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20/10/2004
-
09h52
VALDO CRUZ
DIRETOR-EXECUTIVO
da Folha de S.Paulo, em Brasília
HUMBERTO MEDINA
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O governo federal deverá investir cerca de R$ 1,1 bilhão na construção de dois trechos novos na ferrovia Norte-Sul e na recuperação e duplicação da rodovia Belém (PA)-Brasília (DF), a BR-153. O objetivo é, em dois anos, viabilizar o acesso das regiões produtoras do Centro-Oeste ao porto de Itaqui, no Maranhão, usando tanto a ferrovia quanto a rodovia, com a construção de uma estação de transbordo (mudança da carga entre o caminhão e o trem).
Na avaliação do governo, os portos de Santos e do Rio já estão saturados e não poderiam mais sustentar o escoamento da produção do país mesmo com grandes investimentos. Por isso, é necessário facilitar o acesso a outras saídas para a produção.
Para a ampliação da ferrovia Norte-Sul, o governo avalia que gastará R$ 700 milhões. Nesse investimento, ainda procura atrair a participação da Vale do Rio Doce.
Os trechos novos de ferrovia que o governo pretende construir ligam Araguaína (TO) a Estreito (MA) e Anápolis (GO) a Santa Isabel/Ceres (GO). Esse investimento está estimado em cerca de R$ 700 milhões. A duplicação e a recuperação da BR-153 custariam cerca de R$ 400 milhões.
Ontem o governo continuou a costurar o pacote de medidas de revitalização do setor ferroviário. Houve reunião com representantes da Vale do Rio Doce para discutir investimentos na FCA (Ferrovia Centro-Atlântica), para eliminar gargalos no acesso ao porto de Vitória (ES).
Nesse trecho, são necessários investimentos de cerca de R$ 780 milhões, para fazer o contorno da capital mineira e da Serra do Tigre (MG). Para o contorno de Belo Horizonte, seriam necessários investimentos de R$ 80 milhões, e, na Serra do Tigre, cerca de R$ 700 milhões.
Para conseguir viabilizar os investimentos privados da concessionária, o governo está negociando com a Vale a troca desse investimento pelo perdão de dívidas ou abrindo mão de receber parte do arrendamento que a FCA paga para usar a malha da RFFSA (Rede Ferroviária Federal S.A., estatal em processo de liquidação).
Nos anos 80, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi contra a construção da Norte-Sul. No início de setembro, no entanto, classificou a ferrovia como "imprescindível". Em 1987, reportagem do colunista Janio de Freitas, da Folha, mostrou que a concorrência para a construção da ferrovia havia sido fraudulenta.
"Eu fui muito contra a ferrovia Norte-Sul, em 1987, mas hoje a ferrovia Norte-Sul é imprescindível", afirmou Lula em setembro.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Ferrovia Norte-Sul
Ferrovia Norte-Sul e rodovia do PA ao DF terão R$ 1,1 bi
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DIRETOR-EXECUTIVO
da Folha de S.Paulo, em Brasília
HUMBERTO MEDINA
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O governo federal deverá investir cerca de R$ 1,1 bilhão na construção de dois trechos novos na ferrovia Norte-Sul e na recuperação e duplicação da rodovia Belém (PA)-Brasília (DF), a BR-153. O objetivo é, em dois anos, viabilizar o acesso das regiões produtoras do Centro-Oeste ao porto de Itaqui, no Maranhão, usando tanto a ferrovia quanto a rodovia, com a construção de uma estação de transbordo (mudança da carga entre o caminhão e o trem).
Na avaliação do governo, os portos de Santos e do Rio já estão saturados e não poderiam mais sustentar o escoamento da produção do país mesmo com grandes investimentos. Por isso, é necessário facilitar o acesso a outras saídas para a produção.
Para a ampliação da ferrovia Norte-Sul, o governo avalia que gastará R$ 700 milhões. Nesse investimento, ainda procura atrair a participação da Vale do Rio Doce.
Os trechos novos de ferrovia que o governo pretende construir ligam Araguaína (TO) a Estreito (MA) e Anápolis (GO) a Santa Isabel/Ceres (GO). Esse investimento está estimado em cerca de R$ 700 milhões. A duplicação e a recuperação da BR-153 custariam cerca de R$ 400 milhões.
Ontem o governo continuou a costurar o pacote de medidas de revitalização do setor ferroviário. Houve reunião com representantes da Vale do Rio Doce para discutir investimentos na FCA (Ferrovia Centro-Atlântica), para eliminar gargalos no acesso ao porto de Vitória (ES).
Nesse trecho, são necessários investimentos de cerca de R$ 780 milhões, para fazer o contorno da capital mineira e da Serra do Tigre (MG). Para o contorno de Belo Horizonte, seriam necessários investimentos de R$ 80 milhões, e, na Serra do Tigre, cerca de R$ 700 milhões.
Para conseguir viabilizar os investimentos privados da concessionária, o governo está negociando com a Vale a troca desse investimento pelo perdão de dívidas ou abrindo mão de receber parte do arrendamento que a FCA paga para usar a malha da RFFSA (Rede Ferroviária Federal S.A., estatal em processo de liquidação).
Nos anos 80, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi contra a construção da Norte-Sul. No início de setembro, no entanto, classificou a ferrovia como "imprescindível". Em 1987, reportagem do colunista Janio de Freitas, da Folha, mostrou que a concorrência para a construção da ferrovia havia sido fraudulenta.
"Eu fui muito contra a ferrovia Norte-Sul, em 1987, mas hoje a ferrovia Norte-Sul é imprescindível", afirmou Lula em setembro.
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