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29/03/2005
-
17h49
PATRICIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
O Brasil não deverá precisar de um novo acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional) por muitos anos. A avaliação foi feita hoje pelo ministro da Fazenda, Antonio Palocci, durante audiência pública na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos do Senado).
Isso porque, segundo ele, o Brasil ganhou crédito ao longo dos últimos anos e está hoje melhor preparado para enfrentar possíveis turbulências internacionais. "A decisão não é um arroubo, é medida amadurecida", disse o ministro ao lembrar que ao anunciar a renovação do acordo com o fundo em setembro de 2003 já havia dito que aquele seria o último acordo, e que teria caráter preventivo.
Tanto foi assim, segundo o ministro, que o Brasil não realizou saques nos últimos 15 meses.
Palocci destacou que se as condições da economia não permitissem, não teria rompido com o fundo. "O cenário foi melhor do que se previu. A vulnerabilidade daquele momento não nos permita sair abruptamente do FMI", disse, ao comentar a opção de renovar o acordo naquele momento como uma forma de seguro.
Segundo o ministro, no entanto, o Fundo está de "portas abertas" para o Brasil pelo relacionamento que o país teve até agora.
Palocci também desmentiu as notícias publicadas hoje de que o rompimento com o fundo teria ocorrido porque o governo brasileiro não teria conseguido convencer o fundo a excluir os investimentos de setores de infra-estrutura, como energia elétrica, das metas.
"O Brasil não tentou nenhum artifício. Não tentaria com o FMI enganar o Brasil. Não teria resultado positivo para o país", disse aos senadores.
Questionado sobre a possibilidade de antecipação do pagamento dos débitos do Brasil com o fundo, o ministro disse que isso é uma questão técnica, e que o Brasil tem três anos para pagar. Segundo ele, o assunto será tratado com "serenidade": "não vamos fazer bravata, foguetório ou marola", disse.
Brasil não precisará do FMI por muitos anos, diz Palocci
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da Folha Online, em Brasília
O Brasil não deverá precisar de um novo acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional) por muitos anos. A avaliação foi feita hoje pelo ministro da Fazenda, Antonio Palocci, durante audiência pública na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos do Senado).
Isso porque, segundo ele, o Brasil ganhou crédito ao longo dos últimos anos e está hoje melhor preparado para enfrentar possíveis turbulências internacionais. "A decisão não é um arroubo, é medida amadurecida", disse o ministro ao lembrar que ao anunciar a renovação do acordo com o fundo em setembro de 2003 já havia dito que aquele seria o último acordo, e que teria caráter preventivo.
Tanto foi assim, segundo o ministro, que o Brasil não realizou saques nos últimos 15 meses.
Palocci destacou que se as condições da economia não permitissem, não teria rompido com o fundo. "O cenário foi melhor do que se previu. A vulnerabilidade daquele momento não nos permita sair abruptamente do FMI", disse, ao comentar a opção de renovar o acordo naquele momento como uma forma de seguro.
Segundo o ministro, no entanto, o Fundo está de "portas abertas" para o Brasil pelo relacionamento que o país teve até agora.
Palocci também desmentiu as notícias publicadas hoje de que o rompimento com o fundo teria ocorrido porque o governo brasileiro não teria conseguido convencer o fundo a excluir os investimentos de setores de infra-estrutura, como energia elétrica, das metas.
"O Brasil não tentou nenhum artifício. Não tentaria com o FMI enganar o Brasil. Não teria resultado positivo para o país", disse aos senadores.
Questionado sobre a possibilidade de antecipação do pagamento dos débitos do Brasil com o fundo, o ministro disse que isso é uma questão técnica, e que o Brasil tem três anos para pagar. Segundo ele, o assunto será tratado com "serenidade": "não vamos fazer bravata, foguetório ou marola", disse.
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