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21/03/2005
-
18h41
da Folha Online
O Ibovespa (53 ações de primeira linha) fechou em queda de 0,65%, aos 27.411 pontos, menor nível do mês. Foi o segundo pregão de perdas. No mês, o índice paulista acumula baixa de 2,59%.
A Bolsa refletiu o medo de uma fuga de capitais dos países emergentes caso os EUA aumentem os seus juros com força. Também abateu o ânimo do investidor o boletim Focus, que apontou uma piora das expectativas de inflação no Brasil.
O pregão movimentou R$ 1,619 bilhão. Esse giro foi inflado pelo exercício dos contratos de opções (R$ 360,411 milhões), o menor desde janeiro. "Viraram pó" as opções de compra de Telemar PN a R$ 42. Ou seja, o papel ficou abaixo desse valor, impedindo o dono do contrato de exercer o direito de adquirir a ação por esse preço.
No final do pregão, após os ajustes nas carteiras dos investidores, Telemar PN fechou em queda de 0,40%, cotada a exatos R$ 42. Já a ação da Petrobras encerrou em leve baixa de 0,28%, vendida a R$ 105,70. Foram exercidas as opções de compra do papel a R$ 98, a R$ 102 e R$ 104.
Amanhã, a Bovespa opera com a expectativa do anúncio do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) sobre os juros. Os analistas esperam uma nova alta, de 0,25 ponto percentual, mas as atenções se concentram nos termos da nota do Fed.
Caso o texto do Fed retire o termo "comedido", usado nas últimas notas, para se referir ao ritmo de acomodação dos juros, o mercado de ações dos países emergentes pode mergulhar em uma espiral de perdas.
Um sinal explícito do BC americano sobre o risco de um aumento mais forte da taxa de juros tem o potencial de derrubar os títulos e ações dos emergentes, pois indicará que os rendimentos dos títulos dos EUA vão pagar taxas maiores, atiçando o opetite dos grandes investidores (bancos e fundos).
No pregão paulista, a ação da Net teve a maior alta do dia (+4,54%). A empresa está prestes a concluir a reestruturação de sua dívida bilionária.
No final do pregão, o risco Brasil estava em alta de 0,69%, aos 432 pontos. O C-Bond, principal título da dívida externa renegociada, caiu 0,43%, cotado a 99,687% do valor de face. Foi a primeira vez desde novembro do ano passado que esse título ficou abaixo de 100% do seu valor de face.
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Bovespa encerra em baixa e tem o menor patamar do mês
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O Ibovespa (53 ações de primeira linha) fechou em queda de 0,65%, aos 27.411 pontos, menor nível do mês. Foi o segundo pregão de perdas. No mês, o índice paulista acumula baixa de 2,59%.
A Bolsa refletiu o medo de uma fuga de capitais dos países emergentes caso os EUA aumentem os seus juros com força. Também abateu o ânimo do investidor o boletim Focus, que apontou uma piora das expectativas de inflação no Brasil.
O pregão movimentou R$ 1,619 bilhão. Esse giro foi inflado pelo exercício dos contratos de opções (R$ 360,411 milhões), o menor desde janeiro. "Viraram pó" as opções de compra de Telemar PN a R$ 42. Ou seja, o papel ficou abaixo desse valor, impedindo o dono do contrato de exercer o direito de adquirir a ação por esse preço.
No final do pregão, após os ajustes nas carteiras dos investidores, Telemar PN fechou em queda de 0,40%, cotada a exatos R$ 42. Já a ação da Petrobras encerrou em leve baixa de 0,28%, vendida a R$ 105,70. Foram exercidas as opções de compra do papel a R$ 98, a R$ 102 e R$ 104.
Amanhã, a Bovespa opera com a expectativa do anúncio do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) sobre os juros. Os analistas esperam uma nova alta, de 0,25 ponto percentual, mas as atenções se concentram nos termos da nota do Fed.
Caso o texto do Fed retire o termo "comedido", usado nas últimas notas, para se referir ao ritmo de acomodação dos juros, o mercado de ações dos países emergentes pode mergulhar em uma espiral de perdas.
Um sinal explícito do BC americano sobre o risco de um aumento mais forte da taxa de juros tem o potencial de derrubar os títulos e ações dos emergentes, pois indicará que os rendimentos dos títulos dos EUA vão pagar taxas maiores, atiçando o opetite dos grandes investidores (bancos e fundos).
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