Publicidade
Publicidade
15/10/2004
-
18h14
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
A Vasp sofre uma nova ameaça de paralisação de funcionários. Os aeronautas estão convocando uma assembléia para quarta-feira (21) da próxima semana para avaliar a situação da companhia aérea.
"A companhia não cumpriu vários itens do acordo que foi fechado com os funcionários na DRT (Delegacia Regional do Trabalho). Muitos funcionários que foram afastados ainda não receberam os salários de agosto (pagos em setembro)", disse a presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Graziella Baggio.
Segundo ela, a Vasp havia demitido cerca de 200 aeronautas após a retirada de operação de seis Boeings. Em reunião na DRT, a empresa havia se comprometido a reverter as demissões, abrir um PDV (programa de desligamento voluntário) e pagar regularizar os salários. "O problema é que 70% dos funcionários afastados não receberam nada da empresa", afirmou Baggio.
A sindicalista admite que a realização de uma nova assembléia pode piorar ainda mais a situação da Vasp, que enfrenta a pior crise de sua história. "Sabemos que a situação é complicada. Mas não vamos aceitar que a Vasp use os funcionários como massa de manobra para salvar a empresa. Não vamos mais aceitar esse tratamento."
Entre os problemas da companhia está a dívida de R$ 11 milhões em taxas de embarque com a Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária). A estatal quer cobrar na Justiça essas taxas que não foram repassadas nos últimos três meses.
O primeiro passo para isso foi dado hoje, com o envio de uma carta-cobrança para a companhia aérea. A companhia terá 48 horas --a partir do recebimento da carta-- para pagar o que deve. Se o pagamento não for efetuado, a Infraero acionará a Justiça para executar a dívida.
A expectativa da Infraero é que a carta seja entregue hoje, o que dará até segunda-feira de prazo para a Vasp regularizar suas pendências. Se a situação continuar irregular, a Infraero cobrará as dívidas da Vasp na Justiça a partir de terça-feira.
Procurada pela reportagem, a Vasp informou que tenta renegociar o pagamento dessa dívida com a Infraero.
A empresa chegou a pedir nesta semana que a dívida fosse parcelada em seis meses. No entanto, a Infraero rejeitou o pedido.
A estatal que administra os aeroportos cobra o pagamento das taxas de embarque à vista e antecipadamente da Vasp desde quarta-feira.
Desde então, a companhia vem pagando R$ 63 mil por dia para a Infraero para poder pousar e decolar nos aeroportos do país.
Leia mais
Infraero quer cobrar R$ 11 milhões da Vasp na Justiça
Vasp deposita R$ 9 milhões em juízo
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Vasp
Vasp sofre nova ameaça de paralisação de funcionários
Publicidade
da Folha Online
A Vasp sofre uma nova ameaça de paralisação de funcionários. Os aeronautas estão convocando uma assembléia para quarta-feira (21) da próxima semana para avaliar a situação da companhia aérea.
"A companhia não cumpriu vários itens do acordo que foi fechado com os funcionários na DRT (Delegacia Regional do Trabalho). Muitos funcionários que foram afastados ainda não receberam os salários de agosto (pagos em setembro)", disse a presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Graziella Baggio.
Segundo ela, a Vasp havia demitido cerca de 200 aeronautas após a retirada de operação de seis Boeings. Em reunião na DRT, a empresa havia se comprometido a reverter as demissões, abrir um PDV (programa de desligamento voluntário) e pagar regularizar os salários. "O problema é que 70% dos funcionários afastados não receberam nada da empresa", afirmou Baggio.
A sindicalista admite que a realização de uma nova assembléia pode piorar ainda mais a situação da Vasp, que enfrenta a pior crise de sua história. "Sabemos que a situação é complicada. Mas não vamos aceitar que a Vasp use os funcionários como massa de manobra para salvar a empresa. Não vamos mais aceitar esse tratamento."
Entre os problemas da companhia está a dívida de R$ 11 milhões em taxas de embarque com a Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária). A estatal quer cobrar na Justiça essas taxas que não foram repassadas nos últimos três meses.
O primeiro passo para isso foi dado hoje, com o envio de uma carta-cobrança para a companhia aérea. A companhia terá 48 horas --a partir do recebimento da carta-- para pagar o que deve. Se o pagamento não for efetuado, a Infraero acionará a Justiça para executar a dívida.
A expectativa da Infraero é que a carta seja entregue hoje, o que dará até segunda-feira de prazo para a Vasp regularizar suas pendências. Se a situação continuar irregular, a Infraero cobrará as dívidas da Vasp na Justiça a partir de terça-feira.
Procurada pela reportagem, a Vasp informou que tenta renegociar o pagamento dessa dívida com a Infraero.
A empresa chegou a pedir nesta semana que a dívida fosse parcelada em seis meses. No entanto, a Infraero rejeitou o pedido.
A estatal que administra os aeroportos cobra o pagamento das taxas de embarque à vista e antecipadamente da Vasp desde quarta-feira.
Desde então, a companhia vem pagando R$ 63 mil por dia para a Infraero para poder pousar e decolar nos aeroportos do país.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice