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10/12/2004 - 09h50

Opep deve reduzir produção de petróleo hoje

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VINICIUS ALBUQUERQUE
da Folha Online

A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) está em reunião hoje e a expectativa é que o cartel reduza a produção atual de seus países membros para conter as quedas do preço do barril, observada nas últimas semanas.

Incluindo a produção do Iraque, o cartel produz quase 29 milhões de barris por dia. A cota oficial é de 27 milhões de barris, mas com a escalada no preço nos últimos meses, os países passaram a trabalhar com um excedente de produção.

Após o preço do petróleo registrar forte queda nas ultimas duas semanas, o ministro do Petróleo do Kuait, Fahad al Ahmad al Sabah disse que todos os membros do cartel concordam com a redução do excesso de produção e a manutenção da cota oficial de 27 milhões de barris por dia.

Nesta semana, o ministro saudita do Petróleo, Ali al Naimi disse ao jornal árabe "Al Hayat", que tem sede em Londres, que apóia a idéia de um corte de 1 milhão de barris por dia nos excedentes de produção. "É importante interrompermos o colapso de preços", disse Al Naimi. Ele disse ainda que, se o cartel fizer tal corte, a Arábia Saudita reduzirá sua produção em 500 mil barris por dia.

Já o ministro do Petróleo da Líbia, Fathi bin Shatwan, disse, segundo a agência de notícias Associated Press, que, apesar de ser possível para alguns países da Opep reduzir sua produção imediatamente, para outros isso pode levar mais tempo.

Com a expectativa da redução da cota, os preços já vem registrando ligeiro avanço. Ontem, o barril para janeiro fechou ontem cotado a US$ 42,53, alta de 1,4%. Hoje, segue em alta, subindo 1,27%, para US$ 43,07, às 9h05 (em Brasília).

No dia 25 de outubro, o preço chegou a US$ 55,67 durante a negociação e fechou cotado a US$ 55,17 nos dias 22 e 26, também de outubro. Os preços escalaram a essa altura devido ao medo, que dominou os investidores, de que as reservas de combustível para aquecedores nos EUA não fosse suficiente para atender a demanda, com a proximidade do inverno no hemisfério Norte.

Parte desse temor se devia à queda na produção das refinarias no golfo do México, que foram fechadas em setembro devido à passagem do furacão Ivan pela região. Com a gradual retomada das atividades na refinarias, contudo, o preço foi recuando aos poucos até o dia 30 de novembro, quando fechou a US$ 49,13.

No dia 1° de dezembro, por sua vez, com a divulgação do crescimento dos estoques de destilados nos EUA, o barril despencou 7,41%, caindo para US$ 45,49. Desde então seguiu em queda e, na quarta-feira desta semana, com a divulgação de mais um aumento no estoque de destilados nos EUA, o barril caiu para US$ 40,45 durante a sessão.

Com agências internacionais

Especial
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