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12/04/2005
-
09h45
JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio
A produção industrial cresceu em 11 das 14 regiões pesquisadas em fevereiro, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O desempenho, no entanto, começa a perder fôlego. Em janeiro, 13 das 14 regiões haviam apresentado expansão.
Segundo o economista da Coordenação de Indústria do IBGE, André Macedo, o resultado por regiões reflete o desempenho da média da indústria no país. Em janeiro, a indústria brasileira havia crescido 6%. Em fevereiro, o ritmo de crescimento diminuiu e a expansão ficou em 4,4%.
Em fevereiro, três dos locais pesquisados apresentaram retração: Rio de Janeiro (-3,4%), Espírito Santo (-0,1%) e Rio Grande do Sul (-1,8%). O desempenho do Rio foi afetado pela paralisação para férias de informantes da indústria farmacêutica. A defasagem de informações levou a uma queda de 44,4%. As atividades de metalurgia básica e edição e impressão também ajudaram a puxar o resultado para baixo. No Espírito Santo, o fraco desempenho das atividades de metalurgia básica e de papel e celulose justificam o desempenho da indústria capixaba.
A estiagem já começou a afetar a produção de máquinas e equipamentos (-10,5%) no Rio Grande do Sul, principalmente a de máquinas para colheita. Segundo Macedo, a produção foi influenciada pela perspectiva de uma safra menor este ano. Além disso, a queda de 15,2% no refino de petróleo e produção de álcool também contribuiu para que o Rio Grande do Sul fosse a única região pesquisada a acumular desempenho negativo (-1,6%) no bimestre.
A atividade de refino de petróleo e produção de álcool também influenciou negativamente a produção do Amazonas e da região Nordeste. Segundo Macedo, a queda é motivada por paradas programadas de plataformas da Petrobras.
A indústria paulista cresceu 5,9% em fevereiro impulsionada pela produção de veículos automotores e máquinas e equipamentos. O IBGE destaca a recuperação de atividades voltadas para o mercado interno, como farmacêutica e edição e impressão. São Paulo foi um dos seis locais pesquisados que apresentaram desempenho acima da média nacional em fevereiro, junto com Amazonas (21,8%), Santa Catarina (9,9%), região Nordeste (8,2%), Minas Gerais (6,8%) e Ceará (6,4%).
O desempenho do Amazonas foi puxado pela produção de eletroeletrônicos (46,5%), principalmente telefones celulares e televisores. Em Santa Catarina, a expansão foi generalizada, com destaque para a produção de veículos automotores (150,5%). De acordo com Macedo, a fraca base de comparação e o aumento na produção de carrocerias para caminhões e ônibus justificam a taxa de crescimento da atividade.
Segundo o IBGE, os três locais (Pernambuco, Minas Gerais e Amazonas) que intensificaram o ritmo de expansão no primeiro bimestre em relação ao último trimestre de 2004 tiveram seu desempenho puxado por atividades relacionadas à produção de bens de consumo. Para o IBGE, este é um sinal de que a expansão da produção este ano deverá ser baseada em atividades voltadas prioritariamente para o mercado interno.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a produção industrial
Produção industrial cresce em 11 das 14 regiões, diz IBGE
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da Folha Online, no Rio
A produção industrial cresceu em 11 das 14 regiões pesquisadas em fevereiro, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O desempenho, no entanto, começa a perder fôlego. Em janeiro, 13 das 14 regiões haviam apresentado expansão.
Segundo o economista da Coordenação de Indústria do IBGE, André Macedo, o resultado por regiões reflete o desempenho da média da indústria no país. Em janeiro, a indústria brasileira havia crescido 6%. Em fevereiro, o ritmo de crescimento diminuiu e a expansão ficou em 4,4%.
Em fevereiro, três dos locais pesquisados apresentaram retração: Rio de Janeiro (-3,4%), Espírito Santo (-0,1%) e Rio Grande do Sul (-1,8%). O desempenho do Rio foi afetado pela paralisação para férias de informantes da indústria farmacêutica. A defasagem de informações levou a uma queda de 44,4%. As atividades de metalurgia básica e edição e impressão também ajudaram a puxar o resultado para baixo. No Espírito Santo, o fraco desempenho das atividades de metalurgia básica e de papel e celulose justificam o desempenho da indústria capixaba.
A estiagem já começou a afetar a produção de máquinas e equipamentos (-10,5%) no Rio Grande do Sul, principalmente a de máquinas para colheita. Segundo Macedo, a produção foi influenciada pela perspectiva de uma safra menor este ano. Além disso, a queda de 15,2% no refino de petróleo e produção de álcool também contribuiu para que o Rio Grande do Sul fosse a única região pesquisada a acumular desempenho negativo (-1,6%) no bimestre.
A atividade de refino de petróleo e produção de álcool também influenciou negativamente a produção do Amazonas e da região Nordeste. Segundo Macedo, a queda é motivada por paradas programadas de plataformas da Petrobras.
A indústria paulista cresceu 5,9% em fevereiro impulsionada pela produção de veículos automotores e máquinas e equipamentos. O IBGE destaca a recuperação de atividades voltadas para o mercado interno, como farmacêutica e edição e impressão. São Paulo foi um dos seis locais pesquisados que apresentaram desempenho acima da média nacional em fevereiro, junto com Amazonas (21,8%), Santa Catarina (9,9%), região Nordeste (8,2%), Minas Gerais (6,8%) e Ceará (6,4%).
O desempenho do Amazonas foi puxado pela produção de eletroeletrônicos (46,5%), principalmente telefones celulares e televisores. Em Santa Catarina, a expansão foi generalizada, com destaque para a produção de veículos automotores (150,5%). De acordo com Macedo, a fraca base de comparação e o aumento na produção de carrocerias para caminhões e ônibus justificam a taxa de crescimento da atividade.
Segundo o IBGE, os três locais (Pernambuco, Minas Gerais e Amazonas) que intensificaram o ritmo de expansão no primeiro bimestre em relação ao último trimestre de 2004 tiveram seu desempenho puxado por atividades relacionadas à produção de bens de consumo. Para o IBGE, este é um sinal de que a expansão da produção este ano deverá ser baseada em atividades voltadas prioritariamente para o mercado interno.
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