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15/03/2005
-
19h31
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
A bancada da indústria no Congresso ameaça barrar a reforma sindical, que pode ser enviada ao Congresso ainda neste mês. A ato seria uma reação à demora do governo para enviar ao Congresso uma proposta de reforma trabalhista, que deve flexibilizar a legislação do trabalho.
"Vamos estar atentos e cobrar do governo esse compromisso [de enviar a reforma trabalhista]. Do contrário vamos atuar para adiar a reforma sindical", disse Armando Monteiro Neto, presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria).
Segundo ele, a bancada dos empresários do setor atuará nesse sentido dentro do Congresso. "É fundamental que haja concomitância e que essas reformas [sindical e trabalhista] andem "pari passu" no Congresso."
O presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, disse que essa ação da bancada empresarial também defendeu uma mobilização para barrar a reforma sindical.
"Temos de fazer uma grande mobilização, uma articulação política forte nos corredores do Congresso para mostrar que neste momento, para o bem do Brasil, é necessário que a reforma sindical caminhe junto com a trabalhista."
Segundo ele, a proposta de reforma sindical que será encaminhada possui inúmeras incorreções. "Existem conceitos que vão na contramão. O que queremos com a reforma é menos intervenção do Estado. E ela prevê mais intervenção [estatal]. Queremos mais agilidade e ela retira agilidade. Não será bom para o país discutirmos a sindical sem a trabalhista."
Entre os pontos criticados por Skaf está a criação de comitês de representantes de trabalhadores em todas as empresas, independentemente de porte ou ramo de atuação. "Somos a favor de negociação mais livre, de mais entendimento entre partes e menos regras que criem obstáculo no caminho."
O ex-presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho), Almir Pazzianotto, disse que a proposta de reforma sindical é "inaceitável". "Rejeitem a proposta!", disse ele para uma platéia de 350 empresários da indústria.
Segundo ele, a proposta de reforma sindical "é ruim no que cria e pior no que retira" dos trabalhadores.
O presidente da Gerdau, Jorge Gerdau Johanpeter, disse que as empresas precisam "de funcionários valorizados e não de funcionários politizados".
Dagoberto Ferraioulo, da Fiesp, disse que a reforma sindical transfere poder do "setor patronal para o profissional (funcionários).
Segundo ele, a imposição sobre a criação de comitês de representantes de funcionários no local de trabalho "cria reserva de mercado para os sindicatos".
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A bancada da indústria no Congresso ameaça barrar a reforma sindical, que pode ser enviada ao Congresso ainda neste mês. A ato seria uma reação à demora do governo para enviar ao Congresso uma proposta de reforma trabalhista, que deve flexibilizar a legislação do trabalho.
"Vamos estar atentos e cobrar do governo esse compromisso [de enviar a reforma trabalhista]. Do contrário vamos atuar para adiar a reforma sindical", disse Armando Monteiro Neto, presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria).
Segundo ele, a bancada dos empresários do setor atuará nesse sentido dentro do Congresso. "É fundamental que haja concomitância e que essas reformas [sindical e trabalhista] andem "pari passu" no Congresso."
O presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, disse que essa ação da bancada empresarial também defendeu uma mobilização para barrar a reforma sindical.
"Temos de fazer uma grande mobilização, uma articulação política forte nos corredores do Congresso para mostrar que neste momento, para o bem do Brasil, é necessário que a reforma sindical caminhe junto com a trabalhista."
Segundo ele, a proposta de reforma sindical que será encaminhada possui inúmeras incorreções. "Existem conceitos que vão na contramão. O que queremos com a reforma é menos intervenção do Estado. E ela prevê mais intervenção [estatal]. Queremos mais agilidade e ela retira agilidade. Não será bom para o país discutirmos a sindical sem a trabalhista."
Entre os pontos criticados por Skaf está a criação de comitês de representantes de trabalhadores em todas as empresas, independentemente de porte ou ramo de atuação. "Somos a favor de negociação mais livre, de mais entendimento entre partes e menos regras que criem obstáculo no caminho."
O ex-presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho), Almir Pazzianotto, disse que a proposta de reforma sindical é "inaceitável". "Rejeitem a proposta!", disse ele para uma platéia de 350 empresários da indústria.
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