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05/10/2004 - 13h46

Fipe prevê IPC de 0,40% para outubro sem aumento da gasolina

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IVONE PORTES
da Folha Online

A inflação do município São Paulo deve ficar próxima de 0,40% em outubro caso não seja anunciado neste mês um novo aumento na gasolina, segundo projeção feita hoje pelo coordenador da pesquisa de preços da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, da USP), Paulo Picchetti.

Segundo cálculos do economista, somente os reajustes de água/esgoto, dissídios de funcionários de condomínios e o retorno da venda dos bilhetes duplos do metrô devem gerar inflação de 0,20% no mês. O restante virá dos preços livres.

Picchetti espera para o mês alguma pressão dos industrializados, por conta dos aumentos de custos e dos dissídios.

Além disso, o economista considera que os alimentos passarão a pressionar menos a inflação para baixo. Ele não espera forte oscilações de preços no setor, principalmente nos "in natura", mas disse acreditar que o ritmo de queda vai diminuir.

Em setembro, a inflação do município de são Paulo medida pelo IPC da Fipe recuou para 0,21%, menor taxa desde março deste ano.

A desaceleração resultou da deflação de 0,57% em alimentação e da redução do impacto de tarifas públicas.

Gasolina

A previsão de Picchetti para outubro, porém, não considera um possível aumento do preço da gasolina, que pode ocorrer por causa do avanço na cotação do barril de petróleo no mercado internacional. Hoje, o barril do produto chegou a bater US$ 50,58.

Segundo estimativas do coordenador do IPC-Fipe, um aumento de 10% na gasolina nas bombas geraria inflação de 0,46%, distribuída nos últimos três meses do ano.

Essa projeção considera os impactos diretos e indiretos do aumento da gasolina na economia. Ou seja, a alta do produto pode provocar também elevações de preços em outros setores.

Enquanto a Petrobras não anuncia o aumento, a Fipe mantém sua previsão de inflação em torno de 6% no ano.

De janeiro a setembro, o IPC-Fipe acumula alta de 4,62%. Em 12 meses, a variação chega a 6,01%.

Metrô

Com o roubo dos bilhetes duplos do Metrô no início de setembro, a venda desse tipo de passagem foi suspensa. Por isso, o Metrô reduziu o preço do bilhete unitário de R$ 1,90 para R$ 1,80. A empresa, no entanto, já liberou as vendas das passagens duplas e voltou a cobrar R$ 1,90 pelos bilhetes únicos, o que causa um pequeno impacto na inflação.

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