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05/01/2005 - 18h12

CSFB rebaixa recomendação para títulos da dívida do Brasil

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SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online

O banco de investimentos CSFB (Credit Suisse First Boston) rebaixou sua recomendação para os títulos da dívida externa do Brasil. O peso do Brasil na carteira da instituição foi reduzida de uma posição acima da média do mercado ("overweight") para "neutra".

Em relatório, a instituição citou que os papéis se valorizaram bastante nas últimas semanas. Ou seja, chegou a hora de vender os títulos para embolsar lucros.

O banco também manifestou preocupação com os efeitos de uma forte alta dos juros nos EUA para os títulos brasileiros.

Ontem, o Federal Reserve (banco central americano) indicou, em relatório, que a taxa de 2,25% ainda está abaixo do patamar necessário para controlar a inflação.

Em tese, um aumento do juro americano tende a reduzir a atratividade dos títulos de países emergentes, como o Brasil.

O CSFB também reduziu ainda mais sua exposição ao bônus do Peru, que apresenta uma posição "underweight" (abaixo da média do mercado).

O banco considerou no rebaixamento o fato de os títulos da dívida do Brasil e do Peru serem classificados como "investimentos especulativos" por agências de risco.

Não se sabe ainda se outros bancos vão seguir o exemplo do CSFB, formando uma onda de rebaixamento dos títulos brasileiro.

Para o economista Ricardo Amorim, responsável pela área de pesquisa e investimento para a América Latina do banco alemão WestLB, em Nova York, a taxa dos EUA deve se estabilizar em 3% ou um pouco acima disso até o início do segundo semestre, "o que não chegaria a reduzir de forma significativa a atratividade dos títulos brasileiros".

Segundo o economista, o juro teria de chegar a 4% ou acima disso para que os títulos brasileiros se tornassem menos atraentes.

"O que me parece improvável --a menos que o mercado de trabalho nos EUA passe a mostrar uma recuperação muito mais forte do que a que mostrou até agora."

Na próxima sexta-feira, será divulgada o dado de criação de vagas de trabalho em dezembro, um indicador bastante aguardado pelo mercado. A expectativa dos bancos é de aumento de 112 mil vagas em novembro para 175 mil no mês passado.

Especial
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