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04/02/2005
-
09h43
da Folha Online
O Brasil concordou em limitar suas exportações de TVs para a Argentina nos próximos três anos. Em troca, o governo do país vizinho suspenderá a aplicação da taxa de importação de TVs da Zona Franca de Manaus. A taxa vinha sendo aplicada desde meados de 2004, sob a justificativa de "invasão" do produto brasileiro.
O acordo foi assinado ontem à noite (3) entre as associações brasileira e argentina de produtos eletroeletrônicos --Eletros e Afarte, respectivamente.
Em 2005, a cota de exportação brasileira será de 100 mil unidades; em 2006, será equivalente a 9% da oferta de televisores registrada em 2005, e, em 2007, vai corresponder a 10% da oferta de produtos verificada em 2006.
O volume da cota de 2005 representa 50% menos do que as 150 mil unidades que as indústrias brasileiras exportaram para a Argentina em 2004, e equivale, segundo cálculo da Eletros, a apenas 10% daquele mercado.
A indústria argentina também se comprometeu a evitar o crescimento das importações de outros países. A realização do acordo foi considerada positiva pelos fabricantes brasileiros.
"Diante das medidas protecionistas da Argentina, que vinham penalizando fortemente o nosso setor, a indústria brasileira aceitou dar mais uma cota de sacrifício e reduzir nossas exportações para 100 mil unidades em 2005", afirma Paulo Saab, presidente da Eletros. "Esta decisão não é o que a indústria brasileira desejava, mas, foi o acordo possível para atender as necessidades mínimas de cada uma das partes", diz ele.
Com o acordo, que entrará em vigor a partir da próxima segunda-feira, dia 7, a Argentina evitou chegar à instância de aplicar salvaguardas definitivas, já que nesta sexta-feira expirava o prazo de 200 dias da medida provisória que vinha sendo aplicada desde o ano passado.
Não estão incluídos no acordo os televisores com tela de plasma e de cristal líquido, já que não são fabricados na Argentina.
Com informações da Folha de S. Paulo e da France Presse, em Buenos Aires
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o comércio entre Brasil e Argentina
Brasil aceita limitar exportação de TV e Argentina suspende barreira
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O Brasil concordou em limitar suas exportações de TVs para a Argentina nos próximos três anos. Em troca, o governo do país vizinho suspenderá a aplicação da taxa de importação de TVs da Zona Franca de Manaus. A taxa vinha sendo aplicada desde meados de 2004, sob a justificativa de "invasão" do produto brasileiro.
O acordo foi assinado ontem à noite (3) entre as associações brasileira e argentina de produtos eletroeletrônicos --Eletros e Afarte, respectivamente.
Em 2005, a cota de exportação brasileira será de 100 mil unidades; em 2006, será equivalente a 9% da oferta de televisores registrada em 2005, e, em 2007, vai corresponder a 10% da oferta de produtos verificada em 2006.
O volume da cota de 2005 representa 50% menos do que as 150 mil unidades que as indústrias brasileiras exportaram para a Argentina em 2004, e equivale, segundo cálculo da Eletros, a apenas 10% daquele mercado.
A indústria argentina também se comprometeu a evitar o crescimento das importações de outros países. A realização do acordo foi considerada positiva pelos fabricantes brasileiros.
"Diante das medidas protecionistas da Argentina, que vinham penalizando fortemente o nosso setor, a indústria brasileira aceitou dar mais uma cota de sacrifício e reduzir nossas exportações para 100 mil unidades em 2005", afirma Paulo Saab, presidente da Eletros. "Esta decisão não é o que a indústria brasileira desejava, mas, foi o acordo possível para atender as necessidades mínimas de cada uma das partes", diz ele.
Com o acordo, que entrará em vigor a partir da próxima segunda-feira, dia 7, a Argentina evitou chegar à instância de aplicar salvaguardas definitivas, já que nesta sexta-feira expirava o prazo de 200 dias da medida provisória que vinha sendo aplicada desde o ano passado.
Não estão incluídos no acordo os televisores com tela de plasma e de cristal líquido, já que não são fabricados na Argentina.
Com informações da Folha de S. Paulo e da France Presse, em Buenos Aires
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