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02/12/2004
-
13h24
VINICIUS ALBUQUERQUE
da Folha Online
O barril do petróleo registrou queda de mais de 9% desde que foram divulgados ontem os níveis dos estoques americanos de petróleo e derivados pelo Departamento de Energia dos EUA.
O declínio do preço do petróleo acontece uma semana depois de a Petrobras anunciar o segundo reajuste dos combustíveis em pouco mais de 40 dias --nas refinarias, a gasolina subiu 4,2% na última sexta-feira e o óleo diesel, 8%.
O barril do petróleo para entrega em janeiro, negociado na Bolsa Mercantil de Nova York, chegou a ser cotado a US$ 44,30 hoje durante a sessão em Nova York. Em relação ao fechamento da terça-feira (US$ 49,13), véspera da divulgação, a queda chegou a 9,83%.
Às 12h29 (horário de Brasília), estava cotado a US$ 44,56, queda de 2,04% em relação ao fechamento de ontem, quando o preço desabou 7,41%, a maior baixa desde setembro de 2001.
As Bolsas americanas recuperaram o ânimo ontem, fechando com expressivas altas, o que se refletiu no movimento nas Bolsas asiáticas e nas européias hoje.
O preço vinha se mantendo perto dos US$ 50 devido ao temor de que viesse a ocorrer uma escassez de derivados de petróleo nos EUA, principalmente de combustível para aquecedores, crucial para enfrentar o inverno no hemisfério Norte.
Segundo o relatório, o total de petróleo estocado no país é de 293,3 milhões de barris, depois da divulgação de um aumento de 900 mil barris na semana passada.
Já os barris de destilados hoje estocados nos EUA são 117,9 milhões --aumento de 2,3 milhões de barris na semana passada em relação aos níveis da semana anterior. Apesar de ainda estarem cerca de 13% abaixo dos níveis de 2003 para esta época do ano, a retomada das atividades das refinarias no golfo do México espalhou otimismo entre os investidores.
As refinarias da região tiveram suas operações interrompidas em setembro devido à passagem do furacão Ivan no sul dos EUA, o que causou queda na produção de destilados e iniciou o ciclo do temor de escassez.
Em outubro, esse temor chegou a fazer o preço disparar, chegando à marca recorde de US$ 55,67 --maior valor desde que o petróleo passou a ser negociado em Nova York.
Opep
A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) deve manter a atual cota de produção (27 milhões de barris por dia) para os países membros, segundo a agência de notícias France Presse.
O presidente do cartel, Purnomo Yusgiantoro, disse que "ao longo do primeiro trimestre [de 2005] os preços vão continuar altos, porque nossa produção excedente foi reduzida entre 1 milhão e 1,5 milhão de barris por dia".
"Há pouca possibilidade de que se reduza a produção. Tudo o que podemos fazer é manter a atual cota", disse hoje o secretário-geral em exercício do cartel, Maizar Rahman.
Uma redução na produção seria "psicologicamente negativa" para o mercado petrolífero, disse Rahman. "A Opep não quer dar más notícias ao mercado." Para o segundo trimestre do próximo ano a demanda deve diminuir, disse Rahman. Ele disse ainda que de US$ 10 a US$ 15 dos atuais preços são devidos a fatores não essenciais, como especulação.
O cartel se reunirá no dia 10 deste mês na cidade do Cairo (capital do Egito).
Com agências internacionais
Especial
Leia o que já foi publicado sobre os preços do petróleo
Petróleo desaba mais de 9% em 2 dias com alta de estoques nos EUA
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da Folha Online
O barril do petróleo registrou queda de mais de 9% desde que foram divulgados ontem os níveis dos estoques americanos de petróleo e derivados pelo Departamento de Energia dos EUA.
O declínio do preço do petróleo acontece uma semana depois de a Petrobras anunciar o segundo reajuste dos combustíveis em pouco mais de 40 dias --nas refinarias, a gasolina subiu 4,2% na última sexta-feira e o óleo diesel, 8%.
O barril do petróleo para entrega em janeiro, negociado na Bolsa Mercantil de Nova York, chegou a ser cotado a US$ 44,30 hoje durante a sessão em Nova York. Em relação ao fechamento da terça-feira (US$ 49,13), véspera da divulgação, a queda chegou a 9,83%.
Às 12h29 (horário de Brasília), estava cotado a US$ 44,56, queda de 2,04% em relação ao fechamento de ontem, quando o preço desabou 7,41%, a maior baixa desde setembro de 2001.
As Bolsas americanas recuperaram o ânimo ontem, fechando com expressivas altas, o que se refletiu no movimento nas Bolsas asiáticas e nas européias hoje.
O preço vinha se mantendo perto dos US$ 50 devido ao temor de que viesse a ocorrer uma escassez de derivados de petróleo nos EUA, principalmente de combustível para aquecedores, crucial para enfrentar o inverno no hemisfério Norte.
Segundo o relatório, o total de petróleo estocado no país é de 293,3 milhões de barris, depois da divulgação de um aumento de 900 mil barris na semana passada.
Já os barris de destilados hoje estocados nos EUA são 117,9 milhões --aumento de 2,3 milhões de barris na semana passada em relação aos níveis da semana anterior. Apesar de ainda estarem cerca de 13% abaixo dos níveis de 2003 para esta época do ano, a retomada das atividades das refinarias no golfo do México espalhou otimismo entre os investidores.
As refinarias da região tiveram suas operações interrompidas em setembro devido à passagem do furacão Ivan no sul dos EUA, o que causou queda na produção de destilados e iniciou o ciclo do temor de escassez.
Em outubro, esse temor chegou a fazer o preço disparar, chegando à marca recorde de US$ 55,67 --maior valor desde que o petróleo passou a ser negociado em Nova York.
Opep
A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) deve manter a atual cota de produção (27 milhões de barris por dia) para os países membros, segundo a agência de notícias France Presse.
O presidente do cartel, Purnomo Yusgiantoro, disse que "ao longo do primeiro trimestre [de 2005] os preços vão continuar altos, porque nossa produção excedente foi reduzida entre 1 milhão e 1,5 milhão de barris por dia".
"Há pouca possibilidade de que se reduza a produção. Tudo o que podemos fazer é manter a atual cota", disse hoje o secretário-geral em exercício do cartel, Maizar Rahman.
Uma redução na produção seria "psicologicamente negativa" para o mercado petrolífero, disse Rahman. "A Opep não quer dar más notícias ao mercado." Para o segundo trimestre do próximo ano a demanda deve diminuir, disse Rahman. Ele disse ainda que de US$ 10 a US$ 15 dos atuais preços são devidos a fatores não essenciais, como especulação.
O cartel se reunirá no dia 10 deste mês na cidade do Cairo (capital do Egito).
Com agências internacionais
Especial
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