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24/03/2005 - 09h32

Bancos recomendam venda de emergentes

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da Folha de S.Paulo

Sinais de que a maré de fluxos de capitais para os mercados emergentes pode continuar se invertendo foram dados por importantes instituições financeiras.

Bancos como JP Morgan e Merrill Lynch soltaram relatórios recomendando aos seus clientes que reduzam a exposição a esses países. A combinação disso com sinais de inflação mais forte nos EUA conduziu a um novo dia de queda nos títulos e ações de países em desenvolvimento.

"O JP Morgan recomenda a investidores que reduzam sua exposição à dívida externa de mercados emergentes para neutra por conta de volatilidade mais alta nos títulos norte-americanos e mercados de crédito, que devem continuar por conta das preocupações do Fed (banco central norte-americano) com inflação", diz a nota da instituição.

Já o Merrill Lynch, que já tinha uma recomendação de posição em linha com a do restante do mercado ("marketweight") para emergentes, passou a sugerir a seus clientes que passem a ficar menos expostos à dívida externa desses países agora do que a outros tipos de ativos.

Outros bancos, como o Barclays, também vêm reiterando sugestões de que investidores mantenham "posições defensivas" em mercados emergentes, ou seja, apostas que reduzam o risco em caso de problemas.

Possíveis fontes de problemas para países emergentes como o Brasil não faltam neste momento. A maior delas é o temor de que o ritmo de aumento de juros nos EUA vai se acelerar. Uma indicação de que isso pode ocorrer foi dada anteontem pelo Fed, que aumentou os juros e, em seu comunicado, ressaltou a tendência de alta da inflação.

Ontem, a origem do temor da autoridade monetária mais importante do mundo se tornou mais clara para o mercado.

Os efeitos dessa combinação de notas mais negativas de bancos e movimentos mais negativos do mercado sobre os preços de ativos de mercados emergentes foi forte.

"Acho que não há uma crise, mas essa tem sido uma demonstração interessante e um pouco preocupante do que poderá ocorrer se as taxas de juros começarem, de fato, a subir mais rapidamente nos EUA", afirmou Wilber Colmerauer, sócio da corretora Liability Solutions.

A tendência é que ocorra apenas uma correção de preços. Mas esse ajuste pode se acentuar se os juros começarem a subir de forma mais rápida nos EUA.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre os bancos JP Morgan e Merrill Lynch
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