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10/11/2004
-
09h54
ELVIRA LOBATO
MARIO HUGO MONKEN
da Folha de S.Paulo, no Rio
O empresário Renan Macedo Leite, que foi preso anteontem no Rio pela Polícia Federal acusado de ser um dos líderes da "máfia dos combustíveis" no Estado, é assessor parlamentar do deputado estadual Domingos Brazão (PMDB). Ele seria o elo entre parlamentares e o esquema de fraudes e sonegação de impostos sobre combustíveis no Estado, acusa uma parlamentar fluminense.
No total, 44 pessoas foram presas pela PF, nos últimos dois dias, por suspeitas de fraude e sonegação de impostos, das quais 16 são policiais rodoviários federais, e 10, funcionários públicos do Rio: fiscais de renda, do ambiente, policiais civis e um bombeiro.
Renan Macedo Leite é proprietário de 13 empresas, entre elas oito postos de abastecimento de combustíveis. Ele foi nomeado "assessor especial de técnica parlamentar" em 6 de julho, com salário líquido de R$ 2.861,00.
A ligação do empresário com deputados foi apontada ontem pela deputada estadual Cidinha Campos (PDT). Ela mostrou comprovantes do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de que o deputado federal André Luiz (PMDB-RJ) e sua mulher, a deputada estadual Eliana Ribeiro (PMDB), receberam doações tanto de empresas como de sócios de Leite em suas campanhas eleitorais.
André Luiz foi um dos titulares da CPI dos Combustíveis do Congresso. A CPI terminou os trabalhos em setembro de 2003, sem conseguir apontar os responsáveis pela sonegação e pela adulteração de combustíveis.
Segundo dados do TRE, o deputado recebeu doação de R$ 9.000, e sua
mulher, Eliana Ribeiro, de R$ 5.000, do Auto Posto Bam Bam e de dois sócios de Renan Leite, Vilarino Santos Gomes e Domingos Gonçalves dos Santos.
André Luiz foi acusado no mês passado pelo empresário de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, de ter exigido o pagamento de R$ 4 milhões para evitar a aprovação do relatório da CPI da Loterj pelo plenário da Assembléia Legislativa.
Cidinha Campos apresentou o que chama de indícios do envolvimento de Leite com políticos do Estado. Em março, um dos sócios do empresário no Auto Posto Bam Bam, Domingos Gonçalves dos Santos, recebeu a maior honraria da Assembléia, a Medalha de Mérito Tiradentes.
O empresário preso cedeu um Dodge Dakota à campanha do vereador eleito Chiquinho Brandão (PMDB), irmão do deputado estadual Domingos Brandão. Cidinha mostrou o comprovante do Detran de que o carro pertence ao Auto Posto Bam Bam.
Para a deputada, a PF só prendeu pessoas de pouca relevância na máfia dos combustíveis. Cidinha, que investiga o caso por iniciativa própria, disse que a PF gravou conversas dos envolvidos por mais de dois anos e que há informação de envolvimento de juízes e de outros deputados federais.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a máfia dos combustíveis
Preso da "máfia dos combustíveis" é acusado de elo com parlamentares
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MARIO HUGO MONKEN
da Folha de S.Paulo, no Rio
O empresário Renan Macedo Leite, que foi preso anteontem no Rio pela Polícia Federal acusado de ser um dos líderes da "máfia dos combustíveis" no Estado, é assessor parlamentar do deputado estadual Domingos Brazão (PMDB). Ele seria o elo entre parlamentares e o esquema de fraudes e sonegação de impostos sobre combustíveis no Estado, acusa uma parlamentar fluminense.
No total, 44 pessoas foram presas pela PF, nos últimos dois dias, por suspeitas de fraude e sonegação de impostos, das quais 16 são policiais rodoviários federais, e 10, funcionários públicos do Rio: fiscais de renda, do ambiente, policiais civis e um bombeiro.
Renan Macedo Leite é proprietário de 13 empresas, entre elas oito postos de abastecimento de combustíveis. Ele foi nomeado "assessor especial de técnica parlamentar" em 6 de julho, com salário líquido de R$ 2.861,00.
A ligação do empresário com deputados foi apontada ontem pela deputada estadual Cidinha Campos (PDT). Ela mostrou comprovantes do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de que o deputado federal André Luiz (PMDB-RJ) e sua mulher, a deputada estadual Eliana Ribeiro (PMDB), receberam doações tanto de empresas como de sócios de Leite em suas campanhas eleitorais.
André Luiz foi um dos titulares da CPI dos Combustíveis do Congresso. A CPI terminou os trabalhos em setembro de 2003, sem conseguir apontar os responsáveis pela sonegação e pela adulteração de combustíveis.
Segundo dados do TRE, o deputado recebeu doação de R$ 9.000, e sua
mulher, Eliana Ribeiro, de R$ 5.000, do Auto Posto Bam Bam e de dois sócios de Renan Leite, Vilarino Santos Gomes e Domingos Gonçalves dos Santos.
André Luiz foi acusado no mês passado pelo empresário de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, de ter exigido o pagamento de R$ 4 milhões para evitar a aprovação do relatório da CPI da Loterj pelo plenário da Assembléia Legislativa.
Cidinha Campos apresentou o que chama de indícios do envolvimento de Leite com políticos do Estado. Em março, um dos sócios do empresário no Auto Posto Bam Bam, Domingos Gonçalves dos Santos, recebeu a maior honraria da Assembléia, a Medalha de Mérito Tiradentes.
O empresário preso cedeu um Dodge Dakota à campanha do vereador eleito Chiquinho Brandão (PMDB), irmão do deputado estadual Domingos Brandão. Cidinha mostrou o comprovante do Detran de que o carro pertence ao Auto Posto Bam Bam.
Para a deputada, a PF só prendeu pessoas de pouca relevância na máfia dos combustíveis. Cidinha, que investiga o caso por iniciativa própria, disse que a PF gravou conversas dos envolvidos por mais de dois anos e que há informação de envolvimento de juízes e de outros deputados federais.
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