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25/09/2004 - 11h24

Petrobras deve esperar eleições para reajustar preços dos combustíveis

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da Folha Online
da Folha de S.Paulo, no Rio

A Petrobras só vai definir um eventual aumento do preço dos combustíveis dentro de dez dias. Na prática, isso significa adiar a discussão sobre o reajuste dos combustíveis para depois das eleições.

Desde que o petróleo passou a bater recordes no mercado internacional, a ingerência política sobre a Petrobras vem sendo questionada.

"Em dez dias, acredito que haja alguns elementos que vão contribuir para a consolidação de visão sobre o novo patamar do petróleo. Não sei qual vai ser a influência da liberação de parte dos estoques estratégicos dos EUA e até a possibilidade de a Opep aumentar a produção", disse Dutra.

A declaração de Dutra veio depois de o diretor de Relações Internacionais da empresa, Nestor Cerveró, afirmar que o petróleo chegou a um novo patamar e que, no curto e médio prazo, não deve cair.

Mesmo com a alta do preço do barril do petróleo no mercado internacional --quase US$ 50--, o presidente da estatal, José Eduardo Dutra, disse que vai aguardar dez dias para decidir se vai reajustar os preços.

Antes de tomar uma posição sobre o possível aumento dos combustíveis, Dutra disse que vai avaliar dois fatores. O primeiro será a decisão do Departamento de Energia dos Estados Unidos, que estuda a possibilidade de aprovar o uso de parte das reservas estratégicas de petróleo do país.

As reservas de petróleo dos Estados Unidos somam hoje cerca de 670 milhões de barris. Outro fator será a reunião da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), que acontecerá no início de outubro.

O petróleo chegou ontem a US$ 49 o barril com a queda nos estoques dos EUA. Nesta semana a secretária de Petróleo e Gás Natural do Ministério de Minas e Energia, Maria das Graças Foster, afirmou que o preço do petróleo hoje é "muito preocupante".

Segundo Foster, mesmo para um país auto-suficiente e exportador, o patamar de US$ 47 por barril seria fator de preocupação. A secretária ressaltou, no entanto, que qualquer decisão relacionada ao reajuste da gasolina é de responsabilidade da Petrobras.

O Brasil ainda não é auto-suficiente na produção de petróleo. A estimativa da Petrobras é atingir a auto-suficiência em 2006. Mas, nesta semana, com previsões mais otimistas, a estatal cogitou a hipótese de alcançar essa auto-suficiência no final de 2005.

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