08/10/2004 - 17h42

Wall Street cai com perdas nos setores farmacêutico e de tecnologia

VINICIUS ALBUQUERQUE
da Folha Online

As Bolsas americanas operaram em queda nesta sexta-feira, pressionadas pelos papéis dos setores de semicondutores e farmacêutico. Os 96 mil empregos criados nos EUA em setembro também decepcionaram.

No encerramento dos negócios, a Bolsa de Valores de Nova York teve queda de 0,69% no Dow Jones 30 Industrials, que tinha 10.055 pontos, enquanto o S&P 500 perdeu 0,75% para 1.122 pontos. Na Bolsa eletrônica Nasdaq, o índice Composite teve baixa de 1,47%, encerrando aos 1.919 pontos.

A Johnson & Johnson alertou que seu remédio para artrite reumatóide Remicade pode aumentar o risco de causar linfoma (câncer nos gânglios linfáticos). As ações da empresa caíam 1%.

Os papéis da Merck também perderam 1% ainda em conseqüência da retirada do Vioxx do mercado. O remédio dobra o risco de causar derrame e ataque cardíaco, segundo estudos divulgados na semana passada.

No setor de tecnologia, os papéis que mais caíam eram os da fabricante de microchips AMD (-3,2%). O crescimento dos estoques no setor pode comprometer as vendas da empresa.

Na agenda econômica, foram criados 96 mil postos de trabalho nos EUA em setembro, frustrando a expectativa de 150 mil novas vagas dos economistas. O dado é inferior ao de agosto, que também foi revisado, de 144 mil para 128 mil.

O governo Bush acumula déficit de cerca de 800 mil postos de trabalho desde seu início, em janeiro de 2001.

Os preços do petróleo continuam no território dos US$ 53. Os investidores se preocupam com a possível greve na segunda feira no setor petrolífero da Nigéria --sétimo maior exportador mundial do produto. No encerramento dos negócios em Nova York, o petróleo terminou a US$ 53,31, o maior valor para um fechamento desde que a commodity passou a ser negociada pela Bolsa Mercantil de Nova York, em 1983. Durante o dia, outro recorde histórico foi alcançado, US$ 53,35.

Especial

Leia o que já foi publicado sobre as Bolsas americanas