05/10/2004 - 15h16

Após 21 dias, greve dos bancários se concentra no BB e Caixa

FABIANA FUTEMA
da Folha Online

A greve nacional dos bancários atinge de forma mais intensa as agências do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, ambos bancos públicos federais.

Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino, o movimento começa a perder força dentro dos bancos privados.

"Existem locais que concentram um grande número de funcionários de bancos privados que deixaram a paralisação. Com isso, caiu a adesão ao movimento", disse Marcolino.

Só em São Paulo, a greve atinge 8.000 trabalhadores. No auge do movimento, haviam 30 mil bancários parados. No país, a paralisação se estende por 24 capitais.

Para o presidente da CNB-CUT (Confederação Nacional dos Bancários, ligada à CUT), Vagner Freitas, é natural que aconteça um recuo após 21 dias de mobilização.

"Em São Paulo, o uso da força policial contribuiu para diminuir o movimento. O recuo é natural numa greve que já dura 21 dias", disse o presidente da CNB-CUT, Vagner Freitas.

BB e CEF

Os bancários se reuniram hoje com representantes do BB e da CEF. Eles querem reabrir a negociação de pontos específicos das reivindicações dos funcionários dois dois bancos.

Além disso, a categoria quer o apoio do BB e da CEF dentro da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). Os bancários querem reabrir a negociação da pauta econômica junto aos bancos.

A Executiva Nacional dos Bancários enviou ontem uma contraproposta para a Fenaban. A nova contraproposta pede 19% de reajuste e abono de R$ 1.500. Os bancos ainda não se manifestaram. A proposta dos bancos é de aumento de 8,5% e abono de R$ 30 para quem ganha até R$ 1.500.

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