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17/09/2004 - 03h21

Bancários ampliam greve no país

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CLAUDIA ROLLI
da Folha de S.Paulo

Os bancários ampliaram ontem a greve da categoria por tempo indeterminado para nove capitais e regiões do interior dos Estados. A paralisação, que entra hoje no terceiro dia, já envolve 165 mil funcionários de bancos públicos e privados, segundo informa a CNB-CUT (Confederação Nacional dos Bancários).

A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) reagiu e orientou as instituições financeiras a recorrerem à Justiça para garantir o funcionamento das agências. A entidade informa que apenas 5% dos 35 mil pontos de atendimento no país (inclui agências dos Correios, lotéricas e outros estabelecimentos) foram afetados pela greve.

"As liminares são para impedir bloqueios de sindicatos nas portas das agências e garantir o atendimento aos clientes. Não fomos à Justiça contra a greve. A greve é um direito legítimo", disse o coordenador de negociações trabalhistas da Fenaban, Magnus Apostólico.

"Os bancos usaram um instrumento jurídico para a conter a greve. Essa não é uma greve de bloqueio. A prova disso é que a paralisação está sendo aprovada em assembléias realizadas com mais de 2.000 trabalhadores", afirmou Vagner Freitas, presidente de CNB-CUT, que representa 400 mil bancários no país.

A paralisação continua mais concentrada nas agências e centros administrativos da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil. Na CEF, estão parados 65% dos 55 mil empregados do país e no BB, 90% dos 85 mil funcionários, segundo estimativa do presidente da CNB.

Os números da Caixa, entretanto, diferem dos sindicalistas. A instituição informou que 80% das agências de todo o país (cerca de 1.700) funcionaram normalmente. Entre as 20% agências paralisadas, existem cerca de 5% funcionando parcialmente, com atendimento garantido aos clientes.

O Sindicato dos Bancários de São Paulo informou que 250 locais de trabalho permaneceram parados ontem em Osasco, na avenida Paulista e em vários bairros da cidade. Segundo a entidade, os bancos da região central acionaram a Polícia Militar para obrigar a entrada dos bancários."

"Em vez de desrespeitar o direito de greve dos trabalhadores, os banqueiros deveriam se preocupar em apresentar uma nova proposta para ser apreciada pelos trabalhadores", disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do sindicato. Os bancários fazem hoje à tarde uma passeata na Paulista.

A categoria recusou a proposta negociada entre bancos e sindicato --reajuste de 8,5% a 12,77%, dependendo da faixa salarial, entre outros itens. Os bancários pedem reajuste de 25% --inclui inflação e aumento real-- e participação nos lucros no valor de um salário mais R$ 1.200.

Funcionários de agências de São Paulo, Rio, Florianópolis e Brasília estão parados desde quarta, segundo a CNB. Ontem a paralisação foi ampliada para Natal (RN), Curitiba (PR), Porto Velho (RO), Porto Alegre (RS), Cuiabá (MT) e cidades do interior de São Paulo, do Rio e de Santa Catarina. Hoje a greve deve atingir a Paraíba.

No Rio, o sindicato dos bancários avalia que 70% dos 30 mil bancários aderiram à paralisação. No interior do Estado, estão no movimento Três Rios, Baixada Fluminense, Campos e Teresópolis. Em Itaperuna, Macaé e Niterói, a greve é de 24 horas.

Em Brasília, o sindicato avaliou que a greve se ampliou em bancos privados.

Clientes

Os bancos orientam os clientes que tiverem dificuldade para ser atendidos a procurar outros pontos de atendimento. Ainda é possível fazer boa parte das operações via internet.

Especial
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