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21/01/2005
-
15h01
PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, negou hoje que a destituição de toda a diretoria da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) anunciada ontem represente uma preferência pela atividade agrícola empresarial em detrimento da agricultura familiar.
Rodrigues demitiu o presidente da instituição, Clayton Campanhola ---um quadro petista-- e colocou em seu lugar Silvio Crestana, físico e funcionário da Embrapa desde 1984. Segundo reportagens publicadas hoje nos jornais brasileiros, Rodrigues quer dar maior enfoque ao agronegócio empresarial nas pesquisas da Embrapa.
O ministro, entretanto, negou essa versão. 'Até mesmo porque ambas [agricultura familiar e empresarial] se inserem no agronegócio e não há quaisquer antagonismos entre elas', afirmou o ministro, por meio de nota à imprensa.
De acordo com a nota, a agricultura continuará tendo prioridade nas políticas executadas pelo ministério e pela Embrapa,conforme determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O ministro destacou ainda que a origem do novo presidente da empresa é de uma família de agricultores familiares do interior de São Paulo. O próprio Crestana afirmou na nota do ministério que 'ficaria muito esquisito' se agora negasse seu passado.
As relações entre o ministro e o ex-presidente da Embrapa, ligado à área de meio ambiente, não eram boas desde o início do governo. O ministério não contou com o apoio do presidente da Embrapa, por exemplo, na luta pela liberação do plantio de soja transgênica no país.
Novos nomes
O ministério também divulgou hoje os nomes dos novos diretores-executivos da Embrapa que substituirão os diretores demitidos ontem com o presidente Clayton Campanhola.
Além do físico Silvio Crestana, na presidência, farão parte da diretoria José Geraldo Eugênio, da área de produção vegetal; Tatiana de Sá, especialista em manejo e recursos naturais sustentáveis; e Kepler Euclides Filho, da área de produção animal.
'Eles foram indicados com base nos critérios de excelência, liderança e alinhamento aos princípios da empresa', informou a nota, sugerindo que as escolhas não obedeceram a critérios políticos.
Consolação
Campanhola, que após ser destituído do comando da Embrapa, foi convidado pelo ministro a assumir a chefia do Pólo de Biocombustíveis de Piracicaba, ainda não deu sua resposta.
Segundo a nota da assessoria de imprensa, o ministro considera que 'o pólo pode vir a ser uma nova Embrapa', tamanha a importância que a agroenergia deverá assumir no mercado mundial nos próximos anos.
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da Folha Online, em Brasília
O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, negou hoje que a destituição de toda a diretoria da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) anunciada ontem represente uma preferência pela atividade agrícola empresarial em detrimento da agricultura familiar.
Rodrigues demitiu o presidente da instituição, Clayton Campanhola ---um quadro petista-- e colocou em seu lugar Silvio Crestana, físico e funcionário da Embrapa desde 1984. Segundo reportagens publicadas hoje nos jornais brasileiros, Rodrigues quer dar maior enfoque ao agronegócio empresarial nas pesquisas da Embrapa.
O ministro, entretanto, negou essa versão. 'Até mesmo porque ambas [agricultura familiar e empresarial] se inserem no agronegócio e não há quaisquer antagonismos entre elas', afirmou o ministro, por meio de nota à imprensa.
De acordo com a nota, a agricultura continuará tendo prioridade nas políticas executadas pelo ministério e pela Embrapa,conforme determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O ministro destacou ainda que a origem do novo presidente da empresa é de uma família de agricultores familiares do interior de São Paulo. O próprio Crestana afirmou na nota do ministério que 'ficaria muito esquisito' se agora negasse seu passado.
As relações entre o ministro e o ex-presidente da Embrapa, ligado à área de meio ambiente, não eram boas desde o início do governo. O ministério não contou com o apoio do presidente da Embrapa, por exemplo, na luta pela liberação do plantio de soja transgênica no país.
Novos nomes
O ministério também divulgou hoje os nomes dos novos diretores-executivos da Embrapa que substituirão os diretores demitidos ontem com o presidente Clayton Campanhola.
Além do físico Silvio Crestana, na presidência, farão parte da diretoria José Geraldo Eugênio, da área de produção vegetal; Tatiana de Sá, especialista em manejo e recursos naturais sustentáveis; e Kepler Euclides Filho, da área de produção animal.
'Eles foram indicados com base nos critérios de excelência, liderança e alinhamento aos princípios da empresa', informou a nota, sugerindo que as escolhas não obedeceram a critérios políticos.
Consolação
Campanhola, que após ser destituído do comando da Embrapa, foi convidado pelo ministro a assumir a chefia do Pólo de Biocombustíveis de Piracicaba, ainda não deu sua resposta.
Segundo a nota da assessoria de imprensa, o ministro considera que 'o pólo pode vir a ser uma nova Embrapa', tamanha a importância que a agroenergia deverá assumir no mercado mundial nos próximos anos.
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