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07/10/2004
-
17h57
IVONE PORTES
da Folha Online
O aumento do juro básico da economia em setembro não alterou a expectativa da indústria brasileira com relação ao consumo interno no último trimestre do ano.
A prévia do Levantamento Conjuntural da Indústria de Transformação, divulgada hoje pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), revela que 21% dos 424 industriais consultados esperam demanda forte no último trimestre, enquanto 10% apostam no enfraquecimento do consumo interno.
Os números referentes às expectativas com o período de outubro a dezembro são melhores do que os verificados na pesquisa anterior, de julho, quando 19% estavam otimistas com a demanda doméstica e 9%, pessimistas.
O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central anunciou o aumento do juro de 16% para 16,25% ao ano no dia 15 de setembro.
A decisão causou "indignação" entre os setores produtivos. A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) chegou a divulgar nota afirmando que a alta do juro poderia gerar dúvidas em relação ao comportamento da demanda nos próximos meses e do emprego. "A conseqüência de tamanha incerteza pode ser um pé no freio nos planos de consumo e de investimentos", dizia a nota da Fiesp.
Com relação à demanda global, o percentual dos que esperam melhora praticamente não se alterou em relação a julho, passando de 19% para 18%. Entre os pessimistas, o percentual permaneceu em 10% no período.
Já, considerando somente demanda externa, a percepção dos industriais piorou na comparação com a pesquisa de julho, porém, está em patamares próximos ao de outubro do ano passado.
O percentual de industriais que esperam fortalecimento do consumo externo de seus produtos é de 11%, igual aos que projetam enfraquecimento. Em julho, 20% apostavam na melhora e, em outubro de 2003, 13%.
O economista da FGV, Aloísio Campelo, avalia que esse é um comportamento sazonal (característico do período).
Além disso, pode indicar que a perspectiva dos industriais é de que as exportações já cresceram bastante e, portanto, será difícil manter o ritmo de expansão.
A divulgação da sondagem final da FGV será divulgada no dia 27 de outubro e incluirá um universo maior de indústrias.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a alta dos juros
Alta do juro não afeta expectativa da indústria com consumo interno
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da Folha Online
O aumento do juro básico da economia em setembro não alterou a expectativa da indústria brasileira com relação ao consumo interno no último trimestre do ano.
A prévia do Levantamento Conjuntural da Indústria de Transformação, divulgada hoje pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), revela que 21% dos 424 industriais consultados esperam demanda forte no último trimestre, enquanto 10% apostam no enfraquecimento do consumo interno.
Os números referentes às expectativas com o período de outubro a dezembro são melhores do que os verificados na pesquisa anterior, de julho, quando 19% estavam otimistas com a demanda doméstica e 9%, pessimistas.
O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central anunciou o aumento do juro de 16% para 16,25% ao ano no dia 15 de setembro.
A decisão causou "indignação" entre os setores produtivos. A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) chegou a divulgar nota afirmando que a alta do juro poderia gerar dúvidas em relação ao comportamento da demanda nos próximos meses e do emprego. "A conseqüência de tamanha incerteza pode ser um pé no freio nos planos de consumo e de investimentos", dizia a nota da Fiesp.
Com relação à demanda global, o percentual dos que esperam melhora praticamente não se alterou em relação a julho, passando de 19% para 18%. Entre os pessimistas, o percentual permaneceu em 10% no período.
Já, considerando somente demanda externa, a percepção dos industriais piorou na comparação com a pesquisa de julho, porém, está em patamares próximos ao de outubro do ano passado.
O percentual de industriais que esperam fortalecimento do consumo externo de seus produtos é de 11%, igual aos que projetam enfraquecimento. Em julho, 20% apostavam na melhora e, em outubro de 2003, 13%.
O economista da FGV, Aloísio Campelo, avalia que esse é um comportamento sazonal (característico do período).
Além disso, pode indicar que a perspectiva dos industriais é de que as exportações já cresceram bastante e, portanto, será difícil manter o ritmo de expansão.
A divulgação da sondagem final da FGV será divulgada no dia 27 de outubro e incluirá um universo maior de indústrias.
Especial
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