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04/11/2004
-
18h36
VINICIUS ALBUQUERQUE
da Folha Online
Os preços do petróleo desabaram hoje no mercado internacional com o aumento das reservas norte-americanas.
O preço do barril para entrega em dezembro, negociado na Bolsa Mercantil de Nova York, fechou hoje em queda de 4,1%, cotado a US$ 48,82, menor valor em cinco semanas.
Os preços devem no entanto, se manter entre US$ 49 e US$ 50 ainda por algum tempo, segundo analistas do setor.
A reeleição do presidente norte-americano George W. Bush e o estado crítico de saúde do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Iasser Arafat, causam nervosismo entre os investidores.
A imprensa israelense chegou hoje a anunciar a morte de Arafat, mas o chefe do hospital militar Percy, onde Arafat esta internado desde sexta-feira (29), Christian Estripeau, desmentiu, dizendo que o quadro de saúde do líder palestino é "complexo" mas que ele ainda está vivo.
O Departamento de Energia dos EUA anunciou o aumento dos estoques --que agora totalizam 289,7 milhões de barris-- ontem. O nível está 1% abaixo dos níveis do mesmo período do ano passado, mas a defasagem vem diminuindo aos poucos.
Já os estoques de destilados de petróleo --que incluem óleo diesel, querosene para aviões e combustível para aquecedores-- caíram em 900 mil barris, totalizando 115,7 milhões de barris, 12% abaixo dos níveis de 2003 para o mesmo período. O resultado marcou a sétima semana consecutiva de queda.
O temor de uma eventual falta do combustível foi um dos principais causadores das altas verificadas nas últimas semanas. No dia 22 de outubro, o barril atingiu o fechamento recorde de US$ 55,17, que se repetiu no dia 26. Desde então, o preço já acumula quase 10% de queda.
Reeleição de Bush
O novo foco das especulações agora são os efeitos que a reeleição do presidente norte-americano, George W. Bush, terá no mercado petrolífero. Ainda é incerto se Bush permitirá o uso das reservas estratégicas do país (670 milhões de barris) para conter os preços.
Também levanta preocupações entre os investidores como prosseguirão as políticas da administração Bush no Oriente Médio, especialmente no Iraque, na Arábia Saudita e no Irã.
Preocupações contínuas
Além da reeleição de Bush, os investidores tem motivos para se preocupar que simplesmente não saem da pauta.
A gigante petrolífera russa Yukos está próxima da insolvência, segundo o executivo-chefe da empresa, Stephen Theede. A Yukos recebeu uma nova conta de impostos atrasados de US$ 10 bilhões, o que eleva a dívida fiscal da empresa para US$ 17 bilhões.
A Yukos produz cerca de 2 milhões de barris por dia e suspendeu recentemente as exportações por trem para a estatal chinesa China National Petroleum.
No Iraque, os rebeldes ameaçam intensificar os ataques às instalações petrolíferas e a edifícios governamentais no país se as tropas americanas realizarem nova ofensiva em Fallujah --bastião rebelde do país.
Na Nigéria --sétimo maior exportador mundial de petróleo--, a greve geral proposta pelo NLC (Nigeria Labour Congress, sigla em inglês para a principal central sindical da Nigéria), prevista para começar no dia 16, pode afetar as exportações de petróleo do país (2,5 milhões de barris por dia).
A produção das refinarias no golfo do México ainda está 13% abaixo dos níveis normais, desde que a atividade na região foi interrompida devido à passagem do furacão Ivan, em setembro, o que também tem pressionado os preços.
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Petróleo desaba e tem o menor preço em cinco semanas
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da Folha Online
Os preços do petróleo desabaram hoje no mercado internacional com o aumento das reservas norte-americanas.
O preço do barril para entrega em dezembro, negociado na Bolsa Mercantil de Nova York, fechou hoje em queda de 4,1%, cotado a US$ 48,82, menor valor em cinco semanas.
Os preços devem no entanto, se manter entre US$ 49 e US$ 50 ainda por algum tempo, segundo analistas do setor.
A reeleição do presidente norte-americano George W. Bush e o estado crítico de saúde do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Iasser Arafat, causam nervosismo entre os investidores.
A imprensa israelense chegou hoje a anunciar a morte de Arafat, mas o chefe do hospital militar Percy, onde Arafat esta internado desde sexta-feira (29), Christian Estripeau, desmentiu, dizendo que o quadro de saúde do líder palestino é "complexo" mas que ele ainda está vivo.
O Departamento de Energia dos EUA anunciou o aumento dos estoques --que agora totalizam 289,7 milhões de barris-- ontem. O nível está 1% abaixo dos níveis do mesmo período do ano passado, mas a defasagem vem diminuindo aos poucos.
Já os estoques de destilados de petróleo --que incluem óleo diesel, querosene para aviões e combustível para aquecedores-- caíram em 900 mil barris, totalizando 115,7 milhões de barris, 12% abaixo dos níveis de 2003 para o mesmo período. O resultado marcou a sétima semana consecutiva de queda.
O temor de uma eventual falta do combustível foi um dos principais causadores das altas verificadas nas últimas semanas. No dia 22 de outubro, o barril atingiu o fechamento recorde de US$ 55,17, que se repetiu no dia 26. Desde então, o preço já acumula quase 10% de queda.
Reeleição de Bush
O novo foco das especulações agora são os efeitos que a reeleição do presidente norte-americano, George W. Bush, terá no mercado petrolífero. Ainda é incerto se Bush permitirá o uso das reservas estratégicas do país (670 milhões de barris) para conter os preços.
Também levanta preocupações entre os investidores como prosseguirão as políticas da administração Bush no Oriente Médio, especialmente no Iraque, na Arábia Saudita e no Irã.
Preocupações contínuas
Além da reeleição de Bush, os investidores tem motivos para se preocupar que simplesmente não saem da pauta.
A gigante petrolífera russa Yukos está próxima da insolvência, segundo o executivo-chefe da empresa, Stephen Theede. A Yukos recebeu uma nova conta de impostos atrasados de US$ 10 bilhões, o que eleva a dívida fiscal da empresa para US$ 17 bilhões.
A Yukos produz cerca de 2 milhões de barris por dia e suspendeu recentemente as exportações por trem para a estatal chinesa China National Petroleum.
No Iraque, os rebeldes ameaçam intensificar os ataques às instalações petrolíferas e a edifícios governamentais no país se as tropas americanas realizarem nova ofensiva em Fallujah --bastião rebelde do país.
Na Nigéria --sétimo maior exportador mundial de petróleo--, a greve geral proposta pelo NLC (Nigeria Labour Congress, sigla em inglês para a principal central sindical da Nigéria), prevista para começar no dia 16, pode afetar as exportações de petróleo do país (2,5 milhões de barris por dia).
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