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29/12/2004
-
09h06
JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio
O IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) apurou alta de 0,74% em dezembro. Com este resultado, o indicador calculado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) encerrou o ano com alta de 12,41%.
O IGP-M é o mais importante entre os indicadores de inflação já fechado em 2004 e é utilizado como indexador em contratos de financiamento imobiliário, aluguéis, tarifas, entre outros.
O comportamento dos preços do atacado e do varejo foi distinto na comparação anual. Nos últimos doze meses, o IPA (Índice de Preços do Atacado) acumulou alta de 15,09%. Já o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) avançou 6,20%. O choque do petróleo, o aumento dos combustíveis, a escalada do preço do aço e das resinas plásticas justificam a diferença.
Apesar disso, a inflação de dezembro mostrou desaceleração em relação a novembro. No mês passado, o IGP-M havia registrado alta de 0,82%. Isto porque os preços no atacado começaram a recuar, principalmente o dos produtos industriais. Já os produtos agrícolas, que atuaram ao longo do ano como moderadores da inflação, começaram a subir neste fim de ano.
Durante o ano de 2004, mesmo em períodos de entressafra, o comportamento dos preços dos alimentos ajudou a segurar os indicadores de inflação.
Neste mês, as matérias-primas brutas, basicamente as agropecuárias, registraram alta de 1,19%, ante uma deflação de 1% em novembro.
Em dezembro, os bens intermediários, como combustíveis e insumos para a indústria, recuaram para 0,63%, ante uma alta de 2,38%. Segundo a FGV, a desaceleração é resultado da menor pressão nos preços dos combustíveis para a produção, que passaram de 5,11% para 1,07% e dos materiais e componentes para manufatura, que registraram alta de 0,73%, ante um aumento de 1,89% no mês anterior.
Os preços ao consumidor continuaram a subir e passaram de 0,30% em novembro para 0,58% em dezembro. A principal pressão veio do grupo Transportes, que registrou alta de 2,14%. Algumas das principais capitais do país deixaram para elevar o preço das passagens de ônibus após as eleições municipais. A tarifa de ônibus urbano passou de 0,15% em novembro para 1,11% em dezembro.
A gasolina continuou a pressionar os preços no varejo após os dois aumentos autorizados pela Petrobras no segundo semestre. O combustível registrou alta de 3,98%, ante um aumento de 3,03% em novembro.
Os custos da construção civil passaram de 0,94% para 0,61% em dezembro. Com o aumento menor dos preços do aço, os materiais de construção deram sinais de desaceleração. Em novembro, eles tiveram alta de 1,51%, em dezembro, o percentual foi de 0,93%. A placa de aço registrou alta de 1,08%, ante um aumento de 4,13% em novembro.
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da Folha Online, no Rio
O IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) apurou alta de 0,74% em dezembro. Com este resultado, o indicador calculado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) encerrou o ano com alta de 12,41%.
O IGP-M é o mais importante entre os indicadores de inflação já fechado em 2004 e é utilizado como indexador em contratos de financiamento imobiliário, aluguéis, tarifas, entre outros.
O comportamento dos preços do atacado e do varejo foi distinto na comparação anual. Nos últimos doze meses, o IPA (Índice de Preços do Atacado) acumulou alta de 15,09%. Já o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) avançou 6,20%. O choque do petróleo, o aumento dos combustíveis, a escalada do preço do aço e das resinas plásticas justificam a diferença.
Apesar disso, a inflação de dezembro mostrou desaceleração em relação a novembro. No mês passado, o IGP-M havia registrado alta de 0,82%. Isto porque os preços no atacado começaram a recuar, principalmente o dos produtos industriais. Já os produtos agrícolas, que atuaram ao longo do ano como moderadores da inflação, começaram a subir neste fim de ano.
Durante o ano de 2004, mesmo em períodos de entressafra, o comportamento dos preços dos alimentos ajudou a segurar os indicadores de inflação.
Neste mês, as matérias-primas brutas, basicamente as agropecuárias, registraram alta de 1,19%, ante uma deflação de 1% em novembro.
Em dezembro, os bens intermediários, como combustíveis e insumos para a indústria, recuaram para 0,63%, ante uma alta de 2,38%. Segundo a FGV, a desaceleração é resultado da menor pressão nos preços dos combustíveis para a produção, que passaram de 5,11% para 1,07% e dos materiais e componentes para manufatura, que registraram alta de 0,73%, ante um aumento de 1,89% no mês anterior.
Os preços ao consumidor continuaram a subir e passaram de 0,30% em novembro para 0,58% em dezembro. A principal pressão veio do grupo Transportes, que registrou alta de 2,14%. Algumas das principais capitais do país deixaram para elevar o preço das passagens de ônibus após as eleições municipais. A tarifa de ônibus urbano passou de 0,15% em novembro para 1,11% em dezembro.
A gasolina continuou a pressionar os preços no varejo após os dois aumentos autorizados pela Petrobras no segundo semestre. O combustível registrou alta de 3,98%, ante um aumento de 3,03% em novembro.
Os custos da construção civil passaram de 0,94% para 0,61% em dezembro. Com o aumento menor dos preços do aço, os materiais de construção deram sinais de desaceleração. Em novembro, eles tiveram alta de 1,51%, em dezembro, o percentual foi de 0,93%. A placa de aço registrou alta de 1,08%, ante um aumento de 4,13% em novembro.
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