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17/11/2004 - 09h25

Banco Santos foi um dos 5 maiores repassadores de recursos do BNDES

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da Folha de S.Paulo

Em 2002 e 2003, o Banco Santos foi um dos cinco maiores repassadores de recursos das linhas de financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), apesar de se situar na 21ª posição no ranking das instituições financeiras.

Há cerca de seis meses, quando começaram os rumores negativos sobre a saúde financeira do Banco Santos, o BNDES reduziu substancialmente as operações com o banco presidido por Edemar Cid Ferreira. Segundo a Folha apurou, esse corte do BNDES ajudou a agravar a saúde do banco.

Em 2003, o Banco Santos tinha um saldo devedor no BNDES de R$ 1,150 bilhão, um dos maiores do país. Só abaixo das seguintes instituições: Bradesco, Banco do Brasil, Unibanco e CNH BM. As operações do banco de Edemar Cid Ferreira eram superiores às de instituições como Itaú, HSBC e Banespa. No início deste ano, o BNDES decidiu cortar as operações de crédito do Banco Santos, depois de boatos que envolviam a saúde financeira da instituição e depois de algumas agências de classificação de risco terem baixado a nota de avaliação do banco.

Dessa forma, o total de recursos liberados pelo BNDES por meio de repasses do Banco Santos despencou para R$ 250 milhões. Desse total, R$ 156 milhões foram créditos para exportação. Em razão desse corte, o saldo devedor do Banco Santos caiu para R$ 950 milhões. Ou seja, sofreu uma redução de R$ 200 milhões em relação à situação do final de 2003.

Assim que o Banco Santos sofreu intervenção do Banco Central, o BNDES sub-rogou os empréstimos concedidos pela instituição comandada por Edemar Cid Ferreira. Ou seja, a partir de agora, os clientes tinham de efetuar os pagamentos de seus débitos diretamente ao BNDES, e não mais ao Banco Santos.

Segundo a Folha apurou, são ao todo 1.090 operações de crédito do BNDES com o Banco Santos. A atual administração afirmou que a maioria das operações foi feita antes da gestão Carlos Lessa.

Nos últimos dias, circularam rumores sobre interessados na compra do Banco Santos. Um dos nomes ventilados com mais força foi o do Bradesco.

Procurado pela Folha, o presidente do Bradesco, Márcio Cypriano, nega o interesse. Ele afirmou que não houve sequer conversas com o banco de Edemar Cid Ferreira.

De acordo com Cypriano, o Banco Santos, por não possuir uma grande rede de atendimento, tem um perfil de atuação diferente da do Bradesco, um banco essencialmente de varejo. O Banco Santos tem apenas 700 contas, enquanto no Bradesco se abrem cerca de 83 mil contas por mês. Ou seja, 4.200 contas por dia.

O advogado do Banco Santos, Sérgio Bermudes, disse à Folha que um dos primeiros passos para vender a instituição é encontrar um reestruturador profissional, do tipo Goldman Sachs, para avaliar o banco. O presidente da Austin Asis, Erivelto Rodrigues, diz que a carteira de clientes do Banco Santos é composta por pequenas e médias empresas. Rodrigues calcula o valor de venda do Banco Santos em R$ 600 milhões, que correspondem ao patrimônio do final do segundo trimestre deste ano.

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