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12/10/2004
-
16h40
SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online
A belga InBev (antiga Interbrew), nova controladora da cervejaria AmBev, decidiu apresentar uma nova opção de pagamento para os acionistas que participarem do leilão de recompra de ações ordinárias (sem direito a voto), previsto para ocorrer na Bovespa até o início de 2005.
Agora, os minoritários da AmBev vão ter a alternativa de entregar suas ações e receber em troca papéis da InBev, que são negociados apenas na Bolsa de Bruxelas. Antes, na proposta divulgada em 2 de setembro, a InBev só aceitava pagar em dinheiro, mas o preço da oferta (353,28 euros por mil ações) era considerado baixo.
Para se ter idéia, a Braco, antiga dona da Brahma e um dos grupos que controlava a AmBev, recebeu 441,60 euros por mil ações da AmBev na permuta de ações com a Interbrew. O preço da oferta para os minoritários corresponde a 80% desse valor, como prevê a lei no chamado direito de "tag along".
Desde o anúncio da intenção de criar a gigante mundial das cervejas, feito em março, acionistas minoritários, como a Previ (fundo de pensão do Banco do Brasil) e fundos estrangeiros, criticavam as condições do negócio, que incluiu a incorporação da cervejaria canadense Labatt, com queixas de abusos de poder e possíveis prejuízos.
Como a realização do leilão depende do sinal verde da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), órgão que fiscaliza o mercado, a InBev preferiu alterar sua proposta original e incluir a opção de pagamento com ações.
"Após analisar a manifestação da CVM acerca dos termos e condições da OPA [oferta pública obrigatória de aquisição de ações] propostos, a InBev decidiu realizar a OPA oferecendo duas opções alternativas de pagamento aos acionistas da AmBev que alienarem suas ações ordinárias no leilão da OPA", diz o diretor de relações com investidores da AmBev, Felipe Dutra, em comunicado divulgado hoje (12).
Atualmente, na Bolsa de Bruxelas, o papel da InBev está mais valorizado do que na época em que os belgas assumiram parte do controle da AmBev. A ação fechou nesta terça-feira (12) a 26,95 euros, acima do preço (25,55 euros) adotado na conclusão do negócio que criou a maior cervejaria do mundo, no último dia 27 de agosto.
Se o acionista da AmBev optar pelas ações da InBev, ele só receberá os papéis após a aprovação definitiva do negócio pelas autoridades. No caso de escolher a alternativa do pagamento em dinheiro, receberá o valor à vista. O preço da oferta será convertido em reais pela taxa de câmbio do dia do leilão.
O pedido de aprovação da nova proposta foi encaminhado pela InBev à CVM no último dia 8. O leilão deve ocorrer até o fim deste ano ou, no mais tardar, no início de 2005, segundo recente previsão de executivos da AmBev.
O objetivo do leilão de recompra é aumentar a participação dos belgas no capital total da AmBev. No caso de adesão total dos minoritários, essa fatia passaria dos atuais 51% para 55%, em uma operação estimada em US$ 1,4 bilhão. Há cerca de 3,6 bilhão de ações ordinárias da AmBev em poder do mercado.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre ações da AmBev
Belgas propõem pagar minoritários da AmBev com ações em leilão
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da Folha Online
A belga InBev (antiga Interbrew), nova controladora da cervejaria AmBev, decidiu apresentar uma nova opção de pagamento para os acionistas que participarem do leilão de recompra de ações ordinárias (sem direito a voto), previsto para ocorrer na Bovespa até o início de 2005.
Agora, os minoritários da AmBev vão ter a alternativa de entregar suas ações e receber em troca papéis da InBev, que são negociados apenas na Bolsa de Bruxelas. Antes, na proposta divulgada em 2 de setembro, a InBev só aceitava pagar em dinheiro, mas o preço da oferta (353,28 euros por mil ações) era considerado baixo.
Para se ter idéia, a Braco, antiga dona da Brahma e um dos grupos que controlava a AmBev, recebeu 441,60 euros por mil ações da AmBev na permuta de ações com a Interbrew. O preço da oferta para os minoritários corresponde a 80% desse valor, como prevê a lei no chamado direito de "tag along".
Desde o anúncio da intenção de criar a gigante mundial das cervejas, feito em março, acionistas minoritários, como a Previ (fundo de pensão do Banco do Brasil) e fundos estrangeiros, criticavam as condições do negócio, que incluiu a incorporação da cervejaria canadense Labatt, com queixas de abusos de poder e possíveis prejuízos.
Como a realização do leilão depende do sinal verde da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), órgão que fiscaliza o mercado, a InBev preferiu alterar sua proposta original e incluir a opção de pagamento com ações.
"Após analisar a manifestação da CVM acerca dos termos e condições da OPA [oferta pública obrigatória de aquisição de ações] propostos, a InBev decidiu realizar a OPA oferecendo duas opções alternativas de pagamento aos acionistas da AmBev que alienarem suas ações ordinárias no leilão da OPA", diz o diretor de relações com investidores da AmBev, Felipe Dutra, em comunicado divulgado hoje (12).
Atualmente, na Bolsa de Bruxelas, o papel da InBev está mais valorizado do que na época em que os belgas assumiram parte do controle da AmBev. A ação fechou nesta terça-feira (12) a 26,95 euros, acima do preço (25,55 euros) adotado na conclusão do negócio que criou a maior cervejaria do mundo, no último dia 27 de agosto.
Se o acionista da AmBev optar pelas ações da InBev, ele só receberá os papéis após a aprovação definitiva do negócio pelas autoridades. No caso de escolher a alternativa do pagamento em dinheiro, receberá o valor à vista. O preço da oferta será convertido em reais pela taxa de câmbio do dia do leilão.
O pedido de aprovação da nova proposta foi encaminhado pela InBev à CVM no último dia 8. O leilão deve ocorrer até o fim deste ano ou, no mais tardar, no início de 2005, segundo recente previsão de executivos da AmBev.
O objetivo do leilão de recompra é aumentar a participação dos belgas no capital total da AmBev. No caso de adesão total dos minoritários, essa fatia passaria dos atuais 51% para 55%, em uma operação estimada em US$ 1,4 bilhão. Há cerca de 3,6 bilhão de ações ordinárias da AmBev em poder do mercado.
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