a mais disputada da história das instituições também levou à Fiesp um candidato de oposição pela primeira vez em 20 anos.

Na Fiesp, Skaf teve 70 dos 122 votos dos sindicatos afiliados --para vencer, precisava de 62. Claudio Vaz, por sua vez, recebeu 2.235 votos diretos das indústrias do Estado, enquanto Skaf teve 1.816. O resultado do Ciesp ainda não foi oficializado, mas dificilmente Skaf conseguirá reverter a vantagem do adversário.

Racha

Hoje, a maioria dos jornais trouxe notícias sobre o "racha" em ambas as instituições e informações de que alguns dos apoiadores de Vaz o estariam pressionado a deixar a presidência do Ciesp para Skaf a fim de evitar novas polêmicas e divisões na indústria.

A chapa de Paulo Skaf, de oposição a atual diretoria da Fiesp, já considera a hipótese de recorrer contra o resultado no Ciesp. Os apoiadores de Skaf questionam a apuração de algumas urnas no interior do Estado e conseguiram atrasar a divulgação oficial.

Bate-boca

A eleição da Fiesp neste ano, além de ter sido uma das mais disputadas, foi também uma das mais agressivas da história da federação e chegou até a parar na delegacia.

Os dois candidatos, Skaf e Vaz, trocaram várias acusações durante a campanha, num clima mais hostil que o adotado pelos políticos candidatos à eleição da Prefeitura de São Paulo, por exemplo.

Na última sexta-feira, dia 20, o advogado de Vaz, Ruben Cavalheiro, encaminhou uma petição para a abertura de um inquérito policial contra um dos integrantes da chapa de Skaf na Delegacia de Delitos e Meios Eletrônicos do Deic (Departamento de Investigação sobre Crime Organizado).

O motivo foi um e-mail que citava a existência de supostas provas que poderiam vincular Vaz e integrantes de sua chapa às investigações da Polícia Federal na operação chamada "Farol da Colina", que resultou na prisão de mais de 60 doleiros no começo do mês de agosto.

Skaf negou ter participação no e-mail, mas acusou Vaz de fazer "circo eleitoral" às vésperas da eleição, que aconteceu no último dia 25. Vaz negou que o caso tivesse a ver com a disputa e afirmou que estava apenas "defendendo sua integridade".

Leia mais
  • Grupo de Skaf tenta anular a derrota no Ciesp

    Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre a Fiesp
  • Leia mais notícias no Especial sobre a eleição na Fiesp
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página