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08/09/2004
-
15h24
VINICIUS ALBUQUERQUE
da Folha Online
Em mais um capítulo da série de divergências comerciais, o presidente argentino, Néstor Kirchner, disse hoje que não irá abrir o mercado de automóveis da Argentina para o Brasil em 2006, como estava previsto em negociações anteriores dos países do Mercosul.
Com a decisão, Brasil e Argentina adiam pela segunda vez a implementação de um acordo de livre comércio de carros dentro do bloco.
A Argentina tem criado diversas barreiras para a exportação de produtos brasileiros. Nos últimos meses, foram estabelecidas cotas para venda de fogões, geladeiras e máquinas de lavar roupa. No caso das TVs produzidas na zona franca de Manaus, foi criada uma sobretaxa. Além disso, Kirchner pressiona o governo brasileiro por novos investimentos da Petrobras no transporte de gás dentro do país vizinho e estaria até mesmo ameaçando cassar a concessão da empresa brasileira.
No caso dos automóveis, o governo argentino também ameaça impor restrições caso não haja acordos voluntários que limitem as vendas brasileiras. O regime atual permite que, para cada carro exportado por um país, o outro possa exportar no máximo dois. Atualmente 65% do mercado argentino de automóveis é atendido por carros brasileiros.
"Equilibrar assimetrias"
Kirchner disse que a decisão foi tomada para "equilibrar as assimetrias" no comércio de automóveis entre os dois países e afirmou que a Argentina "não pode ser inundada por produtos importados".
"Queremos que a indústria automobilística no Brasil se desenvolva, mas também a nossa. Tenho certeza de que o meu amigo, o presidente do Brasil [Luiz Inácio Lula da Silva] irá entender isso", disse Kirchner na fábrica da Volkswagen na cidade de General Pacheco, a cerca de 40 km de Buenos Aires.
Já o ministro Roberto Lavagna (Economia), que vem ao Brasil amanhã e se reúne com o ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento), disse que a decisão não deve gerar novos atritos comerciais com o Brasil.
Com agências internacionais
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Argentina adia acordo de livre comércio de carros e prejudica Brasil
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da Folha Online
Em mais um capítulo da série de divergências comerciais, o presidente argentino, Néstor Kirchner, disse hoje que não irá abrir o mercado de automóveis da Argentina para o Brasil em 2006, como estava previsto em negociações anteriores dos países do Mercosul.
Com a decisão, Brasil e Argentina adiam pela segunda vez a implementação de um acordo de livre comércio de carros dentro do bloco.
A Argentina tem criado diversas barreiras para a exportação de produtos brasileiros. Nos últimos meses, foram estabelecidas cotas para venda de fogões, geladeiras e máquinas de lavar roupa. No caso das TVs produzidas na zona franca de Manaus, foi criada uma sobretaxa. Além disso, Kirchner pressiona o governo brasileiro por novos investimentos da Petrobras no transporte de gás dentro do país vizinho e estaria até mesmo ameaçando cassar a concessão da empresa brasileira.
No caso dos automóveis, o governo argentino também ameaça impor restrições caso não haja acordos voluntários que limitem as vendas brasileiras. O regime atual permite que, para cada carro exportado por um país, o outro possa exportar no máximo dois. Atualmente 65% do mercado argentino de automóveis é atendido por carros brasileiros.
"Equilibrar assimetrias"
Kirchner disse que a decisão foi tomada para "equilibrar as assimetrias" no comércio de automóveis entre os dois países e afirmou que a Argentina "não pode ser inundada por produtos importados".
"Queremos que a indústria automobilística no Brasil se desenvolva, mas também a nossa. Tenho certeza de que o meu amigo, o presidente do Brasil [Luiz Inácio Lula da Silva] irá entender isso", disse Kirchner na fábrica da Volkswagen na cidade de General Pacheco, a cerca de 40 km de Buenos Aires.
Já o ministro Roberto Lavagna (Economia), que vem ao Brasil amanhã e se reúne com o ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento), disse que a decisão não deve gerar novos atritos comerciais com o Brasil.
Com agências internacionais
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