14/09/2004 - 13h14

Para analistas, licenças de celular devem "encalhar" no Nordeste

ELAINE COTTA
da Folha Online

As licenças para operação de telefonia celular na região Nordeste do país devem ficar sem compradores, segundo estimativas dos analistas do banco Brascan e do banco norte-americano Merril Lynch.

A entrega das garantias para participar do leilão, que acontece no próximo dia 21, começou a ser recebida hoje pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Por enquanto, apenas Claro e Telemig Celular apresentaram propostas.

A Anatel está oferecendo quatro áreas, das quais fazem parte o Estado de São Paulo --região metropolitana e interior--, Minas Gerais e seis Estados do Nordeste (Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte).

Segundo os analistas, tanto a Claro, quanto a Telemig Celular devem disputar a atuação em Minas Gerais --onde a Telemig já atua e onde a Claro ainda não tem operação. A Anatel, no entanto, ainda não divulgou para quais áreas as empresas entregam as garantias.

As licenças de São Paulo, segundo analistas, deveriam se disputadas por Brasil Telecom e Telemar, mas nenhuma das duas entregou garantias até agora. Há rumores no mercado financeiro de que ambas teriam desistido de participar do leilão.

"Não esperamos que sejam apresentadas propostas para as licenças da região Nordeste", afirmou em relatório o analista de telecomunicações da Merrill Lynch, Mauricio Fernandes. Roberta Kosaka, do Brascan, tem a mesma opinião.

Atualmente, atuam em Minas a Oi (do grupo Telemar), a TIM e a Telemig Celular (controlada pelo grupo Opportunity). Vivo e Claro, que são concorrentes em São Paulo, não têm operações em Minas.

A Vivo, que é a maior operadora de telefonia móvel do país, não terá como participar da disputa pois a área que será licitada opera freqüência diferente da tecnologia utilizada pela empresa.

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