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16/11/2004
-
21h56
da Agência Folha, em Betim
O ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) disse hoje que o governo seria "penalizado e crucificado" caso não fizesse acordos comerciais com os chineses. A declaração foi em resposta às críticas do presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, sobre a decisão do Brasil de considerar a China uma economia de mercado.
"Se estivéssemos recusado debater e chegar a um acordo com os chineses, certamente agora a opinião pública estaria nos crucificando por ter perdido uma oportunidade de alavancar as exportações brasileiras para o maior mercado de consumidores do mundo", disse o ministro.
A Fiesp alega que, ao abrir o mercado para os produtos chineses, poderá haver efeitos nocivos para a indústria brasileira por causa da invasão de produtos com preços mais baixos. Skaf disse que a Fiesp vai criar uma "equipe de defesa comercial" para identificar os setores que estão perdendo mais com as importações da China.
"Será bem-vinda a ajuda e a colaboração de técnicos e especialistas no setor privado neste sentido. Nós temos o departamento de defesa comercial que tem funcionado de forma muito quieta e não temos tido nenhuma reclamação. Esse assunto não tem permeado a mídia brasileira nos dois anos no governo Lula, portanto é um sintoma de eficiência da nossa defesa comercial", respondeu Furlan.
Ele acrescentou: "Então, nós preferimos assumir um risco fazendo [o acordo] e, em caso de necessidade, utilizar os mecanismos de defesa comercial que já temos e que funcionam bem. Eu não acredito que haja invasão de produtos chineses, porque, se tivesse que haver, já teria havido".
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Luiz Fernando Furlan
Leia o que já foi publicado sobre o comércio Brasil-China
Sem acordo com a China, governo seria "crucificado", diz Furlan
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O ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) disse hoje que o governo seria "penalizado e crucificado" caso não fizesse acordos comerciais com os chineses. A declaração foi em resposta às críticas do presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, sobre a decisão do Brasil de considerar a China uma economia de mercado.
"Se estivéssemos recusado debater e chegar a um acordo com os chineses, certamente agora a opinião pública estaria nos crucificando por ter perdido uma oportunidade de alavancar as exportações brasileiras para o maior mercado de consumidores do mundo", disse o ministro.
A Fiesp alega que, ao abrir o mercado para os produtos chineses, poderá haver efeitos nocivos para a indústria brasileira por causa da invasão de produtos com preços mais baixos. Skaf disse que a Fiesp vai criar uma "equipe de defesa comercial" para identificar os setores que estão perdendo mais com as importações da China.
"Será bem-vinda a ajuda e a colaboração de técnicos e especialistas no setor privado neste sentido. Nós temos o departamento de defesa comercial que tem funcionado de forma muito quieta e não temos tido nenhuma reclamação. Esse assunto não tem permeado a mídia brasileira nos dois anos no governo Lula, portanto é um sintoma de eficiência da nossa defesa comercial", respondeu Furlan.
Ele acrescentou: "Então, nós preferimos assumir um risco fazendo [o acordo] e, em caso de necessidade, utilizar os mecanismos de defesa comercial que já temos e que funcionam bem. Eu não acredito que haja invasão de produtos chineses, porque, se tivesse que haver, já teria havido".
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