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13/11/2000
-
18h35
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
Apesar de admitir que a economia está retomando um caminho de crescimento, os empresários dizem que ainda é cedo para repassar perdas acumuladas durante o plano Real para o salário de seus funcionários.
Segundo o vice-presidente da Volkswagen, Fernando Tadeu Perez, os sindicatos estão reivindicando reajustes exagerados e fora da realidade.
"As empresas crescem de forma diferenciada. A utilização da plena capacidade não acontece em todos os setores. Os sindicatos estão pedindo reajustes acima da inflação alegando perdas passadas, mas não sabem como foi que as empresas tiveram de se virar para sobreviver em tempos de queda na economia", disse.
Segundo ele, as empresas até podem fechar acordos com reajustes superiores aos permitidos para o equilíbrio financeiro de suas contas, mas no futuro esse desequilíbrio recairá de forma negativa sobre os próprios funcionários.
"Ninguém quer quer greve. Nem empresa nem funcionários. Preferimos um mau acordo do que uma boa briga. Mas isso pode custar caro aos empregados depois", afirmou Perez.
Segundo ele, a concessão de reajustes superiores aos propostos pelas empresas vai pressionar os custos de produção e por conta disso haverá repasse de preço para o consumidor final.
"Como não há espaço para aumento de preços hoje na economia, as pessoas comprarão menos, as empresas serão obrigadas a reduzir produção e num terceiro momento, terão até de demitir funcionários", afirmou.
Perez disse que os sindicatos estão tendo uma "visão míope" da realidade e comemorando antes do tempo a retomada do poder de força dos trabalhadores. "É muito cedo para achar que o perigo do desemprego está afastado só porque a economia voltou a crescer."
Para o presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) e vice-presidente da General Motors do Brasil, José Carlos Pinheiro Netto, a volta do movimento grevista não é boa para ninguém.
"As empresas querem produzir, pois este é o momento de aproveitar a boa fase da economia e os funcionários precisam de emprego. A volta das greves não trará lucros para nenhuma das partes", afirmou.
E-mail: fabiana.futema@folha.com.br
Retomada das greves aumenta desemprego, dizem empresários
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da Folha Online
Apesar de admitir que a economia está retomando um caminho de crescimento, os empresários dizem que ainda é cedo para repassar perdas acumuladas durante o plano Real para o salário de seus funcionários.
Segundo o vice-presidente da Volkswagen, Fernando Tadeu Perez, os sindicatos estão reivindicando reajustes exagerados e fora da realidade.
"As empresas crescem de forma diferenciada. A utilização da plena capacidade não acontece em todos os setores. Os sindicatos estão pedindo reajustes acima da inflação alegando perdas passadas, mas não sabem como foi que as empresas tiveram de se virar para sobreviver em tempos de queda na economia", disse.
Segundo ele, as empresas até podem fechar acordos com reajustes superiores aos permitidos para o equilíbrio financeiro de suas contas, mas no futuro esse desequilíbrio recairá de forma negativa sobre os próprios funcionários.
"Ninguém quer quer greve. Nem empresa nem funcionários. Preferimos um mau acordo do que uma boa briga. Mas isso pode custar caro aos empregados depois", afirmou Perez.
Segundo ele, a concessão de reajustes superiores aos propostos pelas empresas vai pressionar os custos de produção e por conta disso haverá repasse de preço para o consumidor final.
"Como não há espaço para aumento de preços hoje na economia, as pessoas comprarão menos, as empresas serão obrigadas a reduzir produção e num terceiro momento, terão até de demitir funcionários", afirmou.
Perez disse que os sindicatos estão tendo uma "visão míope" da realidade e comemorando antes do tempo a retomada do poder de força dos trabalhadores. "É muito cedo para achar que o perigo do desemprego está afastado só porque a economia voltou a crescer."
Para o presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) e vice-presidente da General Motors do Brasil, José Carlos Pinheiro Netto, a volta do movimento grevista não é boa para ninguém.
"As empresas querem produzir, pois este é o momento de aproveitar a boa fase da economia e os funcionários precisam de emprego. A volta das greves não trará lucros para nenhuma das partes", afirmou.
E-mail: fabiana.futema@folha.com.br
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