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15/04/2005
-
09h07
da Folha de S.Paulo
O principal desafio do Brasil, a curto prazo, para conseguir aumentar as exportações é a questão cambial.
"Não me iludo com os resultados das exportações neste ano. Eles estão bons, mas porque muito da exportação que vemos hoje é resultado de contratos feitos há seis ou oito meses", disse o embaixador Rubens Ricupero, ex-secretário da Unctad (Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento).
Na avaliação de Ricupero, os efeitos da valorização do real sobre as vendas externas brasileiras já devem ser sentidos neste ano.
Um fator que pode suavizar os efeitos do câmbio é a manutenção dos preços das commodities em alta, o que tem se confirmado no primeiro trimestre deste ano. Mas um revés nos preços pode ameaçar a busca pela ampliação comercial do Brasil. "Se o país chegar a 1,2% [das exportações mundiais] seria uma ótimo resultado, as acho difícil", disse Fernando Ribeiro, da Funcex.
As vendas externas brasileiras foram o principal motor do crescimento de 5,2% do PIB (Produto Interno Bruto) no ano passado. O diretor-geral da OMC também credita a isso uma melhora das economias dos países em desenvolvimento. "É através do comércio que os países poderão trilhar o caminho do desenvolvimento sustentável e de melhores padrões de vida", disse Supachai Panitchpakdi.
Além da questão cambial, a falta de investimentos em infra-estrutura e logística também podem emperrar o saldo da balança brasileira a médio prazo. Os setores de papel e celulose e aço, fortes exportadores, já estão próximos do limite de capacidade instalada.
Outro problema da oferta de bens no Brasil, que pode não acompanhar a demanda mundial. "Embora tenha começado a se diversificar, a oferta brasileira em bens mais sofisticados ainda é limitada", diz Ricupero.
Importações e serviços
Entre os 30 principais importadores de 2004, o Brasil subiu uma posição contra 2003, passando para o 29º lugar. As importações brasileiras no ano passado acumularam US$ 65,9 bilhões, mas com relação à participação nas importações globais, a fatia brasileira continuou estagnada, com um modesto 0,7% da fatia mundial.
No setor de serviços, o comércio exterior brasileiro se mostra bastante frágil. O país nem aparece no ranking dos 30 principais exportadores. Nas importações, assim como em 2003, o Brasil ocupa a última colocação.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a questão cambial
Câmbio é visto como o maior desafio do Brasil
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O principal desafio do Brasil, a curto prazo, para conseguir aumentar as exportações é a questão cambial.
"Não me iludo com os resultados das exportações neste ano. Eles estão bons, mas porque muito da exportação que vemos hoje é resultado de contratos feitos há seis ou oito meses", disse o embaixador Rubens Ricupero, ex-secretário da Unctad (Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento).
Na avaliação de Ricupero, os efeitos da valorização do real sobre as vendas externas brasileiras já devem ser sentidos neste ano.
Um fator que pode suavizar os efeitos do câmbio é a manutenção dos preços das commodities em alta, o que tem se confirmado no primeiro trimestre deste ano. Mas um revés nos preços pode ameaçar a busca pela ampliação comercial do Brasil. "Se o país chegar a 1,2% [das exportações mundiais] seria uma ótimo resultado, as acho difícil", disse Fernando Ribeiro, da Funcex.
As vendas externas brasileiras foram o principal motor do crescimento de 5,2% do PIB (Produto Interno Bruto) no ano passado. O diretor-geral da OMC também credita a isso uma melhora das economias dos países em desenvolvimento. "É através do comércio que os países poderão trilhar o caminho do desenvolvimento sustentável e de melhores padrões de vida", disse Supachai Panitchpakdi.
Além da questão cambial, a falta de investimentos em infra-estrutura e logística também podem emperrar o saldo da balança brasileira a médio prazo. Os setores de papel e celulose e aço, fortes exportadores, já estão próximos do limite de capacidade instalada.
Outro problema da oferta de bens no Brasil, que pode não acompanhar a demanda mundial. "Embora tenha começado a se diversificar, a oferta brasileira em bens mais sofisticados ainda é limitada", diz Ricupero.
Importações e serviços
Entre os 30 principais importadores de 2004, o Brasil subiu uma posição contra 2003, passando para o 29º lugar. As importações brasileiras no ano passado acumularam US$ 65,9 bilhões, mas com relação à participação nas importações globais, a fatia brasileira continuou estagnada, com um modesto 0,7% da fatia mundial.
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