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24/02/2005
-
08h35
JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio
A inflação medida pelo IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) recuou para 0,30% em fevereiro. Em janeiro, o indicador havia registrado alta de 0,39%.
O resultado confirma as previsões da FGV (Fundação Getulio Vargas) de que os índices de preços estão em trajetória de desaceleração com base no comportamento de produtos agrícolas, da queda do dólar e de uma desaceleração de preços no atacado.
Apesar da perspectiva generalizada de uma inflação mais moderada, o resultado ficou levemente abaixo das projeções dos analistas, de 0,38%, segundo o último Relatório de Mercado do Banco Central.
O IPA (Índice de Preços do Atacado) apurou alta de 0,20%, variação igual a do mês anterior. O atacado representa 60% da composição da taxa de inflação. Neste mês, os combustíveis destinados à produção voltaram a pressionar a inflação no atacado. Eles registraram alta de 1,63%, depois de apurar deflação em janeiro de 0,70%. A principal pressão veio dos óleos combustíveis, que chegaram a subir 6,75%.
Na contramão, os materiais e componentes para manufatura registraram alta de 0,20%, ante uma variação de 0,84% no mês passado. Esses produtos estão mais sujeitos à influência da queda do dólar.
As matérias-primas brutas continuaram a puxar os preços no atacado para baixo. A deflação apurada em produtos como bovinos e soja fez com que o grupo de produtos agropecuários registrasse deflação de 0,70%. A exceção ficou por conta do tomate, que avançou 55,69%.
Já o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) registrou alta de 0,51%. Em janeiro, a inflação no varejo havia ficado em 0,80% sob o efeito de fatores sazonais, como reajuste de matrículas escolares e alta dos preços de hortaliças e legumes.
Em fevereiro, os grupos Alimentação e Educação, Leitura e Recreação garantiram o recuo da inflação. O primeiro grupo registrou alta de 0,73%, ante uma alta de 1,09% em janeiro. Carnes bovinas, frutas, aves e ovos foram os responsáveis pela mudança no comportamento dos preços.
Já o grupo Educação, Leitura e Recreação continuou a pressionar a taxa mas com um impacto inferior ao do mês passado. Isso porque por razões contratuais as matrículas e mensalidades escolares são reajustadas em janeiro. Parte deste aumento acaba contaminando a inflação de fevereiro. A taxa deste grupo passou de 2,23% para 1,42%.
O INCC(Índice Nacional de Custos da Construção) apurou alta de 0,42%. O resultado ficou abaixo da taxa verificada em janeiro, de 0,70%. A principal influência na contenção da taxa foi a estabilidade do item mão-de-obra. Em janeiro ele havia subido 0,62%.
Nos últimos 12 meses, o IGP-M acumulou alta de 11,43%. Os preços para o resultado de fevereiro foram apurados entre os dias 21 de janeiro e 20 de fevereiro.
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Inflação medida pelo IGP-M recua para 0,30% em fevereiro
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da Folha Online, no Rio
A inflação medida pelo IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) recuou para 0,30% em fevereiro. Em janeiro, o indicador havia registrado alta de 0,39%.
O resultado confirma as previsões da FGV (Fundação Getulio Vargas) de que os índices de preços estão em trajetória de desaceleração com base no comportamento de produtos agrícolas, da queda do dólar e de uma desaceleração de preços no atacado.
Apesar da perspectiva generalizada de uma inflação mais moderada, o resultado ficou levemente abaixo das projeções dos analistas, de 0,38%, segundo o último Relatório de Mercado do Banco Central.
O IPA (Índice de Preços do Atacado) apurou alta de 0,20%, variação igual a do mês anterior. O atacado representa 60% da composição da taxa de inflação. Neste mês, os combustíveis destinados à produção voltaram a pressionar a inflação no atacado. Eles registraram alta de 1,63%, depois de apurar deflação em janeiro de 0,70%. A principal pressão veio dos óleos combustíveis, que chegaram a subir 6,75%.
Na contramão, os materiais e componentes para manufatura registraram alta de 0,20%, ante uma variação de 0,84% no mês passado. Esses produtos estão mais sujeitos à influência da queda do dólar.
As matérias-primas brutas continuaram a puxar os preços no atacado para baixo. A deflação apurada em produtos como bovinos e soja fez com que o grupo de produtos agropecuários registrasse deflação de 0,70%. A exceção ficou por conta do tomate, que avançou 55,69%.
Já o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) registrou alta de 0,51%. Em janeiro, a inflação no varejo havia ficado em 0,80% sob o efeito de fatores sazonais, como reajuste de matrículas escolares e alta dos preços de hortaliças e legumes.
Em fevereiro, os grupos Alimentação e Educação, Leitura e Recreação garantiram o recuo da inflação. O primeiro grupo registrou alta de 0,73%, ante uma alta de 1,09% em janeiro. Carnes bovinas, frutas, aves e ovos foram os responsáveis pela mudança no comportamento dos preços.
Já o grupo Educação, Leitura e Recreação continuou a pressionar a taxa mas com um impacto inferior ao do mês passado. Isso porque por razões contratuais as matrículas e mensalidades escolares são reajustadas em janeiro. Parte deste aumento acaba contaminando a inflação de fevereiro. A taxa deste grupo passou de 2,23% para 1,42%.
O INCC(Índice Nacional de Custos da Construção) apurou alta de 0,42%. O resultado ficou abaixo da taxa verificada em janeiro, de 0,70%. A principal influência na contenção da taxa foi a estabilidade do item mão-de-obra. Em janeiro ele havia subido 0,62%.
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