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31/03/2005
-
18h52
SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online
A Bovespa subiu pelo segundo pregão consecutivo com a melhora dos preços dos títulos da dívida externa brasileira e a menor preocupação com a inflação e os juros nos EUA, dando uma trégua no período de turbulências.
Mesmo com os ganhos nos últimos dias, a Bolsa acumulou perda de 5,43% em março. Foi a pior aplicação financeira do mês --posição oposta a de fevereiro, quando valorizou 15,56%, melhor desempenho desde a eleição de outubro de 2002.
Hoje, o Ibovespa (53 ações de primeira linha) oscilou bastante, mas encerrou em alta de 0,53%, aos 26.610 pontos. No pior momento do dia, chegou a cair 0,79% com o mercado incomodado com o preço do petróleo, que voltou a subir nesta quinta-feira.
Em Wall Street, com o petróleo mais caro, o índice Dow Jones fechou em queda de 0,35%, enquanto a Bolsa eletrônica Nasdaq recuou 0,32%. Já o índice S&P 500 encerrou praticamente estável, com ligeira variação negativa de 0,07%.
O pregão da Bovespa movimentou hoje volume recorde de R$ 5,292 bilhões. Mas esse giro foi inflado pelo registro das operações (R$ 3,715 bilhões) referentes à oferta pública de ações ordinárias da cervejaria AmBev, realizada na véspera.
Alguns analistas enxergam uma "luz no fim do túnel" para a Bovespa em abril, mas deixam claro que o movimento de recuperação está bastante condicionado aos dados da economia americana, em especial os índices de inflação, atividade e emprego.
Amanhã, por exemplo, sai o relatório de emprego de março ("payroll", folha de pagamento), com potencial de indicar uma tendência para os juros na próxima reunião do Fed (Federal Reserve), em maio. O BC americano não se reúne em abril.
Há ainda expectativa quanto à decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) sobre os juros brasileiros, elevados em março para 19,25% ao ano. A cada dia, ganha força o grupo de analistas apostando em manutenção da taxa em abril.
"A cara da inflação está um pouco melhor, com aumentos de preços pontuais e limitados a alguns grupos de produtos. Além disso, estamos vendo uma desaceleração da atividade econômica. Diante disso, esperamos que o Copom encerre o ciclo de alta dos juros em abril", diz Bruno Garcia, gestor da ARX Capital.
Na sua opinião, as ações de siderurgia e mineração devem recuperar seus preços, após a forte desvalorização ("exagerada pelo mercado") no meio desta semana. Hoje Vale ON "respirou" e subiu 2,76% para R$ 85. Já CSN ON valorizou 2,42%. Petrobras PN foi a mais negociada e teve ganho de 1,72%, após anunciar um recorde na produção diária antes do previsto.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Bovespa
Bovespa sobe pelo 2º dia, mas fecha março como pior aplicação
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da Folha Online
A Bovespa subiu pelo segundo pregão consecutivo com a melhora dos preços dos títulos da dívida externa brasileira e a menor preocupação com a inflação e os juros nos EUA, dando uma trégua no período de turbulências.
Mesmo com os ganhos nos últimos dias, a Bolsa acumulou perda de 5,43% em março. Foi a pior aplicação financeira do mês --posição oposta a de fevereiro, quando valorizou 15,56%, melhor desempenho desde a eleição de outubro de 2002.
Hoje, o Ibovespa (53 ações de primeira linha) oscilou bastante, mas encerrou em alta de 0,53%, aos 26.610 pontos. No pior momento do dia, chegou a cair 0,79% com o mercado incomodado com o preço do petróleo, que voltou a subir nesta quinta-feira.
Em Wall Street, com o petróleo mais caro, o índice Dow Jones fechou em queda de 0,35%, enquanto a Bolsa eletrônica Nasdaq recuou 0,32%. Já o índice S&P 500 encerrou praticamente estável, com ligeira variação negativa de 0,07%.
O pregão da Bovespa movimentou hoje volume recorde de R$ 5,292 bilhões. Mas esse giro foi inflado pelo registro das operações (R$ 3,715 bilhões) referentes à oferta pública de ações ordinárias da cervejaria AmBev, realizada na véspera.
Alguns analistas enxergam uma "luz no fim do túnel" para a Bovespa em abril, mas deixam claro que o movimento de recuperação está bastante condicionado aos dados da economia americana, em especial os índices de inflação, atividade e emprego.
Amanhã, por exemplo, sai o relatório de emprego de março ("payroll", folha de pagamento), com potencial de indicar uma tendência para os juros na próxima reunião do Fed (Federal Reserve), em maio. O BC americano não se reúne em abril.
Há ainda expectativa quanto à decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) sobre os juros brasileiros, elevados em março para 19,25% ao ano. A cada dia, ganha força o grupo de analistas apostando em manutenção da taxa em abril.
"A cara da inflação está um pouco melhor, com aumentos de preços pontuais e limitados a alguns grupos de produtos. Além disso, estamos vendo uma desaceleração da atividade econômica. Diante disso, esperamos que o Copom encerre o ciclo de alta dos juros em abril", diz Bruno Garcia, gestor da ARX Capital.
Na sua opinião, as ações de siderurgia e mineração devem recuperar seus preços, após a forte desvalorização ("exagerada pelo mercado") no meio desta semana. Hoje Vale ON "respirou" e subiu 2,76% para R$ 85. Já CSN ON valorizou 2,42%. Petrobras PN foi a mais negociada e teve ganho de 1,72%, após anunciar um recorde na produção diária antes do previsto.
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