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11/11/2004
-
17h51
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília
Os chineses estão dispostos a investir US$ 2 bilhões na ferrovia Norte-Sul e no Porto de Itaqui (MA). A estimativa foi dada hoje pelo vice-presidente da Citic --espécie de BNDES chinês--, Wang Guoxing, que esteve reunido hoje com os ministros Guido Mantega (Planejamento) e Alfredo Nascimento (Transportes).
Outros projetos podem despertar o interesse dos chineses. O governo brasileiro tem interesse na cooperação e parceria na área de infra-estrutura, como a ferrovia Transnordestina, o porto de Suape (PE), porto de Santos (SP) e o anel viário que dará acesso ao porto de Sepetiba (RJ).
"Vários empreendimentos de interesse comum estão sendo analisados", disse Mantega.
Para Guoxing, os dois lados saem ganhando. Segundo ele, a China tem tecnologia e recursos para financiamento de projetos, enquanto o Brasil pode aumentar a exportação de soja e outras commodities.
A China sairia lucrando ao vender à ferrovia --que ligará Estreito (MA) a Anápolis (GO)-- trilhos e vagões, segundo avaliação de Mantega.
"Nós [governo] queremos abrir mais a economia chinesa para fazer mais exportações de produtos brasileiros que hoje tem obstáculos para entrar lá", disse o ministro sobre as barreiras fitossanitárias chinesas, que dificultam a venda de carne brasileira para aquele país.
PPP
O atraso das votações no Congresso Nacional prejudicam o andamento dos negócios entre China e Brasil.
"O atraso na aprovação da Lei da PPP (Parceria Público Privada) acabou acarretando uma postergação na concretização desses projetos."
Mesmo com esse atraso, o ministro conta que as relações comerciais entre Brasil e China avançaram e que, nos próximos dias, durante a visita do presidente chinês Hu Jintao ao Brasil, "serão anunciados negócios de grandes vultos entre empresas brasileiras privadas e estatais e empresas chinesas".
Além disso, o ministro explicou que nem todos os investimentos chineses no Brasil deverão ser feitos por meio de PPPs.
"Você pode realizar projetos no âmbito da PPP mas existem outros acordos. Projetos que podem ser realizados de outra maneira", disse. Ele citou associações do setor privado nas áreas de mineração e transportes.
Para Mantega, essa visita poderá resultar em negócios da ordem de US$ 4 bilhões a US$ 5 bilhões, e há ainda a possibilidade que outros acordos sejam fechados ao longo do tempo. "As nossas possibilidades são muitos amplas porque para os chineses US$ 4 bilhões, US$ 5 bilhões não é nada. Eles têm reservas da ordem de US$ 400 bilhões."
E não só a China tem interesse em investir no Brasil. Segundo o ministro do Planejamento, Japão e Itália também têm interesse em investir em infra-estrutura.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre as ferrovias brasileiras
Leia o que já foi publicado sobre os portos brasileiros
Leia o que já foi publicado sobre as PPPs
China deve investir US$ 2 bilhões em ferrovia e porto brasileiros
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da Folha Online, em Brasília
Os chineses estão dispostos a investir US$ 2 bilhões na ferrovia Norte-Sul e no Porto de Itaqui (MA). A estimativa foi dada hoje pelo vice-presidente da Citic --espécie de BNDES chinês--, Wang Guoxing, que esteve reunido hoje com os ministros Guido Mantega (Planejamento) e Alfredo Nascimento (Transportes).
Outros projetos podem despertar o interesse dos chineses. O governo brasileiro tem interesse na cooperação e parceria na área de infra-estrutura, como a ferrovia Transnordestina, o porto de Suape (PE), porto de Santos (SP) e o anel viário que dará acesso ao porto de Sepetiba (RJ).
"Vários empreendimentos de interesse comum estão sendo analisados", disse Mantega.
Para Guoxing, os dois lados saem ganhando. Segundo ele, a China tem tecnologia e recursos para financiamento de projetos, enquanto o Brasil pode aumentar a exportação de soja e outras commodities.
A China sairia lucrando ao vender à ferrovia --que ligará Estreito (MA) a Anápolis (GO)-- trilhos e vagões, segundo avaliação de Mantega.
"Nós [governo] queremos abrir mais a economia chinesa para fazer mais exportações de produtos brasileiros que hoje tem obstáculos para entrar lá", disse o ministro sobre as barreiras fitossanitárias chinesas, que dificultam a venda de carne brasileira para aquele país.
PPP
O atraso das votações no Congresso Nacional prejudicam o andamento dos negócios entre China e Brasil.
"O atraso na aprovação da Lei da PPP (Parceria Público Privada) acabou acarretando uma postergação na concretização desses projetos."
Mesmo com esse atraso, o ministro conta que as relações comerciais entre Brasil e China avançaram e que, nos próximos dias, durante a visita do presidente chinês Hu Jintao ao Brasil, "serão anunciados negócios de grandes vultos entre empresas brasileiras privadas e estatais e empresas chinesas".
Além disso, o ministro explicou que nem todos os investimentos chineses no Brasil deverão ser feitos por meio de PPPs.
"Você pode realizar projetos no âmbito da PPP mas existem outros acordos. Projetos que podem ser realizados de outra maneira", disse. Ele citou associações do setor privado nas áreas de mineração e transportes.
Para Mantega, essa visita poderá resultar em negócios da ordem de US$ 4 bilhões a US$ 5 bilhões, e há ainda a possibilidade que outros acordos sejam fechados ao longo do tempo. "As nossas possibilidades são muitos amplas porque para os chineses US$ 4 bilhões, US$ 5 bilhões não é nada. Eles têm reservas da ordem de US$ 400 bilhões."
E não só a China tem interesse em investir no Brasil. Segundo o ministro do Planejamento, Japão e Itália também têm interesse em investir em infra-estrutura.
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