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11/10/2004
-
18h46
da Folha Online
A Vasp, que vive a pior crise de sua história, vai levar nesta semana uma caravana de funcionários até Brasília para pressionar o governo federal a liberar um socorro financeiro e evitar o colapso, como ocorreu com a Transbrasil no fim de 2001.
Na quarta e quinta-feira, autoridades dos três poderes vão receber do grupo o manifesto intitulado "A Vasp não pode parar". Nas palavras da empresa, o objetivo do ato é fazer com que "a companhia e todo o setor aéreo recebam do atual governo um tratamento equânime e o apoio necessário".
A companhia aérea tem uma dívida estimada de R$ 11 milhões com a Infraero (estatal que administra os aeroportos) e tenta parcelar o pagamento. O débito é referente a taxas aeroportuárias. A estatal exige pagamento antecipado dessas taxas da companhia aérea a partir da próxima quarta-feira (13).
A comissão que vai a Brasília será composta por "mais de uma dezena de funcionários da Vasp, empresários e empregados do sistema Vaspex [entrega de cargas], representando os mais diversos setores da companhia, incluindo engenheiros, técnicos, empregados administrativos, pilotos e comissários", segundo a Vasp.
"O que todos pretendem é que a Vasp esteja entre as empresas contempladas com as medidas a serem implantadas e que devem favorecer a aviação comercial do país que, como em todo mundo, passa por uma grave crise estrutural e de mercado", cita comunicado da Vasp.
O plano do governo federal para recuperar as empresas de aviação civil deve ser divulgado até novembro, segundo a Infraero.
A atual crise da Vasp começou no último dia 21 de setembro, quando funcionários fizeram uma paralisação de advertência devido ao atraso no pagamento de salários. Vôos foram cancelados. No dia 23, seis aviões da empresa foram proibidos de operar por ordem do Ministério da Defesa por medida de segurança.
No último dia 5 deste mês, a GE, que entre outras atividades realiza manutenção de turbinas de aeronaves, pediu a falência da Vasp. As ações da empresa foram suspensas na Bovespa. No último dia 7, o Ministério da Defesa enviou para a Presidência da República a proposta de decreto que prorroga por mais seis meses a concessão para que a empresa aérea continue voando.
A Viação Aérea São Paulo foi fundada em 1933, criada por um grupo de empresários de São Paulo, e estatizada em 1935, quando os prejuízos operacionais evidenciaram a necessidade de investimentos: o governo do Estado se tornou o controlador da Vasp.
Ironicamente, 55 anos depois, quando foi privatizada, em 1990, a companhia acumulava uma dívida de US$ 750 milhões. No meio do caminho, falta de autonomia nas administrações, já que o poder público interferia diretamente nas decisões, quantidade excessiva de funcionários --a aérea chegou a ter 9.300 funcionários-- e baixa ocupação de seus assentos. Hoje a companhia acumula prejuízos nos últimos trimestres. No primeiro semestre de 2004, a perda somou R$ 25,837 milhões.
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Veja a cronologia da pior crise da história da Vasp
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Vasp usa caravana de funcionários em busca de socorro do governo
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A Vasp, que vive a pior crise de sua história, vai levar nesta semana uma caravana de funcionários até Brasília para pressionar o governo federal a liberar um socorro financeiro e evitar o colapso, como ocorreu com a Transbrasil no fim de 2001.
Na quarta e quinta-feira, autoridades dos três poderes vão receber do grupo o manifesto intitulado "A Vasp não pode parar". Nas palavras da empresa, o objetivo do ato é fazer com que "a companhia e todo o setor aéreo recebam do atual governo um tratamento equânime e o apoio necessário".
A companhia aérea tem uma dívida estimada de R$ 11 milhões com a Infraero (estatal que administra os aeroportos) e tenta parcelar o pagamento. O débito é referente a taxas aeroportuárias. A estatal exige pagamento antecipado dessas taxas da companhia aérea a partir da próxima quarta-feira (13).
A comissão que vai a Brasília será composta por "mais de uma dezena de funcionários da Vasp, empresários e empregados do sistema Vaspex [entrega de cargas], representando os mais diversos setores da companhia, incluindo engenheiros, técnicos, empregados administrativos, pilotos e comissários", segundo a Vasp.
"O que todos pretendem é que a Vasp esteja entre as empresas contempladas com as medidas a serem implantadas e que devem favorecer a aviação comercial do país que, como em todo mundo, passa por uma grave crise estrutural e de mercado", cita comunicado da Vasp.
O plano do governo federal para recuperar as empresas de aviação civil deve ser divulgado até novembro, segundo a Infraero.
A atual crise da Vasp começou no último dia 21 de setembro, quando funcionários fizeram uma paralisação de advertência devido ao atraso no pagamento de salários. Vôos foram cancelados. No dia 23, seis aviões da empresa foram proibidos de operar por ordem do Ministério da Defesa por medida de segurança.
No último dia 5 deste mês, a GE, que entre outras atividades realiza manutenção de turbinas de aeronaves, pediu a falência da Vasp. As ações da empresa foram suspensas na Bovespa. No último dia 7, o Ministério da Defesa enviou para a Presidência da República a proposta de decreto que prorroga por mais seis meses a concessão para que a empresa aérea continue voando.
A Viação Aérea São Paulo foi fundada em 1933, criada por um grupo de empresários de São Paulo, e estatizada em 1935, quando os prejuízos operacionais evidenciaram a necessidade de investimentos: o governo do Estado se tornou o controlador da Vasp.
Ironicamente, 55 anos depois, quando foi privatizada, em 1990, a companhia acumulava uma dívida de US$ 750 milhões. No meio do caminho, falta de autonomia nas administrações, já que o poder público interferia diretamente nas decisões, quantidade excessiva de funcionários --a aérea chegou a ter 9.300 funcionários-- e baixa ocupação de seus assentos. Hoje a companhia acumula prejuízos nos últimos trimestres. No primeiro semestre de 2004, a perda somou R$ 25,837 milhões.
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