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23/11/2004 - 15h05

Interventor do Banco Santos admite demissões neste ano, diz sindicato

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IVONE PORTES
da Folha Online

O interventor do Banco Santos, Vanio Aguiar, não descarta a possibilidade de demissões na instituição até o final do ano. A informação foi dada pelo assessor do interventor, Edson Domingues, ao Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

"Eles estão tratando a questão dos funcionários do banco como custo. Portanto, há um cenário de demissões", disse a secretária-geral do Sindicato dos Bancários, Juvandia Moreira Leite, que esteve reunida hoje com o assessor do interventor.

A folha de pagamento do banco, de acordo com dados passados ao sindicato, soma cerca de R$ 5 milhões por mês, incluindo os altos salários da diretoria.

O Banco Central tem um prazo de 60 dias, a partir de 12 de novembro, para apresentar um relatório sobre a situação do Banco Santos. Mas as demissões podem ocorrer antes de o relatório ficar pronto.

Salários retidos

Outra questão que preocupa o sindicato é a antecipação do salário dos funcionários do banco, que ficou retida devido à intervenção.

Segundo Juvandia, o funcionários do Banco Santos são pagos nos dias 13 e 28 de cada mês. Como o dia 13 de novembro caiu em um sábado, a antecipação salarial dos bancários foi depositada no dia 12, uma sexta-feira, data em que o Banco Central anunciou a intervenção.

A secretária explica que alguns funcionários que transferiram o dinheiro para outro banco via TED (Transferência Eletrônica Disponível) conseguiram obter os recursos. Já aqueles que fizeram transferência por meio de DOC (Documento de Ordem de Crédito) ou não mexeram no dinheiro tiveram os recursos retidos.

O sindicato afirmou que obteve a garantia do representante do interventor de que os próximos salários serão depositados na data prevista, mas em outra instituição financeira, que ainda será escolhida.

Entretanto, os valores retidos, referentes a antecipação do último dia 13, deverão ser pagos somente quando forem liberados os recursos do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), instituição que garante os depósitos de até R$ 20 mil existentes no banco.

Segundo informações dadas ao sindicato pelo representante do interventor do Banco Santos, mais de 80% dos correntistas pessoas físicas da instituição são funcionários.

O sindicato informou ainda que os funcionários recebiam seus salários em outros bancos, mas dois meses antes da intervenção no Banco Santos eles foram obrigados a abrir uma conta salário na instituição.

Não houve sinalização também, por parte do interventor, sobre o pagamento de PLR (Participação nos Lucros e Resultados) aos funcionários. A questão ainda deverá ser analisada pelo BC.

De acordo com dados do sindicato, o Banco Santos, incluindo sua holding, tem cerca de 800 funcionários. Juvandia informou que somente 20% estão trabalhando. Os demais estão em licença remunerada.

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