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06/02/2005
-
09h21
PAULA LEITE
da Folha de S.Paulo
As vendas de DVDs no Brasil crescem muito mais rápido que as de CDs, puxadas pela popularização do aparelho leitor do formato -há equipamentos por menos de R$ 300- e pela característica "colecionável" do produto.
O lançamento de títulos musicais de artistas nacionais ajuda o crescimento do formato, que parece ter caído no gosto do brasileiro, apesar de alguns atribuírem a expansão rápida do DVD ao fato de o produto estar na moda.
A venda de DVDs musicais no Brasil mais que dobrou em 2004, enquanto a de CDs ficou praticamente estagnada. A Folha apurou que foram vendidos 7,2 milhões de DVDs, ante 3,5 milhões no ano anterior. Já as vendas de CDs, apesar de maiores em termos absolutos, cresceram apenas 2,1% no mesmo período: foram 48 milhões de unidades, ante 47 milhões em 2003.
As lojas passam a dedicar mais espaço ao DVD e a dar mais destaque às promoções do produto, contando com o crescimento do formato para compensar a estagnação do CD.
"As pessoas compram o aparelho de DVD e querem formar a sua videoteca. É um produto quente", afirma Alexandre Schiavo, vice-presidente de marketing da gravadora Sony BMG.
Preço
A proximidade dos preços dos CDs e DVDs é mais um fator a favor do DVD, que tem valor agregado maior, por incluir extras e produção mais elaborada. Mas um formato não substitui o outro, diz Eduardo Carneiro, gerente de DVD da rede Extra de hipermercados. "O consumidor compra o DVD para ver em casa, e o CD, para ouvir no carro, por exemplo."
Segundo Schiavo, há DVDs musicais que têm vendas equivalentes à de filmes de sucesso. Nas lojas Fnac, os DVDs musicais saem quase duas vezes mais que os de filmes, segundo Eric Blösch, diretor comercial da rede.
O setor também investiu muito em mídia e em promoções de DVDs, como propagandas na TV e em tablóides, diz Carneiro, do Extra. "Temos mais apoio da indústria para fazer promoções com DVD", completa Edson Cruz, gerente de produtos de áudio da Livraria Saraiva.
CD em apuros
Já o CD sofre com a competição acirrada da pirataria, que tinha 52% do mercado no Brasil em 2003, segundo cálculos da IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica).
Schiavo, da Sony BMG, afirma que é positivo o fato de as vendas de CDs não terem recuado em 2004, mas diz que a maior parte das vendas formais é de títulos de catálogo, o que é preocupante. As gravadoras investem mais no lançamento de novos títulos, que são justamente os que estão na moda e são alvo dos camelôs.
Na Fnac, a estratégia é compensar a diminuição de vendas de CDs aumentando o catálogo, inclusive de importados, para que o consumidor ache na loja títulos que antes não estavam disponíveis no país. Mas Blösch acha que essa estratégia "vai dar certo por algum tempo, até que o CD seja substituído pelo DVD e pela compra de música via internet".
A boa notícia, segundo Schiavo, é que o DVD já representa cerca de 30% do mercado de música, e a tendência é que essa fatia aumente com o aumento do catálogo do formato. "Além disso, com mais oferta de títulos, é possível diminuir o custo de produção do DVD, que hoje é quase quatro vezes maior que o do CD."
Já Blösch, da Fnac, diz que a indústria fonográfica brasileira limita o
aumento do catálogo, porque só produz DVDs de artistas que vendem muito.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a popularização do DVD
DVDs crescem 106% com "moda" e aparelho barato
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da Folha de S.Paulo
As vendas de DVDs no Brasil crescem muito mais rápido que as de CDs, puxadas pela popularização do aparelho leitor do formato -há equipamentos por menos de R$ 300- e pela característica "colecionável" do produto.
O lançamento de títulos musicais de artistas nacionais ajuda o crescimento do formato, que parece ter caído no gosto do brasileiro, apesar de alguns atribuírem a expansão rápida do DVD ao fato de o produto estar na moda.
A venda de DVDs musicais no Brasil mais que dobrou em 2004, enquanto a de CDs ficou praticamente estagnada. A Folha apurou que foram vendidos 7,2 milhões de DVDs, ante 3,5 milhões no ano anterior. Já as vendas de CDs, apesar de maiores em termos absolutos, cresceram apenas 2,1% no mesmo período: foram 48 milhões de unidades, ante 47 milhões em 2003.
As lojas passam a dedicar mais espaço ao DVD e a dar mais destaque às promoções do produto, contando com o crescimento do formato para compensar a estagnação do CD.
"As pessoas compram o aparelho de DVD e querem formar a sua videoteca. É um produto quente", afirma Alexandre Schiavo, vice-presidente de marketing da gravadora Sony BMG.
Preço
A proximidade dos preços dos CDs e DVDs é mais um fator a favor do DVD, que tem valor agregado maior, por incluir extras e produção mais elaborada. Mas um formato não substitui o outro, diz Eduardo Carneiro, gerente de DVD da rede Extra de hipermercados. "O consumidor compra o DVD para ver em casa, e o CD, para ouvir no carro, por exemplo."
Segundo Schiavo, há DVDs musicais que têm vendas equivalentes à de filmes de sucesso. Nas lojas Fnac, os DVDs musicais saem quase duas vezes mais que os de filmes, segundo Eric Blösch, diretor comercial da rede.
O setor também investiu muito em mídia e em promoções de DVDs, como propagandas na TV e em tablóides, diz Carneiro, do Extra. "Temos mais apoio da indústria para fazer promoções com DVD", completa Edson Cruz, gerente de produtos de áudio da Livraria Saraiva.
CD em apuros
Já o CD sofre com a competição acirrada da pirataria, que tinha 52% do mercado no Brasil em 2003, segundo cálculos da IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica).
Schiavo, da Sony BMG, afirma que é positivo o fato de as vendas de CDs não terem recuado em 2004, mas diz que a maior parte das vendas formais é de títulos de catálogo, o que é preocupante. As gravadoras investem mais no lançamento de novos títulos, que são justamente os que estão na moda e são alvo dos camelôs.
Na Fnac, a estratégia é compensar a diminuição de vendas de CDs aumentando o catálogo, inclusive de importados, para que o consumidor ache na loja títulos que antes não estavam disponíveis no país. Mas Blösch acha que essa estratégia "vai dar certo por algum tempo, até que o CD seja substituído pelo DVD e pela compra de música via internet".
A boa notícia, segundo Schiavo, é que o DVD já representa cerca de 30% do mercado de música, e a tendência é que essa fatia aumente com o aumento do catálogo do formato. "Além disso, com mais oferta de títulos, é possível diminuir o custo de produção do DVD, que hoje é quase quatro vezes maior que o do CD."
Já Blösch, da Fnac, diz que a indústria fonográfica brasileira limita o
aumento do catálogo, porque só produz DVDs de artistas que vendem muito.
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