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09/03/2005 - 22h02

Confira o comunicado do IBGE sobre a produção industrial de janeiro

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da Folha Online

Confira abaixo a íntegra do comunicado do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) sobre a produção industrial de janeiro:

Pesquisa Industrial Mensal Produção Física - Brasil
Indústria registra -0,5% em janeiro

A produção industrial em janeiro de 2005 apresentou variação de -0,5% frente ao mês anterior, na série livre de influências sazonais. Em relação a janeiro de 2004 o crescimento ficou em 6,0%. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, prossegue em trajetória ascendente e atinge neste mês de janeiro crescimento de 8,5%, sua marca mais elevada desde julho de 1995 (10,0%).

O início de 2005 mostra um quadro de manutenção do crescimento nas comparações para períodos mais longos (índices mensal e acumulado nos últimos doze meses) e uma relativa estabilidade no nível de produção nas comparações para períodos mais recentes (índice de média móvel trimestral, com ajuste sazonal). Os sinais de uma maior contribuição do setor de bens de consumo semiduráveis e não duráveis se tornam mais claros, com esta categoria de uso liderando o desempenho nos indicadores de janeiro último.

Setor de bens de consumo semiduráveis e não-duráveis tem terceiro crescimento consecutivo

A redução frente a dezembro (-0,5%) atingiu treze das vinte e três atividades de indústria que têm suas séries ajustadas. No corte por categorias de uso observa-se que a queda, entre dezembro e janeiro últimos, ocorreu, principalmente, na área de bens de consumo duráveis (-4,3%), após o acréscimo de 2,8% no comparativo dezembro/novembro. As outras categorias de uso em queda neste último mês foram bens de capital (-1,5%), que também apresentou desempenho positivo em dezembro (1,7%) e bens intermediários (-1,4%), após registrar taxa de 1,2% em dezembro. Única categoria com resultado positivo, bens de consumo semiduráveis e não-duráveis (3,7%) avança pela terceira vez consecutiva, na comparação com o mês imediatamente anterior, acumulando entre outubro do ano passado e janeiro deste ano crescimento de 7,4%.

A ligeira redução no patamar de produção em janeiro de 2005, após o acréscimo verificado em dezembro, leva a trajetória do índice de média móvel trimestral a sinalizar uma estabilidade neste início de ano. O índice para o total da indústria variou 0,1% entre janeiro e dezembro últimos, com um claro destaque positivo para o segmento de bens de consumo semiduráveis e não duráveis que, nesta mesma comparação, avança 2,4%. Em bens de capital, o acréscimo é de 0,2%, ao passo que bens intermediários (-0,4%) e bens de consumo duráveis (-0,3%) registram ligeiras reduções no índice de média móvel trimestral, entre janeiro e dezembro.

Na comparação com janeiro de 2004, o crescimento foi generalizado

No confronto janeiro 05/ janeiro 04, a grande maioria das atividades industriais (vinte e três das vinte e sete) registrou aumento. As principais responsáveis, em termos de impactos, para o resultado global, foram as indústrias de edição e impressão (27,5%), veículos automotores (14,2%), alimentos (5,3%) e material eletrônico e equipamentos de comunicações (18,0%). Nestas, os produtos que mais influenciaram os resultados foram, respectivamente: revistas; automóveis; açúcar demerara; e telefones celulares. Os decréscimos ficaram com máquinas para escritório e equipamentos de informática (-14,1%), borracha e plástico (-3,3%), mobiliário (-11,4%) e fumo (-4,2 %).

Ainda na comparação mensal, todas as categorias de uso tiveram crescimento: semiduráveis e não-duráveis (9,8%), bens de capital (6,8%), intermediários (3,9%) e bens de consumo duráveis (3,5%). Também neste índice, o destaque fica com o segmento de bens de consumo semiduráveis e não duráveis, onde a expansão de 9,8% atinge a marca mais elevada desde abril de 2004, refletindo um comportamento favorável generalizado entre seus diversos subsetores, em especial os de outros não-duráveis (16,1%) e de alimentos e bebidas elaborados para uso doméstico (6,5%). Os demais subsetores apresentaram os seguintes resultados: semiduráveis (1,6%) e carburantes (12,9%).

O setor de bens de capital, com acréscimo de 6,8%, também supera a média global (6,0%). Os índices para seus subsetores mostram a sustentação de ritmo elevado de expansão em máquinas e equipamentos para construção (34,8%), máquinas e equipamentos para transporte (19,4%) e bens de capital para energia elétrica (19,3%). O destaque negativo ficou com o subsetor de máquinas e equipamentos agrícolas (-20,0%). O crescimento de 3,9% em bens intermediários, o menor desde fevereiro de 2004, foi influenciado pelo desempenho dos subsetores de peças e acessórios para equipamentos de transporte industrial (12,3%), onde se destaca a indústria de autopeças (16,8%), e de insumos elaborados (2,1%), com destaque para o item cimento. A única pressão negativa sobre o resultado global de bens intermediários vem de combustíveis e lubrificantes elaborados (-1,5%), refletindo a queda do item óleo diesel. A produção de bens duráveis, com acréscimo de 3,5%, teve resultado mais moderado, refletindo uma redução no ritmo de crescimento da produção de automóveis (5,2%), após aumento de 27,6% em 2004 e também um recuo na produção de eletrodomésticos (-6,7%), após incremento de 18,7% em 2004.

No acumulado em 12 meses, taxa de 8,5% é a mais elevada desde julho de 1995

No indicador acumulado nos últimos doze meses o crescimento da produção (8,5%) foi generalizado, atingindo vinte e seis dos vinte e sete ramos. As maiores contribuições vieram de veículos automotores (30,0%), máquinas e equipamentos (15,9%), alimentos (4,6%) e outros produtos químicos (6,8%). A única redução foi verificada em edição e impressão (-0,7%). Em termos das categorias de uso, todas apontaram aumento: duráveis (20,8%), bens de capital (18,9%), intermediários (7,5%) e semiduráveis e não duráveis (4,8%). Vale ressaltar que o crescimento deste último setor foi o maior desde novembro de 1995.

09 de março de 2005

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