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23/11/2004 - 19h15

Centrais sindicais cobram política de recuperação do salário mínimo

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ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília

As centrais sindicais se anteciparam e começaram agora a debater o reajuste do salário mínimo, hoje em R$ 260.

Hoje, representantes da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Força Sindical, CGT (Confederação Geral dos Trabalhadores) e SDS (Social Democracia Sindical) estiveram reunidos com o ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, para dar início a essa discussão, que inclui não só o reajuste do salário para o próximo em "bases aceitáveis", mas também uma política de valorização desse rendimento.

"Nós achamos que dessa vez nós tomamos a iniciativa mais rápida", disse Canindé Pegado, secretário-geral da CGT.

Em geral, essa discussão acontece entre abril e maio, o que para o presidente da CUT, Luiz Marinho, é uma "hipocrisia nacional", já que o percentual de reajuste já está previsto no Orçamento da União. O Orçamento 2005 deve ser aprovado até o dia 23 de dezembro.

De acordo com Pegado, o ministro propôs uma reunião técnica em que o Ministério do Trabalho irá apresentar uma proposta aos sindicalistas. Esse encontro irá acontecer na sexta-feira da próxima semana, dia 3 de dezembro, em São Paulo.

O objetivo das centrais, além de um reajuste melhor que o previsto no Orçamento 2005 --de 8%--, é que o governo adote uma política de recuperação do salário mínimo, para que ele chegue a um valor equivalente ao calculado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômicos) --em torno de R$ 1600.

"Mais importante que o valor para 2005, é ter uma política de recuperação do salário mínimo", defende Marinho.

Segundo ele, esse debate será levado ao Congresso Nacional e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na semana entre os dias 12 e 17 de dezembro --antes da votação do Orçamento.

"Nós não vamos conversar com o [ministro da Fazenda, Antonio] Palocci sobre isso. Nós vamos conversar com o presidente Lula."

No entanto, na próxima semana, o presidente da CUT disse que irá se encontrar com Palocci para a discussão do reajuste da tabela do Imposto de Renda, congelada desde 2002.

Segundo ele, a idéia é resolver essa questão "daqui para dezembro".
Para vale já no próximo ano, uma alteração nas alíquotas do IR deve ser aprovada ainda neste ano.

Hoje, a tabela tem três faixas de alíquotas: isenção (até R$ 1.058), 15% (para salários de R$ 1.058,01 a R$ 2.115) e 27,5% (para salários acima de R$ 2.115).

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