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16/11/2000 - 10h00

Bancários voltam a fechar agências do Banespa e pressionam Covas

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FABIANA FUTEMA
da Folha Online

Depois de encerrar uma greve de 10 dias na semana passada, os 20 mil funcionários do Banespa voltam a se mobilizar para pressionar a convocação de plebiscito para a população decidir se a instituição deve ser vendida ou não e votação do PEC (projeto de emenda constitucional) nº 4, que devolve o banco para o Estado.

Entre os protestos programados está o fechamento de todas as 578 agências do Banespa, entre 9h e 12h da segunda-feira.

Após a manifestação, chamada de "paralisação cívica", a categoria faz assembléia para avaliar se a mobilização terá continuidade ou não.

Segundo a Afubesp (Associação dos Funcionários do Banespa), a continuidade da paralisação depende do processo de venda do Banespa.

Se o leilão for suspenso, os funcionários voltam ao trabalho. Mas se o Banespa for vendido, o pessoal do Banespa pode decretar nova greve geral para reverter o processo de privatização.

Em São Paulo, os bancários vão se concentrar na segunda-feira em frente ao edifício sede do Banespa, na praça Antonio Prado, região central da cidade.

A manifestação acontece no mesmo dia em que está marcado o leilão de venda do Banespa. O processo de privatização foi suspenso terça-feira por conta de liminares concedidas pela Justiça.

O encontro nacional de lideranças dos bancários decidiu ontem à tarde uma série de ações que serão feitas pela categoria entre amanhã e sexta-feira para forçar a convocação do plebiscito e votação do PEC nº 4.

Segundo a Afubesp, a mobilização dos bancários vai se dividir hoje em duas frentes de trabalho.

A primeira vai fazer vigília em frente à Assembléia Legislativa, para forçar os deputados estaduais a votar a convocação de plebiscito e o PEC nº 4.

A segunda frente vai para o Palácio do Governo para tentar conversar com o governador Mário Covas.

"Ele (Covas) tem que suspender o processo de privatização do Banespa e liberar a bancada do PSDB e aliados na Assembléia Legislativa para aprovar o plebiscito e o PEC 4", disse o presidente da Afubesp, Eduardo Rondino.

Amanhã, os bancários fazem nova vigília em frente à Assembléia Legislativa. No sábado e domingo, os bancários voltam a se reunir para definir estratégias de protesto contra a venda do Banespa e suspensão do processo de federalização do banco.

Segundo a Afubesp, independente do Banespa ser leiloado ou não no dia 20, a Afubesp garante que a agenda de protestos continua marcada.

"Nossa manifestação é pela devolução do Banespa ao Estado, pois ele é um patrimônio do povo de São Paulo", disse Rondino.

E-mail: fabiana.futema@folha.com.br

 

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