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19/11/2004
-
19h00
SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online
A Bovespa fechou em queda moderada, prejudicada pela alta do preço do petróleo e pelo alerta do presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), Alan Greenspan, sobre a desvalorização do dólar frente a outras moedas.
O Ibovespa, que reúne as 54 ações mais negociadas, encerrou em queda de 0,45%, aos 24.034 pontos. O pregão movimentou R$ 1,254 bilhão. No acumulado da semana, o índice paulista terminou praticamente estável.
Nesta sexta-feira, a Bolsas americanas operaram no vermelho depois de Greenspan falar que o apetite dos investidores estrangeiros por ativos denominados em dólares tende a diminuir. A preocupação com o cenário externo ofuscou as avaliações positivas de bancos estrangeiros sobre as mudanças no governo Lula.
A "dança das cadeiras" no Planalto começou nesta semana com a saída de figuras desgastadas politicamente como os presidentes do Banco do Brasil e do BNDES. Há a leitura de que as mudanças fortalecem o ministro Antonio Palocci (Fazenda) e o presidente do BC, Henrique Meirelles, consideradas pelo mercado como autoridades do governo Lula mais comprometidas com os interesses dos credores da dívida brasileira (rigor no controle dos gastos públicos e da inflação).
No pregão, o destaque foi a ação PNB da Copel (Companhia Paranaense de Energia), que chegou a disparar 16%, mas encerrou em alta de 7%, a maior do Ibovespa. Há a expectativa de que, até o fim do ano, a companhia acabe com o desconto na tarifa concedido aos consumidores adimplentes, o que representaria um reajuste de preços e um conseqüente aumento de faturamento. Mas o governo do Paraná, controladora da empresa, desmentiu que a decisão sobre o reajuste tenha sido tomada.
Já a ação da Dasa (Diagnósticos da América), dona dos laboratórios de diagnóstico Delboni Auriemo, Lavoisier, Elkis e Furlanetto, exibiu fôlego e saúde na estréia e fechou em alta de 19,95% a R$ 23,99. O investidor adquiriu o papel na oferta pública por R$ 20. O papel, que está fora do Ibovespa, movimentou R$ 98,161 milhões. Foi o segundo maior giro, atrás apenas da ação da Telemar.
A estréia da Diagnósticos da América na Bolsa reforça a lista de empresas que decidiram abrir capital para captar recursos. O movimento foi detonado pela Natura em maio, seguida pela Gol, CPFL Energia e Grendene. Na próxima segunda-feira, é a vez da Porto Seguro chegar ao pregão.
Bovespa fecha em queda, mas ações da Copel e Dasa disparam
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da Folha Online
A Bovespa fechou em queda moderada, prejudicada pela alta do preço do petróleo e pelo alerta do presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), Alan Greenspan, sobre a desvalorização do dólar frente a outras moedas.
O Ibovespa, que reúne as 54 ações mais negociadas, encerrou em queda de 0,45%, aos 24.034 pontos. O pregão movimentou R$ 1,254 bilhão. No acumulado da semana, o índice paulista terminou praticamente estável.
Nesta sexta-feira, a Bolsas americanas operaram no vermelho depois de Greenspan falar que o apetite dos investidores estrangeiros por ativos denominados em dólares tende a diminuir. A preocupação com o cenário externo ofuscou as avaliações positivas de bancos estrangeiros sobre as mudanças no governo Lula.
A "dança das cadeiras" no Planalto começou nesta semana com a saída de figuras desgastadas politicamente como os presidentes do Banco do Brasil e do BNDES. Há a leitura de que as mudanças fortalecem o ministro Antonio Palocci (Fazenda) e o presidente do BC, Henrique Meirelles, consideradas pelo mercado como autoridades do governo Lula mais comprometidas com os interesses dos credores da dívida brasileira (rigor no controle dos gastos públicos e da inflação).
No pregão, o destaque foi a ação PNB da Copel (Companhia Paranaense de Energia), que chegou a disparar 16%, mas encerrou em alta de 7%, a maior do Ibovespa. Há a expectativa de que, até o fim do ano, a companhia acabe com o desconto na tarifa concedido aos consumidores adimplentes, o que representaria um reajuste de preços e um conseqüente aumento de faturamento. Mas o governo do Paraná, controladora da empresa, desmentiu que a decisão sobre o reajuste tenha sido tomada.
Já a ação da Dasa (Diagnósticos da América), dona dos laboratórios de diagnóstico Delboni Auriemo, Lavoisier, Elkis e Furlanetto, exibiu fôlego e saúde na estréia e fechou em alta de 19,95% a R$ 23,99. O investidor adquiriu o papel na oferta pública por R$ 20. O papel, que está fora do Ibovespa, movimentou R$ 98,161 milhões. Foi o segundo maior giro, atrás apenas da ação da Telemar.
A estréia da Diagnósticos da América na Bolsa reforça a lista de empresas que decidiram abrir capital para captar recursos. O movimento foi detonado pela Natura em maio, seguida pela Gol, CPFL Energia e Grendene. Na próxima segunda-feira, é a vez da Porto Seguro chegar ao pregão.
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