Publicidade
Publicidade
17/02/2005
-
20h33
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília
Empresários e governo ainda não chegaram a um acordo sobre a medida provisória 232 e a decisão deve ficar para o Congresso Nacional.
Ao menos essa é a opinião dos representantes de entidades industriais que hoje se reuniram com o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid.
"A esfera decisória não se coloca aqui, na receita, que só justifica as medidas", disse ele após o encontro.
Para o presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Armando Monteiro Neto, o diálogo de hoje foi "franco", mas não houve uma mudança de posições.
Segundo Monteiro Neto, "o Congresso vai decidir soberanamente o assunto". A mesma opinião tem o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, que antes mesmo da reunião já esperava que a o encontro seria apenas uma conversa.
"É uma reunião mais para ouvirmos. Hoje, eu não acredito em reunião conclusiva de nada", disse ele antes do encontro.
Segundo o presidente da CNI, a discussão se dará agora nas instâncias políticas, mas ele acredita que a Receita irá avaliar as queixas dos empresários e comunicá-las ao ministro Antonio Palocci (Fazenda).
"Nós não admitimos elevação de carga tributária em nenhuma direção", disse ao sair da reunião.
MP 232
A medida provisória 232 elevou de 32% para 40% a base de cálculo da alíquota da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) e do Imposto de Renda para esse conjunto de empresas.
A MP também prevê o pagamento da CSLL e do IR em cima dos ganhos que grandes empresas, com participação acionária no exterior, obtêm com variações cambiais.
Também está na pauta de reivindicações dos empresários as mudanças feitas no Conselho de Contribuintes --penúltima instância administrativa de recurso para o contribuinte que acredita estar sendo prejudicado pela Receita Federal. Com a MP, o conselho só pode atuar em casos acima de R$ 50 mil, segundo Skaf.
O último ponto da lista é no que diz respeito ao agronegócio. As operações acima de R$ 5.820 serão tributadas de acordo com a MP.
A MP 232, que gera tanta polêmica, é a mesma que corrigiu a tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física em 10%.
Leia mais
Erramos: Empresários e governo não chegam a acordo sobre MP 232
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a MP 232
Empresários e governo não chegam a acordo e revisão de MP fica para o Congresso
Publicidade
da Folha Online, em Brasília
Empresários e governo ainda não chegaram a um acordo sobre a medida provisória 232 e a decisão deve ficar para o Congresso Nacional.
Ao menos essa é a opinião dos representantes de entidades industriais que hoje se reuniram com o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid.
"A esfera decisória não se coloca aqui, na receita, que só justifica as medidas", disse ele após o encontro.
Para o presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Armando Monteiro Neto, o diálogo de hoje foi "franco", mas não houve uma mudança de posições.
Segundo Monteiro Neto, "o Congresso vai decidir soberanamente o assunto". A mesma opinião tem o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, que antes mesmo da reunião já esperava que a o encontro seria apenas uma conversa.
"É uma reunião mais para ouvirmos. Hoje, eu não acredito em reunião conclusiva de nada", disse ele antes do encontro.
Segundo o presidente da CNI, a discussão se dará agora nas instâncias políticas, mas ele acredita que a Receita irá avaliar as queixas dos empresários e comunicá-las ao ministro Antonio Palocci (Fazenda).
"Nós não admitimos elevação de carga tributária em nenhuma direção", disse ao sair da reunião.
MP 232
A medida provisória 232 elevou de 32% para 40% a base de cálculo da alíquota da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) e do Imposto de Renda para esse conjunto de empresas.
A MP também prevê o pagamento da CSLL e do IR em cima dos ganhos que grandes empresas, com participação acionária no exterior, obtêm com variações cambiais.
Também está na pauta de reivindicações dos empresários as mudanças feitas no Conselho de Contribuintes --penúltima instância administrativa de recurso para o contribuinte que acredita estar sendo prejudicado pela Receita Federal. Com a MP, o conselho só pode atuar em casos acima de R$ 50 mil, segundo Skaf.
O último ponto da lista é no que diz respeito ao agronegócio. As operações acima de R$ 5.820 serão tributadas de acordo com a MP.
A MP 232, que gera tanta polêmica, é a mesma que corrigiu a tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física em 10%.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice