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10/11/2004
-
18h15
SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online
Como era esperado, o juro americano subiu pela quarta vez consecutiva, de 1,75% para 2%. A novidade é que o Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA) indicou que a taxa deverá sofrer um novo aumento no dia 14 dezembro.
Até lá, os investidores vão encerrar suas apostas no início do mês com a divulgação do dado de criação de empregos de novembro. Também serão aguardados com ansiedade os novos números de inflação (CPI e PPI). Por enquanto, o BC americano mantém o tom anterior de um ajuste "moderado" da taxa.
Em seu comunicado de hoje, o Fed repetiu quase 90% das frases da nota da última reunião. De novo mesmo, só comentários otimistas sobre as expectativas de inflação e sua intenção de cumprir a obrigação de manter a estabilidade dos preços, se necessário.
A aposta de uma alta em dezembro ganhou força desde a sexta-feira passada, após ser divulgado que a criação de empregos cresceu no mês passado bem acima do esperado.
A recuperação do mercado de trabalho é um sinal importante da forte retomada da maior economia do mundo. O juro mais elevado serve para esfriar o ritmo de crescimento, a fim de inibir inflação.
A trajetória ascendente do juro começou no fim de junho, quando subiu de 1% (menor nível desde 1958) para 1,25%. Foi a primeira alta em quatro anos. Após o estouro da "bolha da internet" no início da década e os atentados do 11 de Setembro, o juro era mantido em patamar bastante baixo para evitar uma grave recessão nos EUA.
Ao contrário do que ocorre no Brasil, onde o juro é reavaliado mensalmente pelo Copom (Comitê de Política Monetária, do Banco Central), a autoridade monetária americana não se reúne todo mês. Além de junho e de hoje, o juro subiu em 0,25 ponto percentual em agosto e setembro. Não houve reuniões do Fed em julho e outubro.
Antes, a possibilidade de uma alta do juro em dezembro era minoritária. Em sondagem feita em outubro pela agência americana de notícias financeiras "Bloomberg", só seis (entre eles, Goldman Sachs e JP Morgan) de 22 bancos ouvidos falavam em aumento da taxa americana no último mês do ano.
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Comunicado do Fed indica nova alta de juro nos EUA em dezembro
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da Folha Online
Como era esperado, o juro americano subiu pela quarta vez consecutiva, de 1,75% para 2%. A novidade é que o Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA) indicou que a taxa deverá sofrer um novo aumento no dia 14 dezembro.
Até lá, os investidores vão encerrar suas apostas no início do mês com a divulgação do dado de criação de empregos de novembro. Também serão aguardados com ansiedade os novos números de inflação (CPI e PPI). Por enquanto, o BC americano mantém o tom anterior de um ajuste "moderado" da taxa.
Em seu comunicado de hoje, o Fed repetiu quase 90% das frases da nota da última reunião. De novo mesmo, só comentários otimistas sobre as expectativas de inflação e sua intenção de cumprir a obrigação de manter a estabilidade dos preços, se necessário.
A aposta de uma alta em dezembro ganhou força desde a sexta-feira passada, após ser divulgado que a criação de empregos cresceu no mês passado bem acima do esperado.
A recuperação do mercado de trabalho é um sinal importante da forte retomada da maior economia do mundo. O juro mais elevado serve para esfriar o ritmo de crescimento, a fim de inibir inflação.
A trajetória ascendente do juro começou no fim de junho, quando subiu de 1% (menor nível desde 1958) para 1,25%. Foi a primeira alta em quatro anos. Após o estouro da "bolha da internet" no início da década e os atentados do 11 de Setembro, o juro era mantido em patamar bastante baixo para evitar uma grave recessão nos EUA.
Ao contrário do que ocorre no Brasil, onde o juro é reavaliado mensalmente pelo Copom (Comitê de Política Monetária, do Banco Central), a autoridade monetária americana não se reúne todo mês. Além de junho e de hoje, o juro subiu em 0,25 ponto percentual em agosto e setembro. Não houve reuniões do Fed em julho e outubro.
Antes, a possibilidade de uma alta do juro em dezembro era minoritária. Em sondagem feita em outubro pela agência americana de notícias financeiras "Bloomberg", só seis (entre eles, Goldman Sachs e JP Morgan) de 22 bancos ouvidos falavam em aumento da taxa americana no último mês do ano.
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