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24/09/2004 - 12h35

Diretor da Petrobras descarta novo atraso na entrega de plataformas

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JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio

O diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella, descartou hoje a hipótese de novos atrasos na entrega de plataformas.

Segundo o diretor, elas terão um papel crucial para a obtenção da meta de auto-suficiência antes de 2006, previsão oficial da companhia. Nesta semana, a Petrobras já começou a comentar o adiantamento deste prazo para o fim de 2005.

A P-43 deve começar a operar em novembro no campo de Barracuda. A capacidade de produção de 150 mil barris por dia não deverá ser alcançada neste ano. Em janeiro, deve entrar em funcionamento a P-48 no campo de Caratinga, com capacidade de 150 mil barris por dia.

Para meados do próximo ano, o diretor prevê o início das operações da P-50 em Albacora Leste, com 180 mil barris/dia. No fim do ano está programada a entrada em funcionamento da P-34 no campo de Jubarte com 80 mil barris/dia.

Outros projetos

A Petrobras está fazendo licitações para o fretamento de um navio para Golfinho, um campo de óleo e gás no Espírito Santo. A estimativa da Petrobras é de uma produção de 100 mil barris/dia com a construção de um projeto completo de produção e exportação por meio de um gasoduto para a costa do Estado. O programa inclui a criação de uma nova unidade de tratamento para gás.

Na próxima semana, a diretoria da Petrobras deverá analisar os estudos de viabilidade técnica para o campo de Piranema em Sergipe. Segundo Estrella, trata-se de um conjunto de campos com uma produção de óleo leve de 10 mil a 30 mil barris ao dia.

KBR

A P-43 e a P-48 foram encomendadas à KBR, subsidiária da Halliburton, empresa contratada para recuperar as instalações do setor de petróleo no Iraque. A entrega da P-43 foi atrasada em 18 meses. Já a P-48 será entregue com atraso ainda maior: de 20 meses.

Em 2003, a Petrobras cogitou ir à Justiça ou chamar um comitê arbitral por causa do atraso e do aumento do custo da obra. A Halliburton afirmou que o atraso aconteceu em razão de mudanças nos contratos impostas pela Petrobras.

"Não há risco de atrasar a entrega das plataformas, as obras estão aceleradas e dentro do cronograma, um atraso de dois dias a uma semana faz parte da complexidade das obras. Os projetos da empresa estão todos estruturados para o crescimento sustentado da produção", afirmou hoje Estrella após a entrega do Prêmio Petrobras de Tecnologia.

Segundo o diretor, a empresa trabalha com um percentual de 10% de declínio natural dos campos maduros. "Estamos investindo para atenuar esta queda, no ano passado o percentual foi de 6%", disse.

No primeiro semestre a Petrobras enfrentou problemas com a paralisação de algumas unidades. Isto deve afetar o resultado do segundo semestre, estimado em 1,570 milhão de barris/dia.

No primeiro semestre, a produção média ficou em 1,468 milhão de barris/dia, uma média inferior a do ano passado, de 1,543 milhão. A empresa espera encerrar o ano, no entanto, com um pico de produção de 1,700 milhão de barris/dia.

De acordo com Estrella, a Petrobras terá "o melhor segundo semestre da história da companhia". A recuperação da produção foi atribuída pelo diretor à entrada em operação de um navio-plataforma no campo de Marlim Sul, na bacia de Campos.

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