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15/10/2004 - 16h29

Petróleo atinge US$ 55 antes do fechamento e bate novo recorde

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VINICIUS ALBUQUERQUE
da Folha Online

O barril do petróleo cru para entrega em novembro, negociado na Bolsa Mercantil de Nova York, atingiu hoje o recorde absoluto de US$ 55 pouco antes do encerramento da sessão desta sexta-feira.

Ao fechar, o preço cedeu um pouco e ficou em US$ 54,93, alta de 0,31% e novo recorde para um fechamento. A greve geral na Nigéria --sétimo maior exportador mundial do produto--, que foi suspensa ontem por duas semanas, deixou momentaneamente de ser o centro das atenções dos investidores.

O motivo do momento passou a ser o temor de uma eventual falta de combustível para aquecedores nos EUA --o que preocupa, com a proximidade do inverno no hemisfério Norte.

As incertezas sobre os níveis de petróleo cru e de combustível para aquecedores --crucial para enfrentar o inverno no hemisfério Norte-- tira a tranqüilidade dos investidores. Os estoques americanos de destilados do petróleo, incluindo combustível para aquecedores, caíram em 2,5 milhões de barris na semana passada, totalizando 120,9 milhões de barris.

O resultado está mais de 8% abaixo dos níveis do ano passado no mesmo período, segundo a EIA (Energy Information Administration, agência do Departamento de Energia dos EUA).

A produção nas refinarias do golfo do México continua prejudicada, com a interrupção na produção causada durante a passagem do furacão Ivan pela região, no mês passado. A produção na região está em cerca de 70% dos níveis normais.

Nigéria

A greve na Nigéria, iniciada na segunda-feira, "foi suspensa por duas semanas", disse ontem o presidente do NLC (Nigeria Labour Congress, sigla em inglês para o grupo que reúne os trabalhadores do setor petrolífero), Adams Oshiomhole.

A Nigéria é o maior produtor de petróleo na África e o quinto maior fornecedor dos EUA. A greve, que também mobilizou trabalhadores do setor petrolífero, tem sido um dos principais motivos das altas do petróleo nas últimas sessões.

Greenspan

O presidente do Federal Reserve (Fed, o BC americano), Alan Greenspan, disse hoje que a atual disparada nos preços do petróleo terá menos impacto na alta da inflação que os choques ocorridos nos anos 70.

Apesar disso, "é evidente que os riscos de conseqüências negativas se intensificarão se os preços do petróleo aumentarem de maneira significativa", disse Greenspan.

O presidente do Fed disse que a economia global irá se ajustar à recente alta do petróleo, mas que os EUA e o resto do mundo, "sem dúvida, terão que viver com as incertezas dos mercados de petróleo ainda por algum tempo".

Com agências internacionais

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