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01/03/2005
-
09h47
da Folha de S.Paulo
Algumas das principais lideranças da Frente Brasileira contra a MP 232 afirmam que a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) está atuando para "esvaziar" o movimento contra mais um aumento de impostos.
Segundo essas lideranças, a Fiesp estaria adotando uma "posição dúbia" e tentando "fatiar" as negociações em torno da MP.
O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, nega a suposta movimentação. "Fomos os primeiros entre os primeiros a reconhecer os efeitos negativos da MP.
Essa "ponte" não tem dono", afirma Skaf sobre a paternidade do movimento.
Sem querer ser identificados, alguns dos principais líderes da frente disseram à Folha que as relações próximas entre Skaf e o governo federal estão por trás da movimentação da entidade.
A Fiesp, afirmam, estaria negociando pontos de interesse dos industriais que acabariam por esvaziar a estratégia conjunta de cerca de 1.500 membros da frente para derrubar integralmente a MP.
Mais de um dos líderes da frente usou um trocadilho com o nome de Skaf para dizer que ele "se escafedeu" da posição conjunta dos empresários. O presidente da Fiesp afirma que é "preciso tomar cuidado, pois o que não interessa são os ônus da medida provisória, mas os bônus".
A MP 232 elevou a CSLL e o IR das empresas prestadoras de serviços, ao mesmo tempo em que corrigiu em 10% o limite de isenção da tabela do Imposto de Renda. Para Skaf, o reajuste da tabela do IR é "o bônus" da medida.
Outro empresário envolvido no movimento afirma que a grande visibilidade produzida pela frente e a reação da sociedade contra a MP 232 são a razão da "ciumeira" entre os líderes setoriais.
No último dia 15 de fevereiro, vários grupos civis e empresariais lançaram em São Paulo a "Frente contra a MP" em um ato público que reuniu mais de mil pessoas.
Na ocasião, dezenas de líderes de entidades, entre elas a Associação Comercial de São Paulo, o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) e a Força Sindical fizeram discursos inflamados contra a MP.
Skaf compareceu ao evento, inclusive para uma entrevista coletiva. Mas o presidente da Fiesp não subiu ao palco onde dezenas de empresários, de mãos dadas, cantaram o Hino Nacional.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Fiesp
Fiesp é acusada de esvaziar ação antiimposto
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Algumas das principais lideranças da Frente Brasileira contra a MP 232 afirmam que a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) está atuando para "esvaziar" o movimento contra mais um aumento de impostos.
Segundo essas lideranças, a Fiesp estaria adotando uma "posição dúbia" e tentando "fatiar" as negociações em torno da MP.
O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, nega a suposta movimentação. "Fomos os primeiros entre os primeiros a reconhecer os efeitos negativos da MP.
Essa "ponte" não tem dono", afirma Skaf sobre a paternidade do movimento.
Sem querer ser identificados, alguns dos principais líderes da frente disseram à Folha que as relações próximas entre Skaf e o governo federal estão por trás da movimentação da entidade.
A Fiesp, afirmam, estaria negociando pontos de interesse dos industriais que acabariam por esvaziar a estratégia conjunta de cerca de 1.500 membros da frente para derrubar integralmente a MP.
Mais de um dos líderes da frente usou um trocadilho com o nome de Skaf para dizer que ele "se escafedeu" da posição conjunta dos empresários. O presidente da Fiesp afirma que é "preciso tomar cuidado, pois o que não interessa são os ônus da medida provisória, mas os bônus".
A MP 232 elevou a CSLL e o IR das empresas prestadoras de serviços, ao mesmo tempo em que corrigiu em 10% o limite de isenção da tabela do Imposto de Renda. Para Skaf, o reajuste da tabela do IR é "o bônus" da medida.
Outro empresário envolvido no movimento afirma que a grande visibilidade produzida pela frente e a reação da sociedade contra a MP 232 são a razão da "ciumeira" entre os líderes setoriais.
No último dia 15 de fevereiro, vários grupos civis e empresariais lançaram em São Paulo a "Frente contra a MP" em um ato público que reuniu mais de mil pessoas.
Na ocasião, dezenas de líderes de entidades, entre elas a Associação Comercial de São Paulo, o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) e a Força Sindical fizeram discursos inflamados contra a MP.
Skaf compareceu ao evento, inclusive para uma entrevista coletiva. Mas o presidente da Fiesp não subiu ao palco onde dezenas de empresários, de mãos dadas, cantaram o Hino Nacional.
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