Publicidade
Publicidade
29/01/2005
-
09h35
GUILHERME BARROS
da Folha de S.Paulo
Depois de sete anos sem fazer grandes negócios, a Previ (o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil) pretende partir neste ano para uma política mais agressiva de investimentos. Segundo Sérgio Rosa, presidente da Previ, o fundo de pensão pretende investir cerca de R$ 200 milhões em novos negócios em 2005.
A mudança na estratégia da Previ só foi possível depois de o CMN (Conselho Monetário Nacional) ter dado o prazo até 2012 para o fundo enquadrar seus investimentos às regras de aplicação. Antes, o prazo vencia em 2004. De um patrimônio de cerca de R$ 60 bilhões, a Previ tem 60% em renda variável (ações). A regra obriga que as aplicações em ações sejam limitadas em 50%.
Sérgio Rosa explicou que, em 2005, a exemplo do que aconteceu nos últimos anos, a Previ ainda vai vender mais ativos do que comprar, mas agora terá mais fôlego para poder fazer novos negócios. "Nós vamos trabalhar com mais folga em novos investimentos, já que não teremos mais a pressão de venda de antes."
Os últimos grandes investimentos da Previ ocorreram na privatização da Telebrás, em 1998. Desde então, o fundo viveu sob a pressão de ter de enquadrar suas aplicações para reduzir sua participação no mercado de ações. Em 2004, a Previ se desfez de R$ 900 milhões de seu patrimônio.
De acordo com Sérgio Rosa, em razão dessa maior folga, a Previ tem analisado investimentos em diversas áreas, seja em novos negócios ou em projetos em que o fundo já atua. Entre esses novos investimentos, por exemplo, Rosa informou que a Previ tem examinado de que forma o fundo participaria das PPPs (Parceria Público-Privadas).
O exame da participação da Previ nas PPPs, segundo Sérgio Rosa, está sendo feita com a Abrapp (Associação Brasileira de Previdência Privada), que está coordenando o trabalho de análise da participação dos fundos de pensão nessa nova modalidade de investimento.
Na área de novos negócios, a Previ também começou a estudar, há pouco tempo, a participação em fundos de "venture capital" (capital de risco) para investir em pequenas empresas na área de alta tecnologia e de biotecnologia. Seriam investimentos em parceria na qual a Previ não atuaria como gestor, e sim como investidor. Já em relação às antigas operações, uma das prioridades da Previ diz respeito à renegociação da dívida de R$ 1,5 bilhão da Brasil Ferrovias com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Criada em 2002, a Brasil Ferrovias reúne as operações das ferrovias Ferronorte (Ferrovias Norte Brasil), Ferroban (Ferrovias Bandeirantes) e da Ferrovia Novoeste. A Brasil Ferrovias é controlada pela Previ e pela Funcef (o fundo de pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal).
Segundo Sérgio Rosa, a renegociação da dívida da Brasil Ferrovias com o BNDES já está em fase final, e, depois de concluído o processo, a empresa pretende investir cerca de R$ 300 milhões na ampliação da malha ferroviária. Rosa afirma que, eventualmente, alguns investimentos previstos, como na Ferronorte, podem ser enquadrados em projetos no âmbitos das PPPs.
Imbróglio
A área de telefonia é outra grande frente da Previ sujeita a mudanças estratégias também em 2005. O fundo vive há alguns anos uma batalha com o Opportunity, de Daniel Dantas, que é seu sócio em diversas empresas na área de telefonia, entre elas a Brasil Telecom e a Telemig Celular.
Sérgio Rosa disse que está sendo buscada uma solução para o imbróglio, mas, por enquanto, "infelizmente não tem nada que pode se chamar de um acordo entre qualquer uma das partes". Segundo Rosa, quem está negociando pela Previ com o Opportunity é a empresa de gestão Angra Partners, que administra o fundo da Previ na área de telefonia.
Especial
Leia mais sobre a Previ
Previ investirá R$ 200 mi em 2005
Publicidade
da Folha de S.Paulo
Depois de sete anos sem fazer grandes negócios, a Previ (o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil) pretende partir neste ano para uma política mais agressiva de investimentos. Segundo Sérgio Rosa, presidente da Previ, o fundo de pensão pretende investir cerca de R$ 200 milhões em novos negócios em 2005.
A mudança na estratégia da Previ só foi possível depois de o CMN (Conselho Monetário Nacional) ter dado o prazo até 2012 para o fundo enquadrar seus investimentos às regras de aplicação. Antes, o prazo vencia em 2004. De um patrimônio de cerca de R$ 60 bilhões, a Previ tem 60% em renda variável (ações). A regra obriga que as aplicações em ações sejam limitadas em 50%.
Sérgio Rosa explicou que, em 2005, a exemplo do que aconteceu nos últimos anos, a Previ ainda vai vender mais ativos do que comprar, mas agora terá mais fôlego para poder fazer novos negócios. "Nós vamos trabalhar com mais folga em novos investimentos, já que não teremos mais a pressão de venda de antes."
Os últimos grandes investimentos da Previ ocorreram na privatização da Telebrás, em 1998. Desde então, o fundo viveu sob a pressão de ter de enquadrar suas aplicações para reduzir sua participação no mercado de ações. Em 2004, a Previ se desfez de R$ 900 milhões de seu patrimônio.
De acordo com Sérgio Rosa, em razão dessa maior folga, a Previ tem analisado investimentos em diversas áreas, seja em novos negócios ou em projetos em que o fundo já atua. Entre esses novos investimentos, por exemplo, Rosa informou que a Previ tem examinado de que forma o fundo participaria das PPPs (Parceria Público-Privadas).
O exame da participação da Previ nas PPPs, segundo Sérgio Rosa, está sendo feita com a Abrapp (Associação Brasileira de Previdência Privada), que está coordenando o trabalho de análise da participação dos fundos de pensão nessa nova modalidade de investimento.
Na área de novos negócios, a Previ também começou a estudar, há pouco tempo, a participação em fundos de "venture capital" (capital de risco) para investir em pequenas empresas na área de alta tecnologia e de biotecnologia. Seriam investimentos em parceria na qual a Previ não atuaria como gestor, e sim como investidor. Já em relação às antigas operações, uma das prioridades da Previ diz respeito à renegociação da dívida de R$ 1,5 bilhão da Brasil Ferrovias com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Criada em 2002, a Brasil Ferrovias reúne as operações das ferrovias Ferronorte (Ferrovias Norte Brasil), Ferroban (Ferrovias Bandeirantes) e da Ferrovia Novoeste. A Brasil Ferrovias é controlada pela Previ e pela Funcef (o fundo de pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal).
Segundo Sérgio Rosa, a renegociação da dívida da Brasil Ferrovias com o BNDES já está em fase final, e, depois de concluído o processo, a empresa pretende investir cerca de R$ 300 milhões na ampliação da malha ferroviária. Rosa afirma que, eventualmente, alguns investimentos previstos, como na Ferronorte, podem ser enquadrados em projetos no âmbitos das PPPs.
Imbróglio
A área de telefonia é outra grande frente da Previ sujeita a mudanças estratégias também em 2005. O fundo vive há alguns anos uma batalha com o Opportunity, de Daniel Dantas, que é seu sócio em diversas empresas na área de telefonia, entre elas a Brasil Telecom e a Telemig Celular.
Sérgio Rosa disse que está sendo buscada uma solução para o imbróglio, mas, por enquanto, "infelizmente não tem nada que pode se chamar de um acordo entre qualquer uma das partes". Segundo Rosa, quem está negociando pela Previ com o Opportunity é a empresa de gestão Angra Partners, que administra o fundo da Previ na área de telefonia.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice