Publicidade
Publicidade
31/03/2005
-
16h33
VINICIUS ALBUQUERQUE
da Folha Online
O Banco Mundial aprovou por unanimidade nesta quinta-feira a nomeação do secretário-assistente de Defesa dos EUA, Paul Wolfowitz, para a presidência da instituição. Ele irá assumir o cargo no dia 1º de junho.
A indicação de Wolfowitz, 61, para o cargo pegou de surpresa a comunidade internacional. Um dos "falcões" do governo Bush, Wolfowitz foi alvos de críticas desde que foi indicado por ter sido o arquiteto da invasão americana no Iraque, em 2003.
Wolfowitz foi aprovado por todos os 24 membros da diretoria do banco. Pela tradição, os EUA são responsáveis pela indicação do presidente do Bird. Já a presidência do FMI (Fundo Monetário Internacional) fica nas mãos de um europeu.
Desde sua indicação, no dia 16, Wolfowitz já fez uma certa campanha para mudar sua imagem de "neoconservador". Ele já entrou em contato por telefone com o cantor Bono, do U2 (ativista contra a pobreza mundial e que chegou a ter inclusive seu nome sugerido como uma possível escolha pelo jornal americano "Los Angeles Times"), já se encontrou com representantes de diversos países em desenvolvimento no Banco Mundial e foi à Europa, onde recebeu o apoio dos países da União Européia.
O apoio europeu é particularmente importante devido à posição contrária de muitos governos europeus à invasão americana no Iraque.
Entre as principais críticas quanto a ter Wolfowitz à frente de uma instituição cuja meta é lidar com a questão do desenvolvimento em países pobres está a de que o novo presidente do banco desconhece a situação dos países que necessitam da ajuda da instituição.
Wolfowitz disse que sua experiência no Pentágono e no Departamento de Estado o prepararam para a tarefa. Entre 1982 e 1985, exerceu o cargo de subsecretário de Assuntos para o Leste Asiático e Pacífico. Foi nomeado embaixador da Indonésia em 1986.
Ele ainda afirmou em resposta a seus críticos que a meta do banco é cuidar do desenvolvimento econômico e da redução da pobreza e que não terá qualquer agenda política guiando suas ações. Bird.
Criado no final da Segunda Guerra Mundial, em Bretton Woods (EUA), o Banco Mundial inicialmente ajudou a reconstruir a Europa no pós-guerra. Atualmente, a principal meta do Bird é a redução da pobreza nos países em desenvolvimento.
O Bird ajuda os países por meio de empréstimos e assistências. A instituição levanta grande parte dos seus fundos com a venda de títulos nos mercados internacionais.
São 184 países-membros, incluindo o Brasil. O poder de voto de cada país-membro é baseado na sua importância econômica.
Perfil
Nascido em dezembro de 1943 em Nova York, filho de um matemático judeu polonês, Wolfowitz estudou ciências políticas na Universidade de Chicago antes de começar sua carreira na administração federal, em 1973. Ele ingressou no Pentágono em 1977.
Entre 1982 e 1985, exerceu o cargo de subsecretário de Assuntos para o Leste Asiático e Pacífico. Foi nomeado embaixador da Indonésia em 1986.
Sob a orientação do atual vice-presidente, Dick Cheney, participou entre 1989 e 1993 de um grupo que definiu as estratégias e a reorganização da força militar dos EUA no pós-guerra fria.
Em 1991, organizou o financiamento da Guerra do Golfo. Ele está no cargo de subsecretário de Defesa desde fevereiro de 2001.
Com agências internacionais
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Paul Wolfowitz
Leia o que já foi publicado sobre o Banco Mundial
Wolfowitz é aprovado por unanimidade para presidir Banco Mundial
Publicidade
da Folha Online
O Banco Mundial aprovou por unanimidade nesta quinta-feira a nomeação do secretário-assistente de Defesa dos EUA, Paul Wolfowitz, para a presidência da instituição. Ele irá assumir o cargo no dia 1º de junho.
A indicação de Wolfowitz, 61, para o cargo pegou de surpresa a comunidade internacional. Um dos "falcões" do governo Bush, Wolfowitz foi alvos de críticas desde que foi indicado por ter sido o arquiteto da invasão americana no Iraque, em 2003.
|
Desde sua indicação, no dia 16, Wolfowitz já fez uma certa campanha para mudar sua imagem de "neoconservador". Ele já entrou em contato por telefone com o cantor Bono, do U2 (ativista contra a pobreza mundial e que chegou a ter inclusive seu nome sugerido como uma possível escolha pelo jornal americano "Los Angeles Times"), já se encontrou com representantes de diversos países em desenvolvimento no Banco Mundial e foi à Europa, onde recebeu o apoio dos países da União Européia.
O apoio europeu é particularmente importante devido à posição contrária de muitos governos europeus à invasão americana no Iraque.
Entre as principais críticas quanto a ter Wolfowitz à frente de uma instituição cuja meta é lidar com a questão do desenvolvimento em países pobres está a de que o novo presidente do banco desconhece a situação dos países que necessitam da ajuda da instituição.
Wolfowitz disse que sua experiência no Pentágono e no Departamento de Estado o prepararam para a tarefa. Entre 1982 e 1985, exerceu o cargo de subsecretário de Assuntos para o Leste Asiático e Pacífico. Foi nomeado embaixador da Indonésia em 1986.
Ele ainda afirmou em resposta a seus críticos que a meta do banco é cuidar do desenvolvimento econômico e da redução da pobreza e que não terá qualquer agenda política guiando suas ações. Bird.
Criado no final da Segunda Guerra Mundial, em Bretton Woods (EUA), o Banco Mundial inicialmente ajudou a reconstruir a Europa no pós-guerra. Atualmente, a principal meta do Bird é a redução da pobreza nos países em desenvolvimento.
O Bird ajuda os países por meio de empréstimos e assistências. A instituição levanta grande parte dos seus fundos com a venda de títulos nos mercados internacionais.
São 184 países-membros, incluindo o Brasil. O poder de voto de cada país-membro é baseado na sua importância econômica.
Perfil
Nascido em dezembro de 1943 em Nova York, filho de um matemático judeu polonês, Wolfowitz estudou ciências políticas na Universidade de Chicago antes de começar sua carreira na administração federal, em 1973. Ele ingressou no Pentágono em 1977.
Entre 1982 e 1985, exerceu o cargo de subsecretário de Assuntos para o Leste Asiático e Pacífico. Foi nomeado embaixador da Indonésia em 1986.
Sob a orientação do atual vice-presidente, Dick Cheney, participou entre 1989 e 1993 de um grupo que definiu as estratégias e a reorganização da força militar dos EUA no pós-guerra fria.
Em 1991, organizou o financiamento da Guerra do Golfo. Ele está no cargo de subsecretário de Defesa desde fevereiro de 2001.
Com agências internacionais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice